O basquete francês vive o seu pior momento em anos, após a eliminação na fase de grupos da Copa do Mundo FIBA. O resultado foi uma surpresa negativa para os atuais vice-campeões olímpicos, certamente. Mas isso não vai levar a federação a movimentos extremos. A França não vê o fracasso, por exemplo, como motivação para “jogar-se” na disputa para ter Joel Embiid nas Olimpíadas de 2024.
“Eu não sou uma pessoa agressiva, em primeiro lugar. E, além disso, não acho que seja uma concorrência por Joel. Tudo gira em torno das pessoas terem vontade de vir e atuar pela seleção. Alguns atletas vêm, outros não. Joel é um caso especial e tem os seus motivos para jogar ou não. Então, não acho que seja questão de ser mais agressivo”, afirmou o presidente da federação francesa, Boris Diaw.
A eliminação precoce dos franceses levou a uma revolta no elenco. O ala Nicolas Batum, por exemplo, sugeriu que os atletas que recusaram participar do torneio têm culpa no fracasso. É debatível se isso incluiria Embiid, mas a mensagem teve um alvo direto: Victor Wembanyama. Diaw, no entanto, tratou de descartar os comentários e críticas do jogador do Los Angeles Clippers.
“O nosso problema no Mundial não foi quem estava ou não estava no elenco. Acho que, acima de tudo, a questão é que o time não desempenhou à altura do talento envolvido. Deveríamos ter sido bem melhores, para resumir. E isso significa que a culpa é de todos. Não são só os técnicos, jogadores ou dirigentes, mas o conjunto não funcionou”, analisou o ex-atletas do San Antonio Spurs.
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Reforço
Poucos jogadores no mundo podem mudar mais a cara de um time do que Embiid. O craque do Philadelphia 76ers é um dos pivôs dominantes da NBA e acaba de ser eleito MVP da temporada. Mas o trabalho de um clube é muito diferente do jogo das seleções por várias razões. Diaw entende essa questão, então não vê o pivô como um reforço que vai mudar o patamar francês.
“Não acho que um jogador seja a resposta para melhorar a nossa equipe. Não há um cara mágico, afinal, que vai chegar aqui e mudar tudo. O nosso pensamento não é que trazer alguém como Joel vai ser o caminho para melhorarmos. É como eu disse: o problema não é o talento que não estava conosco. Nós não jogamos bem, em síntese”, refletiu o veterano.
Assim como não planeja fazer loucuras por Embiid, Diaw não pensa em mudanças estruturais na seleção francesa nesse momento. “Essa foi uma enorme decepção, mas não vamos tomar grandes decisões no calor do momento. É hora de respirar para, depois, ver tudo com a cabeça leve. Vamos pensar, analisar e, então, traçar os planos futuros”, concluiu.
Concorrência
Fala-se em uma concorrência pela presença de Joel Embiid nas Olimpíadas de Paris porque a França não é a única interessada no atleta. Afinal, no ano passado, o MVP da NBA não “adquiriu” só a cidadania francesa. O camaronês de nascimento tornou-se também cidadão dos EUA. A USA Basketball não esconde que deseja contar com o pivô de 29 anos.
“Joel é um talento incrível e, por isso, tem opções. Posso dizer que já conversamos e ele sabe da nossa vontade de tê-lo em nosso programa. Então, vamos ver o que vai acontecer. Mas posso garantir que essas conversas vão seguir após a Copa do Mundo. Não sei dizer porcentagens e probabilidade, mas, definitivamente, existe uma chance”, afirmou o diretor da federação, Grant Hill.
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