Guia da semana NCAA – Semana 3

Zeca Oliveira analisa os principais jogos da terceira semana de basquete universitário

Fonte: Zeca Oliveira analisa os principais jogos da terceira semana de basquete universitário

Por Zeca Oliveira

Originalmente postado em: http://gotoguybrasil.blogspot.com.br/2013/11/ncaa-guia-da-semana-3.html

 

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Entramos na terceira semana de temporada e, como esperado após a vitória sobre Kentucky no Champions Classic, Michigan State tomou a liderança do ranking nacional. Equipes como North Carolina, VCU, Michigan e Notre Dame também já foram derrotados por programas inferiores, alterando a lista dos melhores times do país.

Agora, nós entraremos na semana que é – em minha opinião – a melhor do calendário não-conferencional. Para quem não sabe, essa é a época dos torneios de início de temporada. São meio que simbólicos, mas empolgantes porque reúnem times de diferentes conferências em disputas de mata-mata. Existem dezenas destes minitorneios em todo o país (até fora dele) e praticamente todas as equipes participam de, pelo menos, um deles.

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Então hoje, eu não vou fazer o preview dos principais jogos, mas sim dos principais torneios que começam e terminam nesta próxima semana. Inclusive, apostando no campeão para cada um deles. Mas, antes, vamos ver um pequeno review dos confrontos nos quais palpitei na semana passada e lembrar como foi o meu desempenho em tais:

 

REVIEW – SEMANA 2

 

(#11) Ohio State 52 x 35 (#17) Marquette

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Eu chamei a atenção justamente para a dificuldade dos dois ataques em pontuar em meia quadra, mas, mesmo assim, não esperava um jogo tão ineficiente por parte da ofensiva de Marquette. O time da casa cometeu 20 desperdícios de posse e converteu apenas 18.9% nos arremessos de quadra. Só não foi ainda mais humilhado porque dominou os rebotes.

Para Ohio State, deu tudo certo. Forçou errou e rebotes longos, algo essencial para o ataque ficar solto – correndo pela quadra e, consequentemente, funcionando. Acertei meu palpite e meu destaque teve uma ótima atuação (o armador Aaron Craft fez dez pontos, sete rebotes e dez assistências naquela tarde), mas esperava um jogo um pouco mais bem jogado. As equipes combinaram quatro arremessos certos da linha dos três de 36 tentados.

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Por enquanto, parece claro que só vão chegar até aonde suas defesas conseguirem levá-los.

 

(#7) Michigan 70 x 77 Iowa State

Eu havia chamado a atenção para a frequência com que os times chutavam da linha dos três e foi exatamente isso o que nós vimos: quarenta e nove arremessos de fora tentados naquela noite. Número bastante elevado. No entanto, nenhum deles esteve muito preciso de longa distância.

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Minha aposta na equipe da casa foi certeira. Georges Niang, jovem de Iowa State que destaquei, fez seis pontos cruciais que ajudaram os Cyclones a fecharem a partida e terminou a noite com 10 pontos, seis rebotes e quatro assistências – apesar de ter atuado apenas por 23 minutos, graças ao problema que teve com faltas.

 

Indiana State 83 x 70 (#21) Notre Dame

Este aqui foi o jogo mais surpreendente da semana, sem dúvidas (já considerando a derrota de North Carolina para Belmont, a qual previ). Mesmo sendo um grande admirador de Indiana State, não dava para apostar em uma vitória contra o sólido time de Notre Dame.

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Assim como Belmont fez para surpreender UNC, Indiana State também usou em peso as bolas de três. O início de jogo foi um bombardeio de cestas de fora e a equipe abriu uma vantagem bem cedo. Jake Odum, armador de State, finalizou o confronto com 10 pontos, sete rebotes e cinco assistências.

 

Oregon State 90 x 83 Maryland

Roberto Nelson simplesmente está se mostrando um dos melhores scorers do país e sua ótima atuação no domingo ajudou Oregon State a passar por Maryland, mesmo atuando fora de seus domínios. Um resultado extraordinário para os Beavers. Confesso que não contava com isso aqui e me dei mal em mais um palpite.

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(#13) Memphis 80 x 101 (#8) Oklahoma State

Pelo quarto jogo seguido, o ataque de Oklahoma State alcança a marca de 90 pontos. Marcus Smart destruiu Memphis com uma atuação quase perfeita em rede nacional: 39 pontos, quatro rebotes, quatro assistências e cinco roubos de bola. Com o resultado, eu, pelo menos, fechei a semana com um recorde positivo nos palpites.

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PREVIEW – SEMANA 3

 

Hall of Fame Tip-Off (em Connecticut, de 23 a 24/11)

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Participantes: Fairfield, North Carolina, Louisville e Richmond

Palpite: Louisville
Fique de olho: Montrezl Harrell (ala-pivô de Louisville)
Nota do torneio: B-

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Este pode ser considerado o primeiro grande teste de Louisville na temporada. A atual campeã ainda não teve a chance de enfrentar um time de uma conferência top, enquanto que todos os seus maiores adversários já tiveram. Como agora joga em uma conferência fraca e só vai ter mais um jogo de grande valor neste calendário não-conferencional, Louisville tem obrigação de vencer North Carolina aqui se quiser ser cabeça-de-chave lá em março.

UNC vem de duas partidas ruins na semana passada (uma vitória feia contra o limitado Holy Cross e uma derrota em casa para Belmont) e ainda está sentindo muito as faltas de P.J. Hairston e Leslie McDonald – que estão com problemas de elegibilidade com a NCAA e não têm previsão de retorno. O técnico Roy Williams teve que promover dois atletas bem pouco provados para o quinteto inicial (J.P. Tokoto e Nate Britt) e, mesmo individualmente, o time deixa a desejar.

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Não acho que UNC e Louisville vão ter grandes dificuldades para passarem das semifinais e também não vejo muitas chances para North Carolina de vencer esse torneio. Pitino adora pressionar a saída de bola do adversário e os Tar Heels estão com muita gente imatura no perímetro. Prevejo vários erros de ataque e os Cardinals saindo com o título do torneio.

 

Maui Invitational (no Hawaii, de 25 a 27/11)

Participantes: Arkansas, Baylor, California, Chaminade, Dayton, Gonzaga, Minnesota e Syracuse

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Palpite: Gonzaga
Fique de olho: Andre Hollins (armador de Minnesota)
Nota do torneio: B+

Este torneio só não recebeu uma nota maior porque não tem tantos prospectos que chamem a atenção, mas é o meu preferido. Reúne mais equipes relevantes e também de um nível bem parecido. Syracuse passou por alguns sustos nos primeiros jogos e ainda não convenceu. C.J. Fair teve altos e baixos. O perímetro jovem e pouco profundo do time de Jim Boeheim é um problema.

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Gonzaga até agora foi mais convincente, em minha opinião. Está com um uma formação bem divertida, com três armadores baixos atuando ao lado de dois pivôs com bastante presença de garrafão. Essa é uma combinação muito rara – e que vem dando certo. Gary Bell Jr. e Kevin Pangos são os cestinhas do time, mas quem me chamou muito a atenção até agora é David Stockton (filho do John). Ele sabe criar para os outros, arremessa bem e tem sido importante forçando erros dos oponentes. Pense numa versão menor e bem piorada do pai…

Gosto também de como o time da California pode surpreender, com jogadores tão atléticos nas alas como Tyrone Wallace e Jabari Bird. Baylor também é uma real ameaça. Acho, porém, que Syracuse e Gonzaga estão um pouco a frente, largam como favoritos. Olho também em Minnesota que tem um novo treinador (Richard Pitino) e um dos armadores mais empolgantes do basquete universitário neste ano (Andre Hollins).

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Cancun Challenge (no México, de 26 a 27/11)

Participantes: Old Dominion, Saint Louis, West Virginia, Wisconsin

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Palpite: Wisconsin
Fique de olho: Dwayne Evans (ala de Saint Louis)
Nota do torneio: C+

Este aqui é um dos poucos torneios que colocam as duas melhores equipes frente a frente já na semifinal. Saint Louis e Wisconsin estão invictas na temporada e se enfrentam logo de cara, em Cancun. Os Badgers estão me convencendo muito, especialmente na parte ofensiva, que sempre foi um aspecto não tão forte dos times de Bo Ryan. E é engraçado que isso aconteça mesmo com a movimentação de bola estando bem abaixo da média. A explicação para isso é uma só: as peças individuais deste elenco simplesmente são mais talentosas e criativas por si só. Destaque para Sam Dekker, que, mesmo com maior responsabilidade na parte ofensiva, continua tão eficiente quanto em sua temporada de calouro.

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Como Saint Louis foi um time que não venceu jogos grandes na temporada passada e neste início de competição ainda não foi testado, eu vou apostar em Wisconsin aqui. Não só neste confronto em especial, como também para o torneio.

 

NIT Season Tip-Off (em New York, de 27 a 29/11)

Participantes: Alabama, Arizona, Drexel e Duke

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Palpite: Duke
Fique de olho: Aaron Gordon (ala de Arizona)
Nota do torneio: A-

A chance de termos uma final entre Arizona e Duke, reunindo dois dos principais prospectos do país, é o que justifica a presença do torneio como destaque aqui. Jabari Parker e Aaron Gordon nem parecem calouros, a julgar por suas atuações neste início de temporada. Arizona venceu as cinco partidas que fez até aqui, incluindo uma complicadíssima fora de casa contra San Diego State. Mas eu ainda prefiro apostar em Duke.

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Também vale destacar o bom time de Alabama, que joga um basquete bem coletivo e é sempre muito chato de ser batido. Pega Duke em uma das semifinais, que não acho que venha a ser fácil.

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