Goran Dragic vai finalmente realizar um dos seus sonhos como jogador de basquete quando entrar em quadra neste domingo. O astro do Miami Heat disputará o Jogo das Estrelas pela primeira vez na carreira neste ano, após ter passado muito perto de ser convocado em anos anteriores. É verdade que o chamado veio tardiamente, como substituto do lesionado Kevin Love, mas ele não se prende aos detalhes às vésperas de viver uma realização pessoal.
“Eu fiquei realmente feliz com a convocação, pois participar era um desejo de longa data. Quando criança, você sonha com momentos assim. E ninguém sabe o quanto trabalhamos para isso. Para mim, ser selecionado para um dos quintetos ideais da NBA foi uma honra maior, mas o Jogo das Estrelas traz bem mais reconhecimento. É uma incrível experiência, chance rara na vida que quero aproveitar ao máximo”, afirmou o armador, em entrevista ao site Yahoo! Sports.
A maior das decepções de Dragic em Jogo das Estrelas aconteceu em 2014, quando foi preterido enquanto comandava o Phoenix Suns em uma das mais inesperadas campanhas que a NBA viu recentemente. Apontado como provável último colocado do Oeste antes daquela temporada, o time ganhou 48 jogos e ficou a uma vitória de chegar aos playoffs. O esloveno reconhece que, na época, ficou completamente arrasado em ter sido “esnobado” pela liga.
“Foi muito duro para mim. Acreditava que tinha números extraordinários e estava jogando em alto nível. Mas sei que ser convocado para estar aqui não é algo fácil. Há tantos bons jogadores na NBA que nada é garantido. Você só pode torcer que, em um desses anos, você esteja atuando bem e as pessoas certas percebam isso para dar-lhe uma oportunidade. E, agora, chegou a minha vez”, disse o titular do oitavo colocado do Leste no momento.
Dragic pode dizer que superou as probabilidades para conseguir, finalmente, sua primeira participação na partida festiva da liga. A poucos meses de completar 32 anos e disputando sua décima temporada na NBA, ele tornou-se o terceiro atleta mais velho a conseguir ser chamado para o Jogo das Estrelas pela primeira vez desde a fusão da ABA com a NBA (1976). O próprio veterano crê que o feito seja uma ode à sua constante positividade.
“Eu sempre sou otimista, mesmo nos dias ruins. Sempre estou de bom humor. Sei que tenho 31 anos, era improvável, mas preparei-me para a temporada pensando em chegar até aqui. Sinto que esse é um grande prêmio pela minha carreira. Estou realmente feliz e ganhei a certeza de que ainda tenho muito basquete pela frente, contanto que siga trabalhando tão duro quanto agora”, refletiu o dono de médias de 17.4 pontos e 4.9 assistências nesta campanha.
O otimismo e trabalho de Dragic foram recompensados, inesperadamente, quatro anos depois de seu melhor momento na liga e após três temporadas com o Heat. “Essa foi uma longa jornada para mim, com vários bons dias e outros de provação. Mas, no final das contas, você sempre levanta e tenta novamente. Hoje, eu estou especialmente orgulhoso porque sei que não é porque sou um all-star agora que virei algo mais do que já era”, concluiu o astro.