Fonte: Reprodução / InstagramA saída de um jogador histórico de uma franquia deixa marcas que vão além do que se imagina. É claro que a organização sente a ausência de uma referência, enquanto os torcedores ficam “órfãos” do ídolo. O golpe, no entanto, também atinge os colegas e atletas mais jovens do elenco. Jonathan Kuminga, por exemplo, admite que ver Klay Thompson ir embora do Golden State Warriors o impactou de forma profunda.
“Eu fiquei chocado, a princípio, com essa notícia. Klay foi uma pessoa que me ‘acolheu’ assim que cheguei à liga. É um dos meus exemplos, além disso, sempre que entro em quadra. Ele sempre me mostrou como a liga funcionava e tudo o mais. No entanto, na liga, as coisas são assim. Você dorme como jogador de um time e pode acordar em outro”, desabafou o ala-pivô, em entrevista no último fim de semana.
Thompson deixou o Warriors depois de uma década e assinou com o Dallas Mavericks no início da agência livre. Foi o fim de uma jornada que rendeu quatro títulos da NBA pelo antigo time, mas dava sinais claros de ruptura. Kuminga prefere não discutir sobre os rumores e as questões que levaram a essa sensação de rompimento. Ele se limita a dizer que está satisfeito com os rumos da carreira do agora ex-colega de time.
“As coisas são bem dinâmicas e acontecem rápido demais na NBA. Mas, acima de tudo, estou contente por Klay. Todas as decisões que tomou são para o seu bem e pensando no futuro de sua carreira. Então, eu fico feliz. Nós ainda conversamos e faço perguntas sobre vários assuntos para ele. Mas, como disse antes, as coisas são assim nessa liga mesmo”, refletiu o jovem talento de San Francisco.
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Mudança de ares
Às vezes, mudanças de ares são simplesmente necessárias. Jonathan Kuminga pode até não gostar, mas Klay Thompson sente que era o momento de romper com o Warriors. O desgaste da relação entre as partes passou pelas negociações da extensão de contrato e culminaram com a perda pontual da titularidade na última temporada. Foi uma ruptura difícil, que ninguém queria, mas todos sentiam que era a hora.
“Eu cresci em Portland, então lembro quando Scottie Pippen foi contratado pelo Blazers. Foi um dos dias mais felizes da minha vida. O que quero dizer é que, às vezes, algumas mudanças são necessárias para o bem de todos. Não sou o primeiro atleta e nem devo ser o último a fazer isso nessa liga. Simplesmente, era o caminho certo a tomar agora”, explicou o ala-armador, durante a sua apresentação no Mavericks.
Thompson acredita que o melhor aproveitamento de suas habilidades a esta altura da carreira vai acontecer em Dallas. E, por isso, era o momento de viver o presente, não “requentar” o passado. “Ainda tenho muito basquete de alto nível para apresentar. E, além disso, estou ansioso para me sentir rejuvenescido em uma equipe diferente. Acima de tudo, eu venho para Dallas para vencer”, concluiu.
Necessidade
Mas, obviamente, não foi só a vontade de Thompson que ditou a sua decisão. É provável que, se tivesse recebido a proposta que planejava, ele ficaria no Warriors. Então, acima de tudo, foi a franquia quem tomou uma decisão. O time limitou a sua oferta, ainda que corresse o risco de perder o jogador. Foi uma necessidade para o futuro competitivo da equipe, como explicou o gerente-geral Mike Dunleavy Jr.
“Não posso definir em palavras como a passagem de Klay foi inacreditável nesse time. Todos vamos sentir a sua falta, certamente. Mas, diante dos resultados, a gente não poderia manter o mesmo elenco por mais uma temporada. Vamos sentir saudades e tudo o mais, mas a vida precisa seguir em frente. Ele está em uma boa posição e nós temos que olhar para frente”, finalizou o dirigente.
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