Fonte: Sam Forencich / AFPO Golden State Warriors perdeu a segunda partida da série contra o Sacramento Kings nessa segunda-feira. No entanto, além do resultado negativo, o jogo trouxe um evento lamentável por parte de um dos veteranos do time. Draymond Green foi expulso depois de dar um pisão em Domantas Sabonis no último período da derrota. Ele criticou a arbitragem pela condução do episódio e a sua exclusão.
“Agarraram a minha perna, antes de tudo. Foi a segunda vez em duas partidas que isso ocorre. Mas os árbitros só assistem. Parece que segurar o meu tornozelo está tudo bem para esses caras. Precisava colocar o meu pé em algum lugar, pois, se não o fizesse, eu iria cair. Tenho que pisar em algo. Então, foi isso”, justificou o ala-pivô, em entrevista após o revés por 114 a 106.
A agressão aconteceu com sete minutos para o fim do jogo. Sabonis caiu enquanto ocorria a disputa por um rebote e, no chão, abraçou-se à parte inferior do corpo do adversário. Green não gostou da situação e, para livrar-se, fez um movimento bem brusco com o pé. O movimento terminou com um pisão muito violento no peito do oponente, que ficou se contorcendo no chão.
“A explicação dos árbitros foi que pisei forte demais em Domantas. O árbitro viu, no entanto, que o meu tornozelo havia sido agarrado na última partida. E, certamente, eles viram que fui agarrado de novo hoje. Foram no vídeo. Portanto, acho que está liberado ficar me segurando dentro de quadra”, protestou o especialista defensivo, frustrado com o tratamento que recebeu.
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Outra visão
A situação, obviamente, causou muito nervosismo no ginásio. A arbitragem marcou uma falta técnica imediata e, em seguida, subiu a punição para uma flagrante dois. Ou seja, Draymond Green foi expulso automaticamente em um momento crítico da derrota. Não houve muita contestação sobre a decisão. Para o treinador do Kings, Mike Brown, a agressão só permitia uma resposta da arbitragem.
“Não vi tudo o que aconteceu depois, o bate-boca e tudo o mais, mas foi uma falta para expulsão. Sem dúvidas. Não posso falar nada sobre o que aconteceu depois, mas a decisão dos árbitros é inquestionável. Será interessante, aliás, ver o que a liga vai fazer depois de analisar a situação”, declarou o experiente técnico, sugerindo a chance de uma suspensão.
Os colegas de equipe de Green, no entanto, tiveram uma visão mais “relativizada” do episódio. Klay Thompson, por exemplo, interpretou esse ato hostil como uma reação natural do companheiro de elenco. Tudo começou quando um atleta teve a perna agarrada por um adversário, afinal. A tentativa de desvencilhar-se foi uma ação brusca, mas compreensível.
“O que você vai tentar fazer se alguém agarrar o seu pé enquanto estiver correndo a toda velocidade? Eu não estou dizendo que a reação de Draymond foi assim tão proporcional, mas isso não foi legal também. Não se pode segurar o pé de alguém que está correndo e, sobretudo, quer jogar. É preciso considerar isso também”, cobrou o arremessador.
Bate-boca
Mas a confusão não parou no ato em si. Green foi para o banco de reservas e, com isso, passou a ser hostilizado por torcedores mais exaltados do Kings. Mas ele não aceitou levar desaforo para casa. Começou, então, um bate-boca com os irritados fãs que teve gestos obscenos e gritaria. O ala-pivô, no entanto, garantiu que isso não foi nada demais. Só um grande entretenimento, em síntese.
“Não foi dito nada por ninguém que quisesse responder, a princípio. Na verdade, eu só estava me divertindo. Esse foi um jogo divertido com uma atmosfera ótima para se competir. Então, foi diversão. Nada além disso”, cravou o veterano. Ele deixaria a quadra instantes depois da discussão com as arquibancadas.
Sabonis passou por exames depois da partida e, por sorte, não se identificou danos em seu peito. Ele seguiu em quadra e, assim, ajudou o triunfo do Kings anotando 24 pontos e nove rebotes. Foi inevitável ser questionado sobre a agressão sofrida durante a noite. Mas o pivô não quis debater essa questão. O expulso Draymond Green e a derrota do Warriors são um problema para o outro lado da série.
“Eu caí e só tentei proteger-me quando tudo aconteceu. É uma coisa que acontece. Isso é basquete, afinal. Temos que levantar-nos e seguir a próxima jogada. Não existe nada mais a dizer. Só que não existe espaço, certamente, para esse tipo de comportamento na NBA de hoje”, finalizou o astro de Sacramento.
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