Fonte: Juan Ocampo / AFPO New York Knicks, certamente, fez uma das apostas de mercado mais discutidas da última offseason. E, depois de um ano, não se arrepende. O time recrutou um até então coadjuvante do Dallas Mavericks com um salário acima da média. Os resultados surpreenderam até os mais otimistas. Jalen Brunson se destacou e, para Kendrick Perkins, já pode ser apontado como um superastro da NBA.
“Jalen, para começar, é um legítimo superastro dessa liga. E isso porque já provou que resolve jogos quando mais importa. Estamos falando de um atleta que, antes de chegar à seleção, ajudou a levar o Mavericks às finais do Oeste. E, logo depois, carregou o Knicks até a segunda rodada dos playoffs. Então, certamente, ele já está nesse patamar”, garantiu o ex-jogador e hoje analista da ESPN.
O status de Brunson na NBA, nesse sentido, faz um caminho diferente da maioria dos jogadores. Afinal, embora tenha liderado o Knicks à primeira vitória em uma série de playoffs em anos, ele não foi eleito all-star. Nem para um dos quintetos ideais da liga, aliás. Por isso, Perkins vê um claro desnível entre a produção em quadra e o reconhecimento recebido pelo titular nova-iorquino.
“Em que momento nós vamos colocar Jalen na mesma categoria de jogadores como Bradley Beal e Jaylen Brown, por exemplo? É um atleta que você pode procurar no último quarto de uma partida equilibrada para fazer as cestas decisivas. E, além disso, melhora a cada ano. Temos que começar a discuti-lo junto com os outros jovens superastros da liga”, cravou o campeão da NBA em 2008.
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Liderança
Brunson, aliás, começou a encarar um novo desafio nas últimas semanas. Ele está com a seleção dos EUA que vai disputar a Copa do Mundo FIBA. Mais do que isso, vai ser o armador titular do técnico Steve Kerr e liderar um elenco extremamente jovem. Foi uma escolha a dedo do ex-armador, pois vê uma aura de liderança fora do comum na referência do Knicks.
“Acho que Jalen, antes de tudo, é um líder natural. Esse senso de comando é algo natural para alguns jogadores. Ele é o cara que ‘puxa’ a nossa roda antes de cada partida, por exemplo. Nós temos um ótimo grupo com grandes talentos, mas esse senso de liderança é uma coisa de Jalen. Trabalhar com um atleta assim é, com certeza, divertido”, contou o experiente treinador.
Perkins concorda com a escolha de Kerr, mas vai além. Além da liderança, ele crê que o armador também é a referência técnica do Team USA. “Jalen já é o melhor jogador da seleção dos EUA. Steve reconheceu isso quando chamou-o de líder do elenco. Para resumir, ele é o motor dessa equipe. Se vamos ganhar, vai ser pelas suas mãos”, concluiu o ex-pivô do Boston Celtics.
Basquete e vida
Seria difícil imaginar que, um dia, Jalen Brunson seria considerado um superastro para quem acompanhou a sua carreira antes da NBA. Ele sempre se notabilizou mais por ser um vencedor do que um pontuador em volume, por exemplo. Não parece ser o tipo de jogador de atrai as atenções. Tudo isso porque a humildade pauta a sua vida tanto dentro, quanto fora das quadras.
“Eu acho que a sua postura no dia-a-dia se traduz em quadra. O tipo de jogador e colega de elenco que somos, como resultado, é um espelho da nossa vivência com os amigos e família. Aprendi que, se você trabalhar duro dentro e fora das quatro linhas, todos os aspectos da sua vida prosperam juntos. Foi com esse pensamento que os meus pais me criaram”, finalizou o novo astro da liga.
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