Fonte: Melissa Majchrzak / AFPO Oklahoma City Thunder iniciou a temporada passada com o elenco mais jovem da liga. A perspectiva, como resultado, era de uma campanha bem despretensiosa. Mas, no fim das contas, o time terminou a só uma vitória de classificar-se entre os oito melhores do Oeste. Então, com mais experiência e reforços, o que esperar em 2024? Chet Holmgren tem certeza de que o Thunder vai chegar aos playoffs.
“Eu estou empolgado com o nosso time, antes de tudo. A nossa direção realizou um trabalho espetacular juntando tantos jovens talentos aqui. Não só em nosso elenco, mas também no comando técnico. Só vai depender dos jogadores dar uma unidade ao nosso elenco e, assim, construir entrosamento. Já temos tudo o que precisamos para chegar longe”, cravou o pivô, em entrevista ao podcast “All The Smoke”.
A empolgação de Holmgren para a próxima temporada, certamente, tem a influência da ascensão de Shai Gilgeous-Alexander. O ala-armador (mais uma vez) teve o melhor ano da carreira e, assim, liderou a improvável campanha do Thunder. Com isso, foi escolhido para o quinteto ideal da liga. O pivô de 21 anos garante que a grandeza do astro começa nas quatro linhas, mas vai muito além delas.
“Todo mundo viu o que Shai fez na última temporada, mas o mais impressionante é que só completou 25 anos outro dia. E ele é a pessoa mais simples que você pode imaginar. É um cara normal, que brinca e dá risada como se fosse o último atleta do nosso banco de reservas. Trata-se de uma ótima pessoa e um líder nato, para resumir”, exaltou a segunda escolha do draft do ano passado.
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Força física
O grande ponto de interrogação na projeção da carreira de Holmgren nunca esteve na parte técnica. Os fãs e analistas olham para o seu corpo franzino, em particular, e as dúvidas surgem quase de imediato. E, aliás, o jogador nem tenta minimizar a questão. Ele já reconheceu que faz um trabalho específico para ficar mais forte e aguentar o jogo profissional. Mas é um trabalho bastante cuidadoso.
“A NBA atual não é mais sobre tornar-se um ‘armário’, pois tudo é mais complexo. Você precisa ser forte, sim, mas ainda ser capaz de mover-se em espaço aberto e ser versátil. Ganhar peso não é o ponto principal, pois os músculos e massa física vêm com o tempo também. Eu preciso ficar mais forte e, ao mesmo tempo, mais atlético”, explicou o prospecto, com uma postura bem cautelosa.
Essa abordagem cuidadosa, certamente, faz sentido. O estilo de jogo de Holmgren, afinal, impressionou o mundo pela combinação de técnica, estatura e mobilidade. Perder agilidade significa, então, perder a sua singularidade como prospecto. Por isso, o pivô trabalha em uma linha muito tênue. A ânsia por ficar mais forte não pode levá-lo a perder a noção de quem é – ou sempre foi.
“O meu objetivo é trabalhar em meu corpo como um todo, em primeiro lugar. Não quero adicionar peso da forma errada e, assim, só ficar com uns ombros grandes. Vale a pena ganhar músculos e ficar muito lento ou não conseguir se movimentar direito? Ter dores e lesões no joelho? Então, eu preciso treinar com foco no que o basquete exige e como eu jogo”, reforçou o jovem talento.
Recuperação
Chet Holmgren, por sinal, é um desses reforços que podem impulsionar o Thunder definitivamente às oito primeiras colocações da conferência. Ele foi selecionado no draft de 2022, mas ainda não entrou em quadra por causa de uma fratura no pé direito. O calouro admite que foi um dos momentos mais difíceis de sua carreira, mas, ao mesmo tempo, um período de aprendizado.
“A minha recuperação foi um processo difícil. Para começar, eu fiquei seis semanas treinando arremessos em um carrinho. Não podia colocar os pés no chão. E, então, vieram as muletas e as botas protetoras. Era a mesma rotina diariamente. Não era fácil. Mas você pode tirar lições positivas disso ou simplesmente sentir pena de si mesmo. E eu escolhi a primeira opção”, finalizou o futuro astro em potencial.
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