Fonte: Garrett Ellwood / AFPA troca de Damian Lillard para o Milwaukee Bucks tornou o Golden State Warriors a equipe com os jogadores mais leais de toda a NBA. Em uma liga onde os jogadores, ano após ano, temem não permanecer na mesma franquia, o time de San Francisco adota um processo diferente. Assim, seus três astros, Stephen Curry, Klay Thompson e Draymond Green seguem juntos. E, claro, colhem bons frutos.
As estrelas estão no time há 14, 12 e 11 anos, respectivamente. Aliás, nunca vestiram outro uniforme desde que chegaram à liga. Antes, Lillard aparecia entre eles, já que passou 11 temporadas como um Blazers. Seu atual companheiro Giannis Antetokounmpo é quem, agora, vem na sequência, com dez campanhas com o Bucks.
Curry chegou à franquia como a sétima escolha do Draft de 2009. Desde então, passou por uma série de dificuldades. Inicialmente, era a “sombra” de Monta Ellis, astro da equipe, que não era solidário e limitava o camisa 30.
Anos depois, na sua terceira temporada, sofreu com seguidas lesões no pé. Tanto que finalizou 2011/12 com apenas 26 partidas e as suas piores médias da carreira. Na NBA atual, nada impediria, então, se Golden State optasse por trocar o armador.
Mas não o fez. A decisão, inclusive, foi confiar ainda mais em Curry. Isso porque trocou Ellis. Então, os resultados começaram a acontecer. Em 2012/13, o futuro Hall da Fama se estabeleceu com uma superestrela e levou a franquia de volta aos playoffs. Três anos depois, já era duas vezes MVP. Sendo uma delas, de forma unânime e com o título da NBA.
Aqueles que o ajudaram na conquista, inclusive, são os que completam o “pódio da lealdade”. Thompson, neste caso, chegou como a 11ª escolha do Draft de 2011. Green, uma ano depois, como a 35ª. Rapidamente, ambos se estabeleceram nas equipes, sendo importantes de diferentes formas. Logo, garantindo o sucesso da equipe.
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No entanto, diferente de Curry, as dificuldades se aproximaram enquanto já eram jogadores consagrados. O camisa 11 sofreu uma séria lesão no joelho, durante as finais de 2019, diante do Toronto Raptors. A recuperação não foi nada fácil. Quando estava perto de retornar, sofreu outra lesão, dessa vez, no tendão de Aquiles.
Foram, então, dois anos longos de recuperação. A diretoria do Warriors poderia trocar o ala-armador. Mas, simplesmente, optou por manter seu contrato máximo na folha salarial, assinado antes das contusões, inclusive.
Em seu retorno, nos jogos finais da temporada 2021/22, demorou para se reencontrar. Mas, ainda assim, foi peça fundamental na conquista do sext0 título da franquia. O quarto da sua galeria.
Green, por outro lado, não teve problemas físicos. Os seus, na verdade, eram mais emocionais. No início da atual campanha, o ala-pivô socou o rosto do seu ex-companheiro Jordan Poole. Algo que, para muitos, atrapalhou os resultados que a equipe poderia obter.
Após a situação, a diretoria sinalizou preferência pelo jovem armador. Afinal, o concedeu uma renovação contratual. O especialista defensivo, contudo, chegava aos últimos meses do seu acordo e sua saída não era descartada.
Por fim, tudo se inverteu. Ao final da temporada, Poole foi trocado ao Washington Wizards e Green recebeu um contrato de US$ 100 milhões por mais quatro anos.
Portanto, diante de diversas dificuldades, o Golden State Warriors persistiu em ter os jogadores mais leais da NBA. Os frutos foram colhidos, com quatro títulos e a mais recente dinastia da liga. Um tapa, portanto, nas franquias que realizam movimentos desesperadores, em busca de grandes trocas.
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