Lenda, Julius Erving detona Kevin Durant e supertimes na NBA

Integrante do Hall da Fama acredita que as cada vez mais constantes reuniões de astros não ajudam a liga

kevin durant supertimes nba Fonte: Barry Gossage / AFP

O saudosismo é um sentimento sempre muito atrelado à análise esportiva. Existe, além disso, uma rivalidade entre os jogadores do passado e presente em diversas modalidades. O lendário Julius Erving, por exemplo, comprovou isso nos últimos dias. Ele fez uma avaliação pouco entusiasmada da NBA atual, em particular, por causa dos supertimes e a postura de astros como Kevin Durant.

Damian Lillard tem um bom motivo para pedir uma troca, então entendo. Mas, hoje, há caras ‘forçando’ mudanças de times já com uns 27 anos. Acredito que só querem ficar rodando por aí. Vejam, por exemplo, quantas vezes Kevin já mudou de equipes. Passou por Oklahoma City, Golden State, Brooklyn e, agora, Phoenix. Passeando por aí”, disparou o veterano, em entrevista a Joy De’Angela.

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A entrevistadora, em seguida, perguntou se Erving respeita a carreira de Durant. Ele só fez um sinal negativo com a cabeça, sem dizer nada. O problema do ídolo, no entanto, não é só com o craque do Suns. O ala, afinal, é um dos símbolos de uma nova era na liga marcada pelo empoderamento dos atletas. Para “Dr. J”, a situação criou uma inversão de papeis que nunca imaginou ver.

“A NBA atual é como se fosse uma penitenciária em que os carcereiros não estão no comando, mas sim os prisioneiros. Estamos em tempos em que o ídolo de um time simplesmente ignora a cidade e o apoio da torcida e pede para sair quando quer. ‘Dane-se, pois eu vou para Los Angeles ou Texas ou Flórida ou qualquer lugar’”, lamentou o integrante do Hall da Fama.

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Supertimes

As reservas de Erving com Kevin Durant, como resultado, evidenciam a sua revolta com a ideia de supertimes na NBA. Ele é contra as reuniões “planejadas” de astros na liga, pois vem de um tempo em que isso era bem incomum. A concentração de talento, em particular, é o que preocupa. O ícone vê jogadores tomando decisões que fazem sentido para si mesmos, mas não para o coletivo.

“O local onde vai jogar tornou-se uma decisão de negócios dos jogadores hoje em dia, para resumir. Entendo isso e é um direito. Mas, ao mesmo tempo, isso não ajuda o jogo. Os astros não ajudam a paridade do esporte, certamente, quando decidem formar esses supertimes. Realmente não ajudam. É bom para eles, mas ruim para a liga”, explicou o MVP da temporada da NBA em 1981.

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“Dr. J”, aliás, já deu uma prova contundente de que o seu problema vai além de Durant. Em 2021, o ex-ala disse que não colocava LeBron James em seus dois times ideais da história da NBA. Por que? “Ele foi quem ‘puxou a fila’ e começou essa tendência de supertimes em nossa liga”, acusou.

Caso Lillard

Erving não é um fã dos pedidos de troca constante ao redor da liga, mas abre uma exceção quando o assunto é Lillard. A sua situação, certamente, difere demais de jogadores como Durant e James Harden. O armador só atuou pelo Portland Trail Blazers na carreira e, agora, aproxima-se da reta final da carreira sem um título. Essa história, então, faz com que seja “perdoado”.

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“Damian vai encerrar a carreira na equipe para a qual for trocado, provavelmente. Imagino isso por causa de sua idade e o fato de já ter atuado por um mesmo time mais de uma década. Então, ele só quer a chance de ser campeão e não acredita que Portland vai oferecer isso. Foram tantos anos, por isso acho que tem um bom motivo”, defendeu a lenda da NBA.

 

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