A NBA até tentou, mas não vai ter jeito: o teto salarial passará por uma verdadeira explosão no ano que vem. A Associação dos Jogadores (NBPA) recusou a segunda proposta de aumento gradual do limite de vencimentos dos times e deverá exigir a “subida instantânea” do valor com o início da vigência do novo acordo de direitos de transmissão para a televisão.
“Sob a proposta da liga, a diferença do valor resultante de um aumento gradativo do teto seria pago diretamente à Associação e distribuído entre todos os atletas. Assim, a compensação total paga aos jogadores em qualquer temporada não seria impactada”, explicou o vice-presidente de comunicações da NBA, Mike Bass, por meio de nota oficial.
A diretora executiva da NBPA, Michelle Roberts, considerou que a oferta seria uma forma de prejudicar o ganho dos atletas. “A proposta, artificialmente, esvaziaria o aumento da folha salarial. Os salários não aumentariam tanto quanto poderiam com o aumento gradual. Basicamente, foi isso que causou a rejeição”, afirmou. O presidente da organização, Chris Paul, não se manifestou sobre o assunto.
No entanto, a medida não vai ajudar todos os jogadores. Segundo o especialista Larry Coon, o aumento total e imediato significa que a maior parte da “verba extra” vai ser absorvida pelos agentes livres de 2016 – que inclui LeBron James, novo vice-presidente do sindicato. Um crescimento gradual com pagamento da diferença à Associação proporcionaria a divisão dos ganhos igualmente entre todos os atletas – novos ou velhos, sob contrato ou não.
O teto salarial da liga nesta temporada esteve fixado em aproximadamente US$63 milhões e deverá subir para US$66 milhões na campanha 2015-16. Com a “explosão”, analistas especulam que o CAP alcançará entre US$88-92 milhões no segundo semestre de 2016.