Fonte: Reprodução / InstagramOs vínculos two-way viraram uma porta de entrada importante para os jovens jogadores na liga. Esse tipo de acordo, aliás, tornou-se uma alternativa até para atletas escolhidos na segunda rodada do draft. Mas você pode apostar que um prospecto dessa classe não vai “cavar” o seu espaço assim. O empresário Rich Paul garantiu que Bronny James não inicia a carreira na NBA com um contrato sob esses termos.
“As projeções, a princípio, apontam para todos os lados. Existem times que apostam que Bronny pode ser uma escolha de primeira rodada, enquanto outros já o veem como uma seleção de segunda. E há aqueles que nem acreditam que ele vai ser escolhido. Ou seja, igual aos outros prospectos que agencio. Mas é certeza que não vamos aceitar contratos two-way. E as franquias já sabem disso”, cravou o famoso agente.
Esse tipo de vínculo, para começar, prevê salários menores e uma liberdade de transição entre a NBA e a G League. Vários jovens atletas, por exemplo, nem chegam a jogar pelo time principal durante a temporada inteira. O contrato não é garantido e, assim, oferece flexibilidade para as equipes. Paul, no entanto, avisa que não descarta a opção por uma falta de confiança no sucesso do filho de LeBron James.
“Acho que o que mais me impressiona em Bronny é o seu caráter. Afinal, ele poderia ser aquele cara que ainda com uma equipe de filmagem para todos os lados e comportar-se como uma celebridade. Mas não é assim. É um garoto muito centrado e consciente, em síntese. Por isso, eu tenho convicção de que vai ser um ótimo companheiro de elenco e só tem a melhorar como jogador”, elogiou o empresário.
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Nepotismo
A atenção gerada por James criou um fenômeno inédito na cobertura da imprensa sobre o draft. Afinal, nunca uma provável escolha de segunda rodada ditou os debates sobre uma classe. Isso já causou estranheza, aliás, dentro dos próprios veículos de mídia. O prospecto ganha repercussão e atenção por causa do seu nome, não pelo que mostrou em uma quadra de basquete. Paul não vê problema nenhum nisso.
“Bronny receberia um tratamento diferente se não tivesse o seu sobrenome? É provável que sim. Alguns podem até pensar que ele só está aqui por causa do seu pai. Mas, para mim, essa é uma lógica inocente demais. O nosso país, em particular, foi construído em cima do nepotismo. Então, Bronny não precisa se desculpar por ser o filho de quem é”, sentenciou o agente e amigo de LeBron.
Até aí, tudo bem. Mas Bronny James merece um contrato na NBA só por causa do seu sobrenome? Essa é a discussão aberta para muitas pessoas. A atenção excessiva em torno do jogador, como resultado, ajuda a alavancá-lo em projeções. Enquanto isso, existem franquias que apostam que selecioná-lo pode ajudar a recrutar LeBron. Para Paul, tudo isso faz parte de um turbilhão que a própria imprensa esportiva cria.
“Os esportes sempre foram uma plataforma de opinião. O que mudou hoje é que todos podem se fazer ouvir. Bronny, em primeiro lugar, vai estar no olho do furacão por isso. Todos têm direito à opinião e, assim, podem criticá-lo. Ser filho de LeBron não o torna imune a críticas. Mas esses analistas também têm agendas – e a negatividade está na veia das pessoas”, alertou o empresário.
Aposta
Bronny James só vai ter a certeza de um contrato garantido na NBA se for selecionado na primeira rodada do draft. Essa é uma possibilidade, a princípio, remota. Apesar das boas avaliações como colegial, ele teve uma participação muito pequena na temporada do basquete universitário. Paul sabe que o seu cliente ainda está bem longe do ideal, mas acredita que é um talento digno de uma das 30 primeiras escolhas.
“Bronny não está nem perto de estar ‘pronto’ como jogador. Mas a grande maioria dos jovens que chegam à liga com 19 anos também não estão. A questão principal é que sempre achei e sigo pensando que ele vai ser um bom jogador profissional. E vai ser porque, acima de tudo, é bem talentoso e inteligente em quadra”, concluiu o líder da Klutch Sports.
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