Fonte: Joe Murphy / AFPUm atleta do Philadelphia 76ers sempre aguardou com animação as partidas contra o New York Knicks da temporada. Mas, na última sexta-feira, o jogo entre os times foi um pouco diferente. Tyrese Maxey não pôde reencontrar o amigo Immanuel Quickley, pois o armador acabou de ser trocado para o Toronto Raptors. O jovem astro, no entanto, está bem feliz pelo novo capítulo na carreira do colega.
“Immanuel fez um ótimo trabalho em Nova Iorque, mas nós sabemos que há um limite. Afinal, todos sabiam que é o time de Julius [Randle] e Jalen [Brunson]. A mudança de ares, então, vai dar-lhe a oportunidade de ter mais liberdade. Abrir as asas e ‘voar’. Acho que fez um grande trabalho na carreira até agora”, avaliou o titular do Sixers. O Sixers perdeu para os nova-iorquinos por 128 a 92.
Quickley teve uma trajetória ascendente no Knicks desde o draft de 2020. E, assim, foi um dos finalistas do prêmio de melhor reserva da temporada passada. Mas, com o alto investimento na contratação de Brunson, a sua permanência passou a ser improvável. As negociações por uma extensão prévia em Nova Iorque não avançaram. Para Maxey, por outro lado, o armador pode ter uma vida bem “rentável” no Canadá.
“Eu estou feliz por Immanuel, pois agora é titular e dá para perceber que vai se divertir mais. Ele vai ter mais oportunidades de jogar com a bola nas mãos e comandar o time, por exemplo. Estou triste por não o reencontrar hoje, mas, ao mesmo tempo, feliz por sua situação. Ele vai ficar bem e, além disso, ganhará muito dinheiro em Toronto”, previu a referência de Philadelphia.
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Adaptação
Quickley compreendeu a oportunidade e, por isso, chegou a todo vapor no Raptors. O armador registra médias de 17,3 pontos, 4,8 rebotes e 6,5 assistências em seus três primeiros jogos pelo novo time. Converteu mais de 41% de seus arremessos de três pontos, além disso. Mas ele admite que, tão importante quanto o seu talento para o ótimo início, foi o ambiente que encontrou na franquia.
“A organização, antes de tudo, fez com que a transição tenha sido bem fácil para mim. Esse é um ambiente familiar, em que todos me aceitaram de braços abertos. De todos do estafe aos jogadores e técnicos, essa é uma franquia de primeira classe. Então, do ponto de vista de basquete, tudo ocorreu de forma bem natural até agora”, elogiou o jogador de 24 anos.
O Raptors parecia ter uma lacuna na armação desde a saída de Fred Van Vleet. Por isso, para o técnico Darko Rajakovic, Quickley foi um reforço pontual. “Immanuel encaixou-se muito bem aqui. É um armador, em primeiro lugar, capaz de fazer muito com a bola nas mãos. As defesas não podem se precipitar contra ele e, assim, cria-se espaço para todos os outros atletas em quadra”, explicou o treinador.
Amizade
A amizade entre Tyrese Maxey e Immanuel Quickley deve-se a laços que vem de antes de Knicks, Sixers ou Raptors. Ambos foram companheiros de time na Universidade de Kentucky, antes de jogarem na NBA. Foi a primeira vez que moravam longe de casa e, ao mesmo tempo, estavam na luta para conseguirem uma vaga no draft. Foi um período difícil, que uniu-os até hoje.
“Nós seguimos muito unidos porque criamos um laço em Kentucky. A gente ia para os treinos todas as manhãs juntos. Tivemos que competir por nosso espaço a cada treino. Conseguir o nosso lugar em um time de John Calipari envolveu muito sangue, suor e lágrimas. Não foi fácil, certamente – e só nós sabemos disso. Ainda estamos bem até hoje e, por isso, conversamos com muita frequência”, contou Maxey.
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