Jogadores que vêm direto do ensino médio podem estar de volta à NBA

Novo acordo coletivo de trabalho está sendo discutido nos bastidores entre a liga e a Associação dos Jogadores

jogadores ensino médio nba Fonte: Rocky Widner / AFP

A regra One and Done da NBA, que impede jogadores de irem do ensino médio direto para a liga, pode estar com seus dias contados. Shams Charania, jornalista do portal The Athletic, informou que a NBA e a Associação dos Jogadores (NBPA) devem reduzir a idade de elegibilidade do Draft para 18 anos. Além disso, a mudança pode começar a partir de 2024, quando o novo Acordo Coletivo de Trabalho (CBA) passar a valer na NBA.

De acordo com Charania, os dois lados parecem estar se entendendo enquanto trabalham em direção a um novo CBA. No entanto, o atual só termina em 2024.

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Uma cláusula no acordo permite que ambos os lados abram imediatamente as negociações formais até 15 de dezembro. Se o atual CBA for reaberto, é uma sinalização que um novo pacto será fechado ainda este ano. Entretanto, se o acordo atual for transferido para 2023/24, será um mecanismo para dar tempo aos dois lados, mas também aumentará a chance de potenciais paralisações, como em 2011/12.

Saúde mental também é pauta do acordo

Além disso, a proteção da saúde mental dos jogadores também está entre os principais pontos de negociação. Os jogadores querem que sua saúde mental seja uma possível designação para o tempo perdido, semelhante à saúde física.

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Essa nova política provavelmente evitaria uma situação semelhante à que Ben Simmons enfrentou na temporada passada. Na oportunidade, o Philadelphia 76ers o multou por perder jogos ao citar problemas de saúde mental. (Os dois lados mais tarde chegaram a um acordo financeiro sobre uma queixa apresentada por Simmons).

A diretora executiva da NBPA, Tamika Tremaglio, disse que os jogadores também estão se esforçando para ter equidade no esporte, além de suas carreiras.

“Criar riqueza geracional é extremamente importante neste próximo capítulo. Mas é fundamental para o legado deles. Historicamente, temos estado tão focados em ganhar dinheiro. No entanto, todos sabemos que, para ter dinheiro, você tem que investir. Também sabemos que as carreiras de jogadores não são longas, o que torna crucial um plano para depois que a bola parar de quicar”, afirmou Tremaglio.

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One and done

Enquanto a maioria dos fãs tem pouca relação nas batalhas financeiras entre milionários e bilionários, o fim do one-and-done teria um impacto imediato em toda a liga. A NBA implementou, em 2006, uma regra que exige que os jogadores estejam fora do ensino médio por ao menos um ano para entrarem na liga.

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Essa mudança ocorreu em meio a uma onda de jovens que iam para a NBA direto do ensino médio, não conseguiam desempenhar e ficavam essencialmente sem um plano B. No entanto, essencialmente transformou o basquete universitário em uma liga menor glorificada. Jovens superestrelas chegavam ao campus, jogavam por menos de um ano e partiam alguns meses após sua chegada.

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Aparentemente, a NBA reconheceu seu erro nos últimos anos ao lançar a equipe G League Ignite, que apresenta a opção dos jogadores irem para a Liga de Desenvolvimento e ganharem um salário ao invés de irem para o College. Agora, ambos os lados parecem reconhecer que é melhor cortar o intermediário e permitir que jovens de 18 anos se juntem à liga novamente.

Vale lembrar, por exemplo, que LeBron James, Dwight Howard, CJ Miles e Lou Williams foram os últimos jogadores que pularam do high school direto para a NBA. Entretanto, para a próxima campanha, apenas James possui contrato.

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