Giannis Antetokounmpo e Kobe Bryant não foram jogadores contemporâneos e, muito menos, parecidos. Ambos atuam em posições bem diferentes e, além disso, só se enfrentaram duas vezes na carreira. O ala-pivô grego ainda caminhava para ser o MVP da liga, enquanto o ídolo estava em fim de carreira. No entanto, o hoje astro do Bucks crê que os dois têm uma mentalidade similar em quadra.
“Não gosto de mencionar Kobe em nenhuma conversa, pois nunca vou desrespeitar o seu nome e história. Ele nunca pode ser esquecido, mas, ao mesmo tempo, deve ser citado com muito respeito. Embora quisesse isso, admito que não tive a chance de ser próximo dele. No entanto, eu acho que temos uma mentalidade similar em temos de basquete”, contou o craque do Milwaukee Bucks, ao site The Athletic.
Existem, de fato, uma ou outra postura semelhante entre Antetokounmpo e Bryant. O campeão da NBA em 2021, por exemplo, já afirmou que recusa-se a treinar com adversários na offseason porque não os vê como amigos. Mas o maior legado que a lenda da NBA deixou-lhe foi a compreensão de que o talento não faz um jogador. Só trabalho, no fim das contas, pode transformar potencial em realidade.
“Eu acho que não sou tão talentoso quanto Kobe, mas esse nunca foi o ponto com ele. Afinal, nós estamos falando de um jogador que trabalhou duro do primeiro ao último dia da carreira. Alguém que sempre jogou para vencer e, além disso, testou os seus limites todos os dias. Um atleta que possuía um instinto assassino quando pisava em quadra como nenhum outro que vi”, resumiu o astro grego.
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Treinando juntos
Embora não fosse próximos, Giannis Antetokounmpo teve a oportunidade de treinar com Kobe Bryant por um breve período. O europeu procurou o ídolo durante o Jogo das Estrelas de 2018 e, na offseason posterior, ambos chegaram a trabalhar juntos. O ícone do Los Angeles Lakers já estava aposentado há dois anos. Foram só alguns dias, mas que deixaram uma impressão muito forte no líder do Bucks.
“Era quase como se, em síntese, ele tivesse duas personalidades. Quando estava à beira da quadra e conversávamos, o homem era só sorrisos. Ele brincava e falava numa boa enquanto eu tentava aprender com os seus comentários. Assim que nós pisávamos em quadra, no entanto, a coisa mudava. Era como se esse cara nunca tivesse me visto antes da vida”, relembrou o duas vezes MVP da liga.
A rotina de treinos com Bryant, em síntese, era tão obsessiva quanto nós podemos imaginar. Capaz de assustar até um atleta como Antetokounmpo, que sempre teve compulsão por melhorar. O que intimidava o grego, acima de tudo, era o grau de detalhismo e preparação do antigo oponente. Cada mínimo movimento era repetido até o aperfeiçoamento máximo, sem concessões.
“Ele fazia repetir cada movimento, por exemplo, umas 25 vezes de forma perfeita. Mais uma vez, mais uma vez. E não eram arremessos, por exemplo. Eram dribles, fintas, coisas bem pequenas. Pensava que o cara fosse um amigo, mas não havia amigos na hora do trabalho. Ele trabalhava insanamente duro e, por isso, percebi que Kobe era um cara muito diferente dos demais”, encerrou o craque.
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