Os norte-americanos passaram sem dificuldades pelo primeiro teste antes da Copa do Mundo FIBA. A seleção dos EUA confirmou as expectativas e, assim, derrotou Porto Rico em amistoso de preparação por 117 a 74. Mas não foi uma atuação tão regular. A equipe comandada por Steve Kerr superou um primeiro tempo “lento”, aumentou a intensidade e atropelou o adversário nos dois quartos finais.
“Essa foi uma grande noite para nós, antes de tudo. Acho que os atletas mostraram o estilo de jogo que queremos impor nos dois lados da quadra. Vamos nos habituar aos poucos, além disso, com as regras e interpretações do basquete da FIBA. Tudo é um processo, pois trata-se de desafios e oponentes com os quais não estamos acostumados”, disse o treinador, depois da previsível vitória.
O resultado, certamente, não refletiu a instabilidade estadunidense na noite dessa segunda-feira. O time começou a partida atrás no placar e, em seguida, foi para o intervalo com apenas sete pontos de vantagem. Mas a seleção “voou” no segundo tempo, quando venceu o adversário por 67 a 31. O Team USA forçou 18 erros de ataque e, como resultado, anotou 31 pontos a partir desses turnovers.
“Demorou um pouco, mas, quando ‘encaixamos’ a nossa defesa, foi um jogo muito divertido. Nós conseguimos pará-los, forçar os desperdícios de bola e, por fim, sair em transição. Então, o caminho do sucesso é seguir tentando fazer isso com maior regularidade. Não vamos precisar nos preocupar com o nosso ataque se a defesa estiver afiada como hoje”, analisou o armador Jalen Brunson.
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Time titular
O amistoso contra Porto Rico, a princípio, serviu para os EUA revelarem o provável time titular. Quatro jogadores já estavam confirmados, enquanto uma vaga ainda parecia em aberto. Brunson, como esperado, começou jogando ao lado de Mikal Bridges, Brandon Ingram e Jaren Jackson. Anthony Edwards, por fim, levou a melhor contra Cameron Johnson para ficar com o último espaço.
“Anthony teve uma grande atuação, para resumir. Ele faz sentido no jogo FIBA por causa da imposição física que oferece nos dois lados da quadra. É um jogador que adora contato em um jogo que permite mais esse tipo de abordagem. Ele não só agride o aro, mas também evita infiltrações com a sua força. Anthony jogou realmente bem, assim como todos os outros”, elogiou Kerr.
Edwards justificou a confiança do treinador, pois foi o “co-cestinha” estadunidense no triunfo. Ele anotou 15 pontos, além de quatro assistências e quatro roubos de bola. A disputa por essa vaga, no entanto, não está totalmente decidida. Johnson, afinal, saiu do banco para também fazer 15 pontos. O armador Tremont Waters, ex-Boston Celtics, foi o cestinha de Porto Rico com 12.
“Eu acho que a nossa formação funcionou muito bem. Temos dois pontuadores nas alas, um armador que mantém o jogo organizado e o defensor do ano da NBA lá no garrafão. Mikal, por fim, está em todos os lugares da quadra e sempre encontra os espaços abertos na defesa. Então, acredito que é uma dinâmica para começar o trabalho”, avaliou Ingram, que terminou o duelo com 11 pontos.
Armação
Um problema recorrente voltou a incomodar os norte-americanos no primeiro teste pré-Mundial: o arremesso de três pontos. O time venceu por 43 pontos de frente, mas só acertou seis de 27 tiros de longa distância. Compensou a falta de pontaria, no entanto, com um desempenho dominante em outros quesitos. Os comandados de Kerr pegaram 53 rebotes, por exemplo, contra só 27 dos porto-riquenhos.
O trabalho de armação foi outro destaque na vitória. Tyrese Haliburton e Austin Reaves saíram do banco para combinarem 16 assistências. Eles aceleram o ritmo da partida em um avassalador segundo tempo e, ao mesmo tempo, cometeram só dois erros. Ambos estrearam pelo time nacional adulto.
“As particularidades do jogo são um pouco diferentes, mas, no fim das contas, acho que é só jogar basquete. É simples assim, pois tudo resume-se a isso. Tyrese sabe jogar, sobretudo. Ter um companheiro desse nível, certamente, facilita tudo dentro de quadra para você. A nossa única preocupação, então, é fazer as jogadas certas”, exaltou Reaves.
“Descanso”
Quase todos os jogadores dos EUA entraram em quadra no amistoso contra Porto Rico. “Quase” porque só um jogador do elenco não recebeu um minuto sequer na vitória. Josh Hart ficou de fora do confronto porque foi poupado pelos técnicos. A versão oficial é que ele recebeu um descanso. Mas existe um outro ótimo motivo para que não jogasse.
Segundo Bobby Marks, da ESPN, o atleta do Knicks vai tornar-se elegível para uma extensão prévia na quinta-feira. Então, ele não poderia correr risco de lesão antes da negociação ser fechada. É esperado que, com um acordo assinado, Hart esteja em quadra no próximo jogo-teste dos estadunidenses. No sábado que vem, o Team USA enfrentará a seleção espanhola em Málaga.
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