O Washington Wizards recebeu críticas ao oferecer uma extensão máxima (cinco anos, US$80 milhões) a John Wall, em 2013. O jovem armador sofria com lesões na época e o acordo prévio era visto como um risco desnecessário para a franquia. Hoje, as críticas soam absurdas: ele foi para dois Jogos das Estrelas e conduziu a equipe às semifinais do Leste desde então. Por isso, a situação virou: inquestionavelmente um dos melhores atletas de sua posição na NBA, o astro acredita receber pouco em comparação com contratados mais recentes.
“Cara, todos criticaram minha extensão contratual de US$80 milhões na época e, agora, atletas estão recebendo uns US$90 milhões sem nem ter chegado a um Jogo das Estrelas na carreira ou coisa do tipo. Eu acho que eles deram sorte: o dinheiro da televisão apareceu no momento certo. Quer dizer, eu estou ganhando o mesmo valor que Reggie Jackson agora!”, observou o titular do Wizards, referindo-se à extensão fechada pelo armador do Detroit Pistons na última semana, em entrevista ao jornal Washington Post.
Apesar da indignação, Wall negou estar chateado ou guardar rancor dos armadores que estão assinando seus contratos neste momento. Muito pelo contrário. “Isso acontece e não dá para controlar, mas estou feliz por aqueles estão assinando compromissos agora. Ver qualquer um tendo a oportunidade de viver seu sonho e cuidar da família é uma benção. Estou contente por todos”, garantiu, buscando desviar de uma possível polêmica.
O armador de Washington fraturou a mão e punho esquerdos no primeiro jogo das semifinais do Leste deste ano, diante do Atlanta Hawks, e disputou as partidas derradeiras da série no sacrifício. Agora recuperado, ele chegou a Las Vegas na última segunda-feira e seu plano é ir direto para a quadra. “Minha mão está ótima, perfeitamente recuperada. Eu já estou treinando novamente, então dá para cravar que estou bem”, comemorou.
Wall, de 24 anos, esteve presente em 79 partidas da última temporada regular com médias de 17.6 pontos, 10.0 assistências e 1.7 roubos de bola em quase 36 minutos de ação por noite. Em nível de comparação, Jackson é quatro meses mais velho do que o craque do Wizards e atuou por apenas 76 partidas como titular na carreira. Vinte e sete delas aconteceram pelo Pistons, com médias de 17.6 pontos e 9.6 assistências.