Depois de Jaylen Brown, Shai Gilgeous-Alexander pode ter próximo contrato recorde da NBA

O teto salarial da NBA tende a crescer ainda mais, o que pode tornar o acordo do jogador celta “normal”

Jaylen Brown Shai Gilgeous-Alexander Fonte: Zach Beeker / AFP

Ao renovar seu contrato com o Boston Celtics, Jaylen Brown recebeu o maior contrato da história da NBA, mas as projeções já dizem que Shai Gilgeous-Alexander, pode superar os US$300 milhões do astro celta. De acordo com Sam Quinn, do canal CBS, afirma que o primeiro acordo de US$400 milhões, não vai demorar a chegar. E será o do craque do Oklahoma City Thunder, em 2027/28.

A liga vive um viés de alta econômico. Os novos contratos de TV levarão a NBA a um aumento de pelo menos 10% do teto salarial a cada temporada. Inclusive, uma das normas do novo CBA, é de que os aumentos não podem ser superiores a isso. Ainda assim, os valores tendem a ficar ainda mais altos. E o contrato de Brown pode se tornar “normal” nos próximos anos.

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Valores do teto salarial da NBA

Para a temporada 2023/24, o teto de gastos dos times da NBA, será de US$136 milhões. No entanto, o aumento estimado para as próximas temporadas, tornará o valor atual comum de forma rápida. Segundo Quinn, os tetos salariais dos próximos anos serão:

2024/25: US$149.623.100 milhões
2025/26: US$164.585.410 milhões
2026/27: US$181.043.951 milhões
2027/28: US$199.148.346 milhões

Os valores, como dito anteriormente, são projetados. Alterações podem acontecer devido aos contextos econômicos. Todos os anos têm um aumento de 10% anual. Número imaginado pelos executivos da NBA.

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Acordos máximos

É verdade que Stephen Curry foi o primeiro jogador da liga, a superar marca de US$200 milhões em salários. Entretanto, os outros marcos são curiosos, como Jaylen Brown. Em 2016, por exemplo, Mike Conley, quando defendia o Memphis Grizzlies, se tornou o primeiro jogador a atingir a marca dos US$150 milhões.

Vinte anos antes, por outro lado, Juwan Howard se tornou o primeiro nome a atingir US$100 milhões em um acordo com o Washington Bullets (hoje, Wizards).

Ou seja, não é apenas sobre a qualidade do jogador, mas também sobre o contexto salarial e períodos de valores inflados dentro da liga. Em 2016, acordos ruins como os de Luol Deng, Timofey Mozgov, Allen Crabbe e outros, foram assinados em enorme valor, por conta de um viés de alta.

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Mike Conley se beneficiou, e conseguiu o maior acordo da história da NBA na época. Agora, foi a vez de Jaylen Brown e Shai GIlgeous-Alexander pode, então, ser o próximo.

“É fácil dizer que Jaylen Brown deveria receber menos, ou que outros jogadores deveriam estar acima dele na questão salarial”, explica Quinn. “Porém, não é assim que o teto salarial funciona, o salário máximo da NBA, é baseado em vários fatores, que não dependem apenas dos jogadores. Eles não tem controle sobre esses contextos”, conta o jornalista.

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Regras e exceções

Vale lembrar que há regras e exceções nesses contratos máximos mencionados por Sam Quinn.

Jogadores com seis ou menos anos de experiência, podem receber 25% do espaço salarial no primeiro ano de um novo acordo. Atletas com sete a nove anos, podem receber 30%. Por fim, jogadores com mais de dez anos de experiência, podem receber até 35%.

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Nomes que renovam seu contrato com a mesma equipe, portanto, podem receber aumentos anuais de até 8%. Enquanto isso, jogadores que mudam de equipe são restringidos a, no máximo, 5%. Também vale mencionar que mudar de time influencia também na duração do contrato.

Equipes que renovam, podem assinar com seus jogadores por até mesmo cinco anos. Por outro lado, os que mudam de franquia somente assinam por, no máximo, quatro anos.

Há também exceções para jogadores que venceram o MVP, o prêmio de defensor do ano, ou até a eleição para o time ideal da liga (caso de Jaylen Brown em 2022/23). Isso pode levar a aumentos de 5% em cada uma das regras acima, mas apenas se o jogador estiver em sua primeira equipe. Ou, então, uma outra que tenha trocado por ele, dentro de seu acordo de calouro.

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De acordo com jornalista da CBS, isso tem afetado por exemplo, a agência livre da NBA.

“Com as regras atuais, os jogadores preferem assinar um acordo máximo com sua antiga franquia, e depois solicitar uma troca. Testar o mercado, atualmente, é menos lucrativo. Jogadores podem chegar ao destino ideal um ano depois de assinarem o acordo máximo. Algo que não viria se eles resolvessem mudar de equipe durante o mercado”, explicou.

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Jaylen Brown e projeções futuras

“As estrelas, então, se alinharam para Jaylen Brown. Ele estava em sua franquia há mais de seis anos e se encaixava nas exceções com a recente eleição ao time ideal da NBA. Elegível aos 35% do teto salarial no primeiro ano, também aos 8% de aumento anual. Junte tudo isso, e você chegará aos US$304 milhões por cinco anos”, conta Quinn.

Para a temporada 2025/26, são previstos os seguintes valores para o contrato máximo.

2025/26: US$57.6 milhões
2026/27: US$62.2 milhões
2027/28: US$66.8 milhões
2028/29: US$71.4 milhões
2029/30: US$76 milhões
Total: US$334.1 milhões

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“O candidato óbvio para este contrato, é Giannis Antetokounmpo. Ele será elegível, no entanto, já neste mercado. No entanto, é improvável que ele o faça agora. O astro do Milwaukee Bucks ainda tem US$93 milhões nos próximos dois anos. Assim, deve se tornar, pelo menos, um contrato expirante para conseguir esse acordo. Caso isso se confirme, basta recusar sua opção de jogador em 2025/26, e entrar direto em sua nova extensão”, explicou o jornalista.

Jayson Tatum certamente assinará um acordo parecido com esse acima, em 2024/25. Mas ele não se torna elegível já em 2023/24. Boston deve ter dois jogadores com o contrato super máximo em breve. Curry e Durant, são outros dois nomes. Mas existe uma regra que impede que esses contratos sejam dados para jogadores de 38 anos. Ambos podem assinar pelo valor máximo. Entretanto, com duração menor a cinco anos”, conta o analista da CBS.

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2026/27

O contrato máximo ainda não atingirá o patamar dos US$400 milhões que falamos de Shai Gilgeous-Alexander, mas estará bem acima dos US$304 milhões de Jaylen Brown. No entanto, há uma curiosidade sobre os valores máximos que forem garantidos para a temporada atual.

2026/27: US$63.3 milhões
2027/28: US$68.4 milhões
2028/29: US$73.5 milhões
2029/30: US$78.5 milhões
2030/31: US$83.6 milhões
Total: US$367.5 milhões

Os jogadores que assinarem nos parâmetros máximos serão, então, os primeiros na história da NBA a receber mais de US$1 milhão por cada jogo da temporada regular. Isso pode acontecer em 2030/31, último ano do vínculo. Para se ter uma ideia de como as coisas mudaram na liga, os primeiros jogadores a receberem acordos de US$1 milhão, foram Moses Malone e Bill Walton.

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“Há vários jogadores que podem ganhar este contrato”, conta Quinn. “Entre eles, sobretudo, Joel Embiid, Luka Doncic ou Trae Young. Porém, Luka e Trae poderiam receber menos do que os 35% do teto salarial se mudarem de equipe até lá. Embiid será elegível em qualquer lugar, porque já terá mais de dez anos de carreira. A agência livre de 2025 seria o ideal para que esses contratos forem assinados. Os três precisariam manter os requisitos, em relação a prêmios individuais, até lá”, explica Sam.

2027/28

Se todas as projeções se mantiverem até lá, a temporada 2027/28 marcará o começo do primeiro acordo de US$400 milhões na NBA. Os valores estimados de um super máximo deste nível, são:

2027/28: US$69.7 milhões
2028/29: US$75.2 milhões
2029/30: US$80.5 milhões
2030/31: US$86.4 milhões
2031/32: US$92 milhões
Total: US$404.2 milhões

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O contrato de Jaylen Brown, por exemplo, chegará a US$69.1 milhões apenas em seu último ano, enquanto o contrato acima, onde Shai Gilgeous-Alexander é favorito, começará em US$69.7 milhões. Este é o tamanho do “viés de alta”.

“Shai reunirá as condições perfeitas para o novo acordo, se continuar prosperando em nível All-NBA. Por não ter conseguido uma opção de jogador no último ano de seu acordo. Então, ele terá que esperar até a agência livre de 2026 para, assim, poder adicionar cinco anos completos ao seu contrato vigente”, refletiu o jornalista.

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“Os jogadores calouros de 2019, como Ja Morant, Zion Williamson ou Darius Garland, também não obtiveram a opção de jogador. Se alcançarem o nível de produção, com prêmios individuais, eles somente serão elegíveis para este nível de extensão em 2027″, explica o membro da CBS.

“Por fim, valem também as menções para Nikola Jokic ou Devin Booker. Porém, as renovações de Jokic não costumam ir até o momento em que ele se transforme em um contrato expirante. Booker também não tem uma opção de jogador para 2027/28, o que fará que ele provavelmente aumente seu contrato um pouco mais cedo, do que a agência livre de 2026”, finaliza Sam Quinn.

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