Após uma sucessão de lesões deixá-lo de fora dos playoffs deste ano, o Miami Heat é uma das grandes incógnitas da NBA às vésperas da próxima temporada. O presidente de operações da franquia, porém, não tem dúvidas sobre o potencial do elenco que ajudou a montar. O lendário Pat Riley acredita que os resultados do primeiro semestre não refletem a qualidade do grupo e a equipe tem totais condições de brigar no topo da conferência Leste.
“Eu acho que o Heat possui todos os ingredientes de um time campeão. Se nós vamos vencer o campeonato depende de diversos fatores que todos conhecemos – saúde, os desempenhos individuais. Mas acredito que temos a oportunidade de sermos um dos candidatos ao título. É assim que me sinto e estou empolgado com essa nova temporada”, afirmou o ex-técnico, em entrevista ao programa Dan Le Batard Show, da ESPN Radio.
Além da chegada de atletas como Gerald Green e Amare Stoudemire, uma das negociações decisivas para manter o alto otimismo em Miami foi a permanência do astro Dwyane Wade. O ídolo da franquia, que chegou a considerar deixar o time da Flórida, renovou seu contrato por mais uma temporada e vai seguir com a única camisa que defendeu na NBA. Apesar do final feliz, Riley não esconde que temeu a saída do craque.
“Eu estava preocupado porque já perdemos jogadores antes. Depois do que aconteceu com LeBron, tudo é possível. O negócio da NBA e a agência livre ganharam ‘tentáculos’ que vão muito além das quadras. Mas a minha impressão sempre foi que Dwyane vai ficar aqui até o fim da carreira e iríamos acertar alguma coisa, mais cedo ou mais tarde”, contou o executivo, que não falava com a imprensa desde antes da offseason.
Ser competitivo na próxima temporada terá um gosto especial para Riley, que completou 20 anos trabalhando pelo Heat na semana passada e vive um ano festivo na organização. Ao todo, ele acumula quase 50 anos de carreira na NBA – como jogador, treinador e dirigente. Neste período, a lenda conquistou nove títulos e foi eleito um dos dez melhores técnicos da história da liga. Por que continuar, então? Por amor ao jogo e à competição.
“Sou abençoado por trabalhar no Heat, uma franquia com um grande dono e uma cidade com ótimas pessoas, há 20 anos. Eu e Micky [Arison, dono] viramos bons amigos. E eu continuo porque o basquete é minha primeira paixão. Amo competir e ser parte do esporte. Por mais que pense na aposentadoria e a liberdade para fazer o que quisesse, basquete ainda é o que devo e quero fazer”, encerrou Riley, que busca aumentar seu legado em 2016.