Fonte: Jesse D. Garrabrant / AFPO Boston Celtics vai entrar em quadra nessa terça-feira para manter-se vivo nos playoffs. A equipe perdeu os três primeiros jogos da série contra o Miami Heat e, assim, não tem outra opção além de vencer. No entanto, quando a bola subir, vai estar em busca de mais do que a sobrevivência. Malcolm Brogdon vê o Celtics como um time à deriva procurando reencontrar a sua identidade.
“Eu acho que as equipes que estão na frente nas finais são aquelas, para começar, com identidades fortes. Miami é um deles, assim como Denver. Eles sabem quem são e estão fechados com uma forma de jogar. A nossa identidade, por outro lado, perdeu-se ao longo do ano. Temos um elenco ofensivo talentoso, mas a defesa já não está mais aqui”, lamentou o eleito melhor reserva da liga.
É verdade que, a princípio, os números não apontavam essa queda tão acentuada. O Celtics teve a defesa mais eficiente da liga na última temporada e, na campanha atual, “caiu” só para a segunda melhor. Mas, na prática, tomou quatro pontos por 100 posses de bola a mais. A equipe, agora, tem a marcação menos eficiente dos playoffs entre os finalistas de conferência com alguma diferença.
“A nossa identidade na última temporada estava em uma defesa consistentemente forte, em síntese. Nunca, no entanto, tivemos isso nessa campanha. Há lampejos, mas falta a regularidade. Deixamos que essa consistência se perdesse. Então, nós sempre vamos ter problemas quando enfrentarmos um time tão disciplinado e consciente quanto Miami”, explicou o experiente armador.
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Melhor time
Os problemas do Celtics vêm desde a temporada regular. E, da mesma forma, os problemas da equipe nos playoffs não surgiram contra o Heat. Perdeu dois jogos, por exemplo, contra o teoricamente mais frágil Atlanta Hawks ainda na primeira rodada. Em seguida, mesmo com a vantagem de mando de quadra, ficou a uma derrota de ser eliminado pelo Philadelphia 76ers.
“Sinceramente, nós tivemos dificuldades em todas as séries que disputamos nesse ano. Mas Miami não é qualquer oponente. Estamos enfrentando um time que joga como se fosse o melhor da liga, com incrível disciplina e consistência. E sofremos contra equipes que executam cada posse com consistência, pois, para resumir, já não somos assim”, reconheceu Brogdon.
O reserva acredita que os resultados das finais até agora representam a situação, mas não a qualidade do Celtics. “Nós não jogamos à altura nas primeiras partidas, mas ainda confiamos que somos o melhor time da série. É a abordagem que você precisa ter. Então, vamos entrar em quadra sabendo que as nossas melhores atuações ainda estão por vir”, concluiu.
Sem opção
Não é só Malcolm Brogdon quem vê um time diferente quando olha para o Celtics da atual temporada. Joe Mazzulla é o treinador da equipe atual, mas era um dos assistentes da comissão técnica de 2022. O desempenho pífio nas finais motiva, aliás, rumores sobre a sua demissão. A situação é desconfortável, certamente. E ele sabe que só uma coisa pode acalmar essa tempestade: vitórias.
“Não temos mais alternativa, em primeiro lugar. A oportunidade ainda de avançar ainda existe, mas precisamos começar a vencer. Nós temos que fazer isso. E não podemos pensar à frente, pois sem uma vitória hoje não existe um amanhã. Por isso, as outras partidas não importam. Tudo o que temos é o quarto jogo. Então, precisamos de foco fixo nesse primeiro passo”, cravou o jovem técnico.
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