Finalistas no ano passado, Suns e Bucks caem de forma melancólica

Phoenix Suns e Milwaukee Bucks foram finalistas da NBA no ano passado, mas caem de forma melancólica nas semifinais de conferência. Favoritos, até então, os dois times não convenceram nos playoffs, exceto em determinados momentos. No entanto, foram massacrados nos jogos decisivos por seus oponentes.

O Bucks, por exemplo, teve problemas com lesões durante os mata-matas, perdendo o seu segundo principal cestinha, o ala Khris Middleton. Mas é bom lembrar que Middleton não é só um jogador que pontua, mas que contribui em diversas áreas. Ou seja, sua ausência foi muito sentida, embora o técnico Mike Budenholzer tenha conseguido fazer ajustes com Bobby Portis em seu lugar.

Já o Suns, teve o armador Chris Paul engolido pela defesa do Dallas Mavericks por toda a série do Oeste. Por mais que ele tentasse, a coisa simplesmente não funcionou para ele. Conhecido por ter muito cuidado com a bola, Paul cometeu 22 erros de ataque (3.1) para 40 assistências (5.7) distribuídas em sete jogos. Muito, mas muito fora do seu padrão.

Finalistas de 2021, Suns e Bucks caem por situações diferentes

Enquanto o Bucks perdeu para um Boston Celtics embalado desde janeiro, o Suns foi superado por um adversário sem estrelas, se você retirar Luka Doncic da conversa. Além disso, o Suns chegou inteiro, tinha a melhor campanha de sua história e da temporada. Era amplamente favorito.

Na realidade, só um time é campeão por temporada. Então, não estamos falando de fracasso total ou algo do tipo. Mas, no papel, Suns e Bucks tinham tudo para seguirem em frente. Fica aquele gosto amargo de que as séries estiveram em suas mãos, mas não conseguiram concluir suas missões.

Sim, o Bucks era favorito na série, mesmo sem Middleton. Na teoria, claro, porque Giannis Antetokounmpo é o jogador mais impactante da NBA nos dois lados da quadra na atualidade. Na prática, entretanto, o time de Milwaukee foi inferior ao Celtics.

O Suns, por outro lado, falhou em não conseguir segurar um time de um jogador só. Maldade minha, mas isso é o que muita gente diz. Luka Doncic é espetacular, mas o trabalho defensivo de Jason Kidd é algo espetacular.

Finalistas de conferência mostram tendência defensiva, mas…

Os quatro times que se classificaram para as finais de conferência jogam de forma diferente, mas mostram que a defesa tem sido impactante. Golden State Warriors teve o melhor defensive rating, Boston Celtics, o segundo, enquanto Miami Heat foi o quinto e o Dallas Mavericks, o sexto.

Por outro lado, as quatro equipes podem definir jogos com volume de arremessos de três.

Na série contra o Philadelphia 76ers, o Heat arremessou 31.8 vezes de longa distância, mas teve um aproveitamento ruim (29.8%). O Celtics arremessou 41.7 de três, mas com 37.7% de acertos diante do Bucks. Já no Oeste, o Warriors tentou 39.5 de três, com 34.1% de aproveitamento e o Mavs acertou 42.6% em 27.9 tentativas.

Isso mostra que o arremesso de três tem sido mais do que um artifício, embora os quatro joguem de forma completamente diferente.

O Mavericks, o que menos arrisca de longa distância, tem Doncic prendendo muito a posse de bola para tentar o próprio lance, seja infiltrando ou de três. De qualquer forma, a equipe texana recheou o elenco de especialistas, como Dorian Finney-Smith, Reggie Bullock, Maxi Kleber e Davis Bertans. Isso, sem contar com um inspirado Spencer Dinwiddie.

Já o Heat, que teve o menor aproveitamento, utiliza o arremesso de média distância, pois seus dois principais cestinhas (Jimmy Butler e Bam Adebayo) não são especialistas no quesito, apesar de Butler ter tentado quase cinco arremessos por jogo contra o Sixers (32.1% de aproveitamento).

Three and D

Fica claro, portanto, que a soma de um bom volume de arremessos de três com uma defesa organizada fazem mais diferença hoje. O Bucks, por exemplo, teve um ataque muito forte na temporada regular, mas quando chegou nos playoffs, perdeu muito na quantidade de bolas de três para o Celtics.

O Suns, por exemplo, viu um Chris Paul pressionado como há muito tempo não se via. Apesar de terminar a fase regular com o terceiro melhor defensive rating, esbarrou em uma defesa ainda mais sufocante. Nas trocas, sempre tinha um Frank Ntilikina, um Bullock, um Finney-Smith em cima dos principais cestinhas de Phoenix. Além disso, foi a quinta vez na carreira em que Paul estava em um time que liderava uma série de playoffs por 2 a 0 e foi eliminado.

Bucks e Suns, finalistas da NBA há um ano, caem antes do tempo, mas seus adversários provaram que foram ainda melhores nos quesitos impactantes. É o que a liga pede. Lesões, sempre vão acontecer aqui e ali, mas os ajustes devem ser feitos. Mike Budenholzer, eleito o melhor técnico do ano (2014-15 e 2018-19) e Monty Williams, o melhor da atual temporada, não conseguiram responder.

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