Jumper Brasil Discute – Avaliando os anos 2010

Integrantes do site e convidados falam sobre jogadores, lances e times que fizeram história na NBA nos últimos dez anos

Fonte: Integrantes do site e convidados falam sobre jogadores, lances e times que fizeram história na NBA nos últimos dez anos

Os anos 2010 já ficaram para trás. Então, me diz: quais foram os protagonistas que esse capítulo da história da NBA? Vamos falar sobre isso agora.

Nessa semana, nós trouxemos os três membros-fundadores do site Jumper Brasil e dois convidados especiais, especialistas em história da liga (Renan Ronchi e Vitor Camargo, idealizadores do podcast “Na Era do Garrafão”), para repassar e apontar os grandes marcos e ícones deixados pelos últimos dez anos na NBA.

Quais foram os grandes jogadores da NBA nos anos 2010? E os times e lances mais icônicos que vivemos nesse período. Nossa equipe discute agora…

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1. Qual foi o melhor jogador da NBA nos anos 2010?

Gustavo Lima: LeBron James. Dominância em quadra, três títulos, três vezes MVP da temporada e das finais, oito finais da liga disputadas em sequência. Acho que é indiscutível.

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Renan Ronchi: LeBron James, de longe. Foi o apogeu técnico de um dos maiores atletas da história do esporte. Entre 2013 e 2017, ele foi particularmente fascinante por levar o termo “all around” a outro patamar – executava qualquer função com maestria.

Gustavo Freitas: LeBron James. Foram oito finais seguidas, três títulos, números absurdos, capacidade de elevar os seus companheiros… Kevin Durant e Stephen Curry vieram logo atrás, mas o ala fez suas equipes tornarem-se candidatas ao título na década simplesmente pelo fato de tê-lo no elenco. Quem mais fez isso?

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Vitor Camargo: LeBron James. Os anos 2010 marcaram a ascensão do craque, sua passagem de grande promessa a um nome que ficará sempre escrito na história do basquete ao lado de Michael Jordan, Magic Johnson, Larry Bird, Bill Russell e outros gigantes. Não tem como ser outro.

Ricardo Stabolito Jr.: LeBron James. O homem chegou a oito finais consecutivas, conquistou três títulos e foi o melhor jogador da NBA por, no mínimo, metade desse período. Não sei se dá para ter alguma discussão aqui.

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2. Para você, a melhor escolha de draft feita na liga nos anos 2010 foi…

Gustavo Lima: Giannis Antetokounmpo (15), no draft de 2013. Desconhecido na época, o fenômeno grego chegou muito pouco desenvolvido à NBA, mas evoluiu a cada temporada, conquistou o prêmio de MVP no ano passado e consolidou-se como uma estrela da liga. Que visão do Bucks! Menções honrosas para Anthony Davis (1, 2012) e Luka Doncic (3, 2018).

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Renan Ronchi: Klay Thompson (11) e Kawhi Leonard (15), no draft de 2011. Dado que escolhas altas são mais “óbvias”, eu elegeria essas duas seleções porque não foram feitas no topo do recrutamento.

Gustavo Freitas: Anthony Davis (1), no draft de 2012. Só nesse início de carreira, ele liderou a NBA em tocos por três temporadas, foi eleito seis vezes all-star e mostrou-se dominante nos dois lados da quadra. Queria dizer Joel Embiid, mas as lesões e tempo de quadra limitado nos primeiros anos pesam negativamente.

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Vitor Camargo: Luka Doncic. Será difícil avaliar agora, mas podem me cobrar na próxima década!

Ricardo Stabolito Jr.: Kawhi Leonard (15), no draft de 2011. O que diferencia essa escolha de outras excelentes seleções – e, talvez, até de melhores atletas – fora da loteria é o fato do Spurs ter feito uma troca para poder selecionar o ala. San Antonio assumiu um risco maior do que um time que simplesmente seria o dono da escolha. 

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3. E qual foi o melhor time da NBA que você viu jogar nos anos 2010?

Gustavo Lima: Warriors de 2016-17. Após ter feito a melhor campanha da história da temporada regular e perdido nas finais, o time só adicionou Kevin Durant a essa base. Foi uma reunião de talentos poucas vezes vista na história e, capitaneado por Durant e Stephen Curry, os californianos seriam campeões da liga perdendo só um jogo nos playoffs.

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Renan Ronchi: Warriors, de 2016 a 2019. Sem sombra de dúvidas. Esse foi um dos grandes times da história do basquete e, como um bônus, ajudou a redefinir padrões táticos do esporte para chegarmos ao jogo que vemos em quadra hoje.

Gustavo Freitas: Warriors de 2017-18. De todos os ótimos times do Warriors recentes, essa seria a minha preferência por ser um daqueles que contou com a presença de Kevin Durant. Mas ficam citações especiais ao Miami Heat do “Big Three” (LeBron, Dwyane Wade e Chris Bosh) e o San Antonio Spurs que fez duas finais seguidas contra esse mesmo Heat.

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Vitor Camargo: Warriors de 2017. Talvez, esse time tenha sido o melhor e mais dominante que a NBA já viu, mas a resposta não precisa se limitar a ele. Aqueles três primeiros anos, entre 2015 e 2017, viram algo legitimamente transcendental acontecer em Oakland.

Ricardo Stabolito Jr.: Spurs de 2013 e 2014. Esse pode não ter sido o time mais talentoso que eu vi – os Warriors recentes tinham bem mais poder de fogo –, mas foi quem praticou o basquete mais bonito, próximo do que acredito ser ideal nessa década. É a equipe que fica na minha memória.

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4. Quem foi o jogador que teve a melhor temporada individual da liga nesse período?

Gustavo Lima: LeBron James, em 2012-13. Ele estava no primor da forma física e foi dominante nos dois lados da quadra, sendo eleito MVP da temporada regular e finais, além de ter sido campeão da liga como integrante dos quintetos ideais da liga e de defesa. Caso encerrado.

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Renan Ronchi: Eu elegeria duas temporadas de MVPs da liga: LeBron James em 2013 e Stephen Curry em 2016.

Gustavo Freitas: Stephen Curry, em 2016. Vários jogadores fizeram temporadas sensacionais no período: pode pegar umas seis ou sete de LeBron, umas cinco de Durant, James Harden faz grandes campanhas há três anos e por aí vai. Mas Curry foi o único MVP unânime da história da liga acertando arremessos de qualquer lado da quadra, marcado por dois, três caras. Absurdo.

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Vitor Camargo: Curry, em 2016. Com o devido perdão a LeBron James em 2013, outra temporada panteônica dessa década, o que o astro do Warriors fez três anos mais tarde não teve paralelos na história do esporte.

Ricardo Stabolito Jr.: Curry, em 2015-16. Houve grandes temporadas individuais na NBA nos anos 2010, mas nenhuma moldou tanto o basquete como conhecemos hoje quanto aquela em que foi MVP unânime. A forma como ele desafiou marcações e forçou defensores a segui-lo a partir do meio da quadra foi um marco para exibir a importância do espaçamento no jogo atual.

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5. Finalizando: qual é a jogada que aconteceu na NBA nos anos 2010 que não vai sair da sua memória?

Gustavo Lima: Kawhi Leonard faz a cesta decisiva da série entre Raptors e Sixers, nos últimos playoffs. A escolha se dá pelo grau de dificuldade e importância daquele arremesso, que simbolizou o título inédito do time canadense. Ficam lembranças para o toco de LeBron em Andre Iguodala (2016) e o arremesso decisivo de Ray Allen no sexto jogo das finais de 2013.

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Renan Ronchi: Manu Ginobili enterrando em Chris Bosh nas finais de 2014. Apesar do toco de LeBron em Andre Iguodala (finais de 2016) ser o momento mais icônico da década, esse lance marcou-me bastante pelo fato do argentino já não viver sua melhor fase fisicamente e eu não imaginava que ele saltaria tão alto. Surpreendeu-me muito.

Gustavo Freitas: O toco de LeBron em Andre Iguodala, durante o sétimo jogo das finais de 2016. A forma como aquele lance fez a diferença em um duelo empatado, que marcaria o único título do Cleveland Cavaliers, pesa muito. Mas tive que pensar muito, são muitos lances marcantes – Kawhi Leonard sobre Joel Embiid, Curry na prorrogação para derrotar o Oklahoma City Thunder. Difícil!

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Vitor Camargo: O arremesso de Ray Allen na sexta partida das finais de 2013 é a resposta óbvia. Mas acho que vale mencionar o game winner de Curry contra o Oklahoma City Thunder na temporada regular de 2016: foi um arremesso gigante que encapsulou todas as transformações pelas quais a NBA passou nessa década. Pode não ter sido o mais importante ou decisivo, mas foi o mais emblemático do período.

Ricardo Stabolito Jr.: Kawhi Leonard decidindo a semifinal de conferência entre Raptors e Sixers. Foi um lance que, da dificuldade às reações pós-cesta, carregou todos os toques de dramaticidade que pode-se imaginar – e levou à premiação de uma das franquias mais competentes da década. Isso sem contar que é o único buzzer beater a decidir um sétimo jogo de série de playoffs na história da NBA.

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