A primeira e única experiência de David Blatt como treinador na NBA foi curta, mas intensa. Em 2014, o então campeão da Euroliga assumiu um Cleveland Cavaliers que projetava ser candidato ao título imediato com o retorno do melhor jogador de basquete do planeta. A relação com LeBron James sempre foi vista como um dos motivos para seu insucesso, mas ele não culpa o astro pela saída após 18 meses.
“Nunca me senti mal aceito por LeBron, mas nós víamos o jogo de forma diferente. Ele jogou na NBA a vida inteira e é um dos maiores jogadores de todos os tempos, enquanto eu era um treinador recém-chegado à liga que só tinha feito carreira na Europa. Essa é uma diferença muito, muito grande”, contou o atual comandante do Olympiakos, em entrevista a uma rede de televisão da Grécia.
Muitos analistas, na época, julgaram sua demissão – apenas seis meses depois de chegar a estar liderando uma série final da NBA – como injusta. Blatt não acredita, porém, ter sido “queimado” no Cavs. “Eles foram justos comigo. Contrataram-me. É provável que o timing não fosse ideal, pensando em longo termo, mas eu treinei uma equipe nas finais da liga e ganhei um título de conferência, então não foi uma derrota para mim”, refletiu.
O profissional de 59 anos venceu 83 de 123 partidas de temporada regular em que comandou o Cavaliers, conduzindo o time à final da NBA – onde seria derrotada pelo Golden State Warriors – na única campanha completa que disputou na franquia.
