Fonte: Garrett Ellwood / AFPÉ comum que os grandes talentos conquistem o reconhecimento individual e, depois, alcancem o sucesso coletivo. Ou seja, geralmente, os prêmios vêm antes dos títulos. Mas, por enquanto, essa lógica se inverteu com um dos líderes do Denver Nuggets. Jamal Murray foi uma das referências dos atuais campeões nos playoffs passados, enquanto ainda espera a primeira eleição como all-star.
“Eu sei que posso jogar nesse nível, antes de tudo. Mais do que isso, sei que sou um all-star na hora que importa e os astros precisam aparecer: nos playoffs. É o momento em que os melhores sobem de produção. Acho que faço um bom trabalho nisso, então não necessito de votos para me garantir. Só serve como um tipo de motivação para mim”, afirmou o armador, em entrevista ao site The Athletic.
Murray, mais uma vez, está nessa situação. O Nuggets disputa o topo do Oeste, mas o atleta vai assistir ao All-Star Game de casa. Pode-se dizer que ele é uma “vítima”, de certa forma, do nível competitivo da conferência. Afinal, nesse ano, muito pouca gente questionou os armadores escolhidos à frente do pontuador. Por sorte, isso não é algo que tire o seu sono.
“Nunca ter sido selecionado para um Jogo das Estrelas não me abala do ponto de vista psicológico. Não possui um impacto tão grande em minha vida, pois já são vários anos que não sou lembrado. Além disso, eu sou um campeão da NBA. Faço parte do melhor time de basquete do mundo e jogo com o melhor jogador do planeta em Nikola Jokic. Isso, certamente, é o mais importante”, cravou o titular de Denver.
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Honra e valor
Não se importar ou “desesperar-se” com isso não significa que Murray não queria estar no All-Star Game. A reunião dos maiores astros da liga, afinal, é um evento que causa impacto em todas as crianças que acompanham o basquete. Para resumir, é um sonho de infância, para resumir. Não é diferente com o canadense. Mas o armador sente que, por tudo o que já fez na liga, uma convocação tornou-se só uma formalidade.
“É claro que gostaria de ser eleito all-star. Receber esse tipo de reconhecimento, afinal, seria uma honra. Mas, quando você ganha nos playoffs e prova o seu valor nas etapas mais agudas do campeonato, acho que já diz muito. Já provei o meu valor, além disso, em séries decisivas contra os caras que todos consideram ser esses astros. Então, que seja!”, exclamou o jogador de 26 anos.
É uma formalidade porque ninguém duvida que Murray tenha condições de estar em um Jogo das Estrelas. Mas também pelo fato da referência do Nuggets não se ver atrás de muitos atletas que estão no evento desse ano. “A questão principal é que não preciso desse tipo de premiação, pois sei que sou melhor do que muitos caras que estão em Indiana. Sem dúvida alguma”, garantiu.
Maior salário
Ser um all-star, no entanto, oferece vantagens que nem os playoffs podem trazer para Jamal Murray. Há benefícios financeiros e extratos salariais em contratos, por exemplo, atrelados a participações no Jogo das Estrelas e seleções para quintetos ideias da NBA. Uns votos a mais dos técnicos da liga, provavelmente, custaram milhões para o atleta até hoje. Ele garante que o dinheiro perdido, no entanto, valeu a pena.
“Em primeiro lugar, eu jogo basquete para vencer. Nem preciso checar a minha conta bancária porque tenho dinheiro o suficiente para a minha vida. Não sou um gastador, então estou em uma situação fantástica. É verdade que poderia ganhar ainda mais se fosse all-star. No entanto, estou tranquilo em fazer sacrifício para colocar a equipe na primeira posição e conquistarmos títulos”, finalizou o craque do Nuggets.
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