Não é segredo para ninguém que os estadunidenses possuem uma visão personalista do mundo. Para resumir, existe os EUA e o resto do mundo. Então, quando um atleta deixa o basquete do país, os torcedores locais encaram como um “rebaixamento” na carreira. Afinal, há vida feliz depois de atingir o auge entre os norte-americanos? Kemba Walker garante que sim e, diretamente da Europa, envia uma mensagem para os fãs da NBA.
“Eu estou feliz porque sigo jogando basquete, antes de tudo. Então, não posso reclamar de nada. Esse é um ótimo momento da minha vida, pois trabalho com companheiros de time e técnicos que são muito legais. Todas as pessoas em torno de mim, aliás, fizeram com que essa transição fosse bem fácil. Isso é tudo o que poderia pedir nesse momento da minha carreira”, contou o armador, em entrevista ao site Basket News.
Walker tem motivos de sobra, dentro e fora das quatro linhas, para sentir-se confortável na Europa. O jogador atua pelo Monaco. Ou seja, faz parte de uma das equipes mais competitivas do continente e mora em um dos locais mais luxuosos do planeta. Mas, acima de tudo, ele valoriza a chance de conhecer várias cidades europeias como um atleta que disputa a poderosa Euroliga.
“Monaco é um lugar espetacular para se viver. E, por isso, estou conhecendo o mundo inteiro. Conheço uma parte diferente da Europa a cada semana e isso é sensacional. Quem poderia imaginar, há alguns anos, que eu estaria fazendo um jogo na Lituânia hoje? Minha vida é ótima, pois estou em torno de pessoas incríveis em um lugar incrível”, exaltou o ídolo do Charlotte Hornets.
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Futuro treinador
Walker caminha para completar 34 anos e teve uma carreira cheia de lesões. Por isso, o craque tem consciência de que não vai ter a longevidade de um LeBron James dentro das quadras. Não há como se iludir, pois o fim da jornada como jogador está próxima. Resta reconhecer a situação e, sobretudo, projetar qual vai ser o próximo passo. Ele admite que esse é um pensamento cada vez mais em sua cabeça.
“Eu venho pensando muito em meus planos pós-carreira, na verdade. Não sei em que equipe vai ser, mas, com certeza, quero seguir no mundo do basquete após a carreira de atleta. A princípio, nunca pensei que seria um treinador. No entanto, com o tempo, passei a ficar inclinado a trabalhar nisso. Não quero ser o técnico, mas gostaria de ser parte de uma comissão”, revelou o quatro vezes all-star.
Se puder escolher, aliás, Walker já sabe em que gostaria de se especializar. Não quer estar nos holofotes, mas contribuir para a evolução de prospectos no dia a dia. “Eu quero trabalhar com o desenvolvimento de jogadores porque trabalharia junto aos jovens. O meu pensamento é ajudá-los a melhorar. Vai ser um teste para a minha paciência, mas acho que tenho muito a oferecer para o basquete ainda”, contou.
Vida europeia
Deixar a NBA para jogar na Europa, a princípio, foi uma mudança de rota para Kemba Walker. Ele queria continuar na liga norte-americana, mas não havia mais mercado. A sua escolha, portanto, foi entre jogar basquete ou aposentar. É verdade que ele é um reserva que pouco joga no Monaco, mas vê a mudança como uma das melhores decisões de sua vida. Tanto que gostaria de estendê-la por mais um ano.
“Se ainda tiver condições de jogar, eu estou totalmente aberto a seguir por aqui. Ficar na Europa, certamente, não me incomodaria nem um pouco. Tem sido uma grande e divertida jornada, afinal. Mas, para ser sincero, o meu foco é seguir aqui até o fim da temporada. O meu objetivo inicial é simplesmente terminar a campanha com o time. Então, depois, vamos ver o que acontece”, concluiu o veterano armador.
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