O grupo de investidores que quer levar a franquia Kings para Seattle deu sua cartada final na tentativa de convencer a liga a aprovar a saída do time de Sacramento. O conglomerado resolveu aumentar de forma voluntária o valor da proposta de compra da equipe em cerca de 10%. Agora, eles oferecem US$406 milhões por 65% da organização e fazem com que sua cotação final suba para US$625 milhões.
A oferta foi oficializada para os atuais proprietários do Kings, os irmãos Maloof, mas a intenção dos investidores é enviar uma mensagem a NBA. “Enquanto nós entendemos que essa é uma difícil decisão para a liga e donos de franquias, esperamos que percebam que acreditamos ser o momento certo para levar o basquete de volta para Seattle”, declarou Chris Hansen, líder do conglomerado.
A manobra do grupo acontece poucos dias antes da votação oficial sobre a permissão para a mudança da franquia. O comitê de realocações recomendou unanimemente o veto ao pedido de troca de sede, mas os representantes de Seattle acreditam que a subida da oferta (e, por extensão, da cotação de todas as equipes da NBA) possa ser um incentivo para que os donos de times contrariem o conselho – o que seria algo inédito.
O prefeito de Sacramento, Kevin Johnson, que milita há meses pela permanência da equipe, minimizou o impacto da notícia na decisão da liga. “Estamos muito confiantes sobre a nossa posição atual. Os líderes da NBA e mandatários disseram que a decisão não seria controlada por um leilão”, contou o ex-jogador.
A proposta do grupo de investidores de Sacramento para a compra do Kings é de US$341 milhões por 65% das ações. Pela diferença financeira entre as ofertas, os irmãos Maloof estariam considerando uma medida extrema no caso da realocação realmente ser vetada: manter o comando majoritário da organização e vender somente uma pequena participação para Hansen (20%, por US$125 milhões), recusando a proposta do grupo de Sacramento.