David Fizdale e Marc Gasol realmente não tinham um relacionamento dos mais amistosos. O ex-técnico do Memphis Grizzlies confirmou que havia discordâncias entre ambos nos últimos meses de trabalho, durante participação em um programa da ESPN. No entanto, ele negou veementemente que as desavenças tenham sido o fator para a queda de produção da equipe na atual temporada.
“Isso é a NBA. Quer dizer, o melhor jogador e o treinador nem sempre se dão bem. É assim que as coisas acontecem, às vezes. Isso é algo normal e, para ser sincero, não importa se duas pessoas não se gostam no elenco: todos querem vencer jogos e tudo gira em torno de trabalhar duto, independentemente das relações internas”, contou o recém-demitido comandante, sem culpar o pivô por sua saída.
De acordo com Adrian Wojnarowski, da ESPN, a demissão de Fizdale passou pelos resultados ruins do time no início de temporada e pela relação muito estremecida com o astro da franquia. Gasol, porém, continua garantindo que não teve nada a ver com a decisão. O técnico não faz conclusões precipitadas, mas sabe de uma coisa: em uma disputa com o pivô, ele seria o elo mais fraco.
“Você precisa ter total apoio organizacional para trabalhar. Os técnicos entendem que essa é uma liga dos jogadores e não somos inocentes de pensar o contrário, então sabemos que entrar em uma ‘queda de braço’ assim é uma causa perdida. Mas, se os dirigentes derem o suporte interno e falarem para os jogadores não ‘conspirarem’, seria uma grande ajuda”, explicou o jovem treinador.
Fizdale esteve à frente do Grizzlies por 101 partidas, com campanha bem próxima dos 50% de aproveitamento: 50 vitórias e 51 derrotas. J.B. Bickerstaff assumiu o comando interinamente. O ex-auxiliar do técnico Erik Spoelstra, do Miami Heat, tinha mais um ano de contrato e receberá US$3 milhões adicionais pela rescisão, referentes ao salário projetado da temporada 2018-19.