Jumper Brasil Discute – Aquecimento para o Draft 2022

Analistas tentam identificar prospectos superestimados, subestimados, steals em potencial, apostas seguras e riscos do recrutamento

Jumper Brasil Draft 2022 Fonte: Kamil Krzaczynski / AFP

Todos os olhos da NBA, e do Jumper Brasil, estarão voltados para o Draft 2022, nesta quinta-feira (23). Afinal, daqui a pouco mais de 24 horas saberemos os destinos dos jovens atletas que estão chegando à melhor liga de basquete do mundo.

Antes de mais nada, é bom deixar claro que vamos fazer a nossa tradicional cobertura especial do recrutamento da NBA. Pelo quinto ano consecutivo, o Draft será transmitido pela ESPN 2 para o Brasil (21h). E nós, a partir das 19h33, faremos um programa ao vivo, no nosso canal no YouTube, ou seja, vamos atravessar a noite, com equipe completa a postos, informando e comentando tudo o que acontecer no recrutamento – rumores, escolhas e trocas. Portanto, olho na telinha e ouvido colado na Live do Draft 2022 do Jumper Brasil!

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Além disso, siteTwitterFacebook serão atualizados escolha a escolha. Dessa forma, convidamos todos os leitores a acompanharem o Draft conosco e ajudarem a fechar com chave de ouro a nossa cobertura de mais um recrutamento – a 12ª na história do site, pioneiro no Brasil em análise do Draft da NBA.

Enquanto o Draft 2022 não chega, aqui está um pontapé inicial do Jumper Brasil nas discussões que vamos ter durante o recrutamento. Assim, para tentar identificar quem são os prospectos superestimados e subestimados, steals em potencial, apostas seguras e riscos, convidamos:

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1. Quem você considera a escolha mais segura do Draft de 2022?

Gustavo Lima: Paolo Banchero. Entre os prospectos de elite é quem mais está pronto para contribuir de imediato. Ademais, acho bastante improvável que o jogo ofensivo dele não se traduza na NBA.

Ricardo Stabolito Jr.: Jabari Smith. Simplesmente acredito que ele traz os dois recursos que os times mais procuram na NBA atual: espaça a quadra no ataque, enquanto marca múltiplas posições.

Lucas Torres: Paolo Banchero. Além de estar fisicamente pronto para contribuir na NBA, ele já chega na liga com um conjunto de habilidades bem definido para ser o ‘ala-híbrido’ que tem feito sucesso na liga atualmente. Então, apesar de ser um freshman, acredito que ele chegará fazendo barulho e se colocará rapidamente como um favorito ao prêmio de Novato do Ano.

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Vinicius Costa: Paolo Banchero. No top 4, é quem tem o maior piso. Além disso, é difícil não vê-lo migrar seu jogo ofensivo e fazer pelo menos 15 pontos por jogo num time em reconstrução.

 

2. Qual prospecto que, provavelmente será selecionado na loteria, você não escolheria de jeito nenhum?

Gustavo Lima: Ousmane Dieng. Apesar da experiência no basquete profissional, considero que o ala francês ainda é muito cru, um dos grandes pontos de interrogação da classe de 2022. Dessa forma, o cenário ideal para ele é jogar por um time que esteja mais consolidado, ou seja, fora da loteria.

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Ricardo Stabolito Jr.: Ousmane Dieng é o mais próximo disso. Ele está muito longe ainda, mas por mais que seja promissor, a maior parte dos times na segunda metade da loteria está buscando ajuda imediata. Gosto do projeto, mas não faz muito sentido.

Lucas Torres: Ousmane Dieng. Não porque não gosto do seu potencial. Afinal, gosto da sua visão de jogo para criar com a bola nas mãos, do seu pace com a bola como playmaker secundário e, claro, das suas medidas físicas de elite. No entanto, a falta de consistência no arremesso e o motor questionável na defesa me assustam e me fazem vê-lo como um projeto. Assim, em um Draft profundo como esse, optaria por uma escolha mais segura na loteria como, por exemplo, Ochai Agbaji e TyTy Washington.

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Vinicius Costa: Ousmane Dieng. Dizer que não escolheria de jeito nenhum é muito forte, mas não faria essa aposta na loteria. Dieng teve aproveitamento de 40% nos arremesssos de quadra, 27% do perímetro e 67% nos lances livres. Isso porque ele evoluiu bem na reta final na NBL (Liga Australiana). Enfim, ele é uma promessa que vai precisar de tempo para contribuir, mas pode chegar lá. Assim, prefiro ve-lo em um time que tenha menor expectativa de ajuda inediata e boa estrutura de desenvolvimento.

 

3. Qual jogador que, provavelmente não será selecionado na loteria, você escolheria caso estivesse no TOP 14 deste recrutamento?

Gustavo Lima: Malaki Branham. Uma das gratas surpresas entre os calouros, na última temporada do College, ele é um exímio arremessador (elite na meia distância) e tem potencial para pontuar em três níveis. Além disso, exibiu flashes de bom passador e leitura avançada da defesa adversária. Defensivamente, se destaca na marcação individual. Portanto, é um jogador que contribui nos dois lados da quadra e consegue ser útil com e sem a bola nas mãos. Em suma, não tem como “dar errado” na NBA.

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Ricardo Stabolito Jr.: Jalen Williams. É, antes de tudo, um jogador de basquete nato. Tem um jogo muito redondo, completo, e é uma ameaça em três níveis com a bola. Acho que pode ser excelente no perímetro em formações mais ágeis, além disso. Tem mais chances de ajudar times no fim da loteria do que Dieng, certamente.

Lucas Torres: TyTy Washington. Apesar do atleticismo mediano, o vejo como um próximo guard de Kentucky que vai surpreender muita gente quando tiver a oportunidade de ter mais a bola nas mãos no próximo nível. Seu jogo de pullup na saída de bloqueios, a capacidade de manipular a defesa com suas mudanças de velocidade e a envergadura para finalizar ao redor do aro o projetam como alguém que vá brilhar no pick-and-roll. Além disso, ele provou que sabe jogar sem a bola, sobretudo por exibir excelente timing em seus cortes em direção à cesta.

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Vinicius Costa: Jalen Williams. Prospecto de escola pequena, e por isso manteve-se fora da vitrine. Antes de mais nada, Williams é um point wing de 1,97m de altura e 2,19m de envergadura. Com destaque no pick-and-roll, ele tem uma condução de bola próxima e controla bem o pace e trocas de direção. Ademais, usa muito bem os corta-luzes, seja encontrado o homem livre na blitz, seja punindo a defesa em drop com seu chute eficiente. Por fim, defensivamente, Williams é atento às coberturas, e tende a ser um defensor neutro na NBA.

 

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4. Quais prospectos você considera como steals em potencial que, atualmente, estão projetados para serem escolhidos na segunda metade ou no final da primeira rodada?

Gustavo Lima: Malaki Branham, Jalen Williams, Nikola Jovic, Dalen Terry e Jake LaRavia. Sobre Branham, falei no tópico anterior. Williams é um prospecto com poucas lacunas e um jogo ofensivo avançado. Jovic, por outro lado, é o melhor prospecto europeu deste ano, possui um bom molde no basquete de “passe-drible-arremesso” e tem um upside imenso. Já Terry é o tipo de jogador que dá certo na NBA: ótimo defensor, altura privilegiada para a posição, excelente nos cortes em direção à cesta, bom passador e erra pouco em quadra. Por fim, LaRavia possui um elevado QI de basquete nos dois lados da quadra, e consegue ser útil com e sem a bola nas mãos.

Ricardo Stabolito Jr.: Jalen Williams, TyTy Washington e Gabriele Procida. Já falei sobre o primeiro anteriormente. Washington é o grande candidato a ser o próximo guard de Kentucky que será muito melhor na NBA do que na NCAA. Procida, por fim, é um raro jogador europeu dentro do “molde” norte-americano do 3DA. Enfim, gosto bastante dos três.

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Lucas Torres: Christian Braun, Jake LaRavia e David Roddy. Vejo o ala de Kansas como alguém que terá sucesso na NBA. Afinal, ele é um especialista na linha dos três pontos, com o atleticismo suficiente para sobreviver na defesa. LaRavia é outro prospecto que gosto pelo atleticismo subestimado, além da versatilidade para ser um ala-pivô fluido na transição e espaçador na meia quadra ofensiva. Por fim, Roddy tem todos os atributos de alguém bem sucedido. Pode jogar na 4 e na 5, usando sua capacidade de criar na transição e semi-transição ao pegar o rebote e defender as posições 2, 3 e 4 com muito conforto na defesa.

Vinicius Costa: Jalen Williams, Malaki Branham, Tari Eason, Dalen Terry e Jaden Hardy.

 

5. Existe algum atleta que deverá ser escolhido apenas na segunda rodada e você consideraria seriamente selecionar entre os 30 primeiros?

Gustavo Lima: Jaylin Williams. Pivô subestimado, fora do radar, mas que me agrada bastante. Williams tem mobilidade acima da média para um big, cava faltas ofensivas como poucos e é um screener de elite. Além disso, é o segundo melhor pivô passador da classe (atrás apenas de Trevion Williams).

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Ricardo Stabolito Jr.: Christian Braun. Jogador atlético que impacta nos dois lados da quadra com recursos sólidos. Acredito, além disso, que seu arremesso é bom o bastante. É a coisa mais próxima de Alex Caruso que vi nos últimos recrutamento e, como resultado, gosto bastante.

Lucas Torres: Gabriele Procida. O italiano é um arremessador inquestionável, ou seja, um verdadeiro sniper. Além disso, possui ótimas medidas para um wing na NBA. Enfim, o tinha no meu radar no ano passado e, para este ano, certamente o consideraria no Top 30.

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Vinicius Costa: Jake LaRavia e Trevor Keels.

 

6. Por fim, com a primeira escolha do Draft de 2022, você selecionaria…

Gustavo Lima: Chet Holmgren. Maior talento da classe.

Ricardo Stabolito Jr.: Chet Holmgren. Não acho que tenha resposta terrivelmente errada nesse TOP 3, mas, com a primeira escolha, você vai atrás do maior teto. Então, acho que esse é Holmgren.

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Lucas Torres: Chet Holmgren. De longe o melhor upside e um verdadeiro game changer no lado defensivo da quadra, pela habilidade de se mover decentemente em closeouts e, claro, ser um protetor de aro do mais alto nível. Além disso, a NBA parecer que está fazendo a transição de volta para uma liga com formações mais altas. Cleveland Cavaliers e New Orleans Pelicans, por exemplo, foram bem sucedidos usando Evan Mobley e Jaxson Hayes na posição 4. Então, vejo isso como uma blueprint para o sucesso de Holmgren na liga.

Vinicius Costa: Meu “queridinho” Chet Holmgren.

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