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DeAndre Jordan e Gregg Popovich se encontraram novamente na última sexta-feira, quando o San Antonio Spurs fez jus ao seu mando de quadra e venceu o Los Angeles Clippers. Como sempre, o técnico texano utilizou a estratégia das faltas intencionais – o popular hack – para aproveitar o baixo aproveitamento do pivô na linha dos lances livres. Em certo momento do terceiro quarto, seis faltas consecutivas foram cometidas no atleta e o analista Jeff Van Gundy, da ESPN, perdeu a paciência.
“Eu quero que o Philadelphia 76ers exponha ao máximo essa regra quando for enfrentar o Clippers. Se comandasse o Sixers, cometeria faltas em DeAndre em todas as posses. Estamos tratando isso como algo normal. Você não pode usar o hack nos últimos dois minutos, mas, antes, está ok? As pessoas dizem que não se deve mudar a regra para beneficiar quem não tem certa habilidade, mas minha pergunta é: que tipo de habilidade é cometer faltas?”, reclamou o ex-treinador, inconformado com a situação.
Jordan converteu seis dos 12 lances livres que cobrou no período, mas só oito dos 20 cobrados ao longo da partida. Na noite seguinte, os angelinos enfrentaram o Houston Rockets e foi a vez do técnico Doc Rivers usar o hack contra Dwight Howard. Somados, os dois pivôs cobraram 28 lances livres no jogo. O comissário Adam Silver já afirmou que as regras relacionadas a faltas intencionais não vai mudar nos próximos anos, mas Van Gundy tem propostas para uma reforma.
“Gostaria de ver a restrição às faltas intencionais estendida além dos dois minutos finais das partidas. Mas, se não querem fazer isso, por que não dar três arremessos livres ao jogador depois do oponente cometer oito faltas gerais? Cometer faltas não deveria ser um benefício na NBA. Na NFL, você consegue imaginar a segurada ser um benefício para a defesa? Isso é ridículo”, argumentou o analista.
Em artigo disponibilizado na semana passada no site da ESPN norte-americana, o analista estatístico Kevin Pelton apontou que 105 faltas intencionais foram cometidas em jogadores longe da posse da bola entre outubro e novembro deste ano. A marca já supera a temporada retrasada inteira e aproxima-se das 164 registradas ao longo da última campanha. Além disso, 11% de todas as partidas da atual temporada tiveram, ao menos, um hack.
Van Gundy sabe que, apesar de suas reclamações, a regra não deverá mudar tão cedo. Por isso, ele torce que equipes e atletas façam “a farsa ser exposta” para todos. “Espero que o próximo confronto entre Rockets e Clippers seja repleto de faltas intencionais e o jogo dure 19 horas em rede social por conta dessa piada de regra”, encerrou.