Heróis improváveis

De um lado Tim Duncan, Tony Parker, e Manu Ginobili. Do outro, LeBron James, Dwyane Wade, e Chris Bosh. Dois dos melhores trios da NBA nos últimos anos. Mas quais são os jogadores que estão se destacando individualmente nessa série final? Nenhum deles. Tudo bem. Duncan teve um bom primeiro jogo, depois de começar errando […]

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De um lado Tim Duncan, Tony Parker, e Manu Ginobili. Do outro, LeBron James, Dwyane Wade, e Chris Bosh. Dois dos melhores trios da NBA nos últimos anos. Mas quais são os jogadores que estão se destacando individualmente nessa série final? Nenhum deles.

Tudo bem. Duncan teve um bom primeiro jogo, depois de começar errando os seus cinco primeiros arremessos para fechar com 20 pontos e 14 rebotes, enquanto Parker acertou aquele arremesso no estouro do cronômetro. Porém, fora isso, não estamos vendo os principais jogadores com grandes performances.

Podemos culpar o cansaço, a longa temporada, lesões, ou coisas parecidas. No entanto, o fato é que os destaques estão sendo os coadjuvantes, o que de certa forma seria improvável. Mas não. Não é tanto assim.

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O trabalho que Kawhi Leonard está fazendo defensivamente sobre LeBron, eu já comentei no artigo de ontem. Mas no terceiro jogo, isso ficou mais evidente ainda. James teve uma performance bem abaixo do seu normal, convertendo sete dos 21 arremessos tentados. Três dos que ele acertou aconteceram no final do terceiro quarto, quando Leonard estava no banco. Isso sem contar com o que fez: 14 pontos, 12 rebotes e quatro roubadas.

Danny Green, que na segunda partida acertou todas as suas cinco cestas de três tentadas, empatando o recorde de Robert Horry com o maior número de arremessos de longa distância convertidos em uma final pelo Spurs, acabou com essa história no jogo de terça-feira. Green converteu sete dos nove chutes, finalizando com 27 pontos e quatro rebotes. Na série, ele possui um aproveitamento de insanos 69.6% (16 em 23).

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Quem também apareceu foi o ala-armador Gary Neal, com 24 pontos, acertando seis dos dez arremessos de três que arriscou. Neal não é o principal jogador que vem do banco do time texano. Esse trabalho cabe ao veterano Ginobili. O problema é que Manu não está em boa fase e já não consegue ser mais o mesmo de outros anos. 

Até o brasileiro Tiago Splitter está jogando bem, apesar de os números não aparecerem. Defensivamente, ele faz um trabalho excelente, tirando o Heat do garrafão, limitando o seu oponente quando está em quadra. Tanto é, que na terceira partida Boris Diaw sequer entrou.

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Se o trio de Miami não está em grande nível, ao menos Mike Miller parece ressurgir. Miller definitivamente ganhou os minutos que eram de Shane Battier ainda na final do Leste, contra o Indiana Pacers. Para quem cogitava encerrar a carreira após o título do ano passado, o especialista em arremessos não está decepcionando o técnico Erik Spoelstra. Miller converteu nove das dez tentativas de três nas finais, sendo as últimas oito consecutivas.

Como já comentei, o Heat possui outros jogadores coadjuvantes que podem aparecer. Mario Chalmers, autor de 19 pontos no segundo jogo, zerou no terceiro. Ray Allen, fabuloso em outros momentos,  não consegue produzir mais. Udonis Haslem e Chris Andersen, que brigam o tempo todo dentro do garrafão, pouco fizeram no terceiro embate. Mas em uma coisas eles se parecem: são capazes de dar ao Heat aquela força inesperada, assim como Green, Leonard, e Neal, fizeram na terça-feira.

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O Spurs tem uma enorme vantagem a partir de agora. Vencendo por 2 a 1, fará os seus próximos dois jogos em casa. Com tantas peças diferentes que podem definir uma partida, a situação fica bastante favorável.

Claro que não espero que o Heat “apanhe” sem reagir. O Spurs perdeu por 19 pontos na segunda partida e na outra, venceu por 36. Especialmente em séries decisivas, os times conseguem apagar da memória suas performances ruins. Mas que agora o moral está todo para o lado de San Antonio, está.

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