Em jogo dramático, Argentina vence o Brasil após duas prorrogações

Derrota complica a situação do Brasil nos Jogos Olímpicos

Fonte: Derrota complica a situação do Brasil nos Jogos Olímpicos

Brasil e Argentina

(3-1) Argentina 111 x 107 Brasil (1-3)

Em um duelo marcado por muita tensão, como mandava o script, a Argentina derrotou o Brasil por 111 a 107 e encaminhou sua classificação à próxima fase do torneio de basquete masculino dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Já a seleção brasileira, com a terceira derrota em quatro partidas, se complicou na competição.

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Para passar às quartas de final, a equipe de Rubén Magnano precisa vencer a Nigéria, na próxima segunda-feira (15), e torcer para uma derrota da Espanha nos dois jogos restantes (contra Lituânia e Argentina). Caso se classifique em quarto do grupo B, o Brasil deverá enfrentar a seleção dos Estados Unidos, que, provavelmente, será a primeira colocada do grupo A.

O nome do primeiro quarto foi Andrés Nocioni. Aproveitando-se da fragilidade defensiva do Brasil no perímetro, o veterano ala argentino simplesmente converteu os quatro arremessos de longa distância que tentou no período inicial. Já o Brasil explorou Nenê no garrafão contra Luis Scola, e acertou apenas uma bola de três pontos em cinco tentativas. Sem criatividade no ataque, sem contestar os chutes de longa distância do adversário, e desperdiçando a bola seis vezes, a seleção brasileira teve uma atuação preocupante nos primeiros 12 minutos. Os argentinos venceram por 29 a 18, com 21 pontos da dupla Nocioni e Scola.

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No segundo período, o panorama da partida se alterou drasticamente. Carregada pela segunda unidade – Raulzinho, Benite, Alex e Giovannoni, o Brasil reagiu e virou o marcador. Raulzinho foi importante na criação das jogadas. Com seu atleticismo e energia, Alex mostrou novamente sua importância nos dois lados da quadra. E a dupla Benite e Giovannoni contribuiu com 23 pontos. O Brasil soube explorar a fragilidade defensiva da Argentina no jogo de transição e foi para o intervalo com uma vantagem de oito pontos: 52 a 44. O detalhe é que o cestinha brasileiro na competição, o ala-armador Leandrinho, ficou zerado na primeira metade de jogo.

Alex e Giovannoni voltaram como titulares no terceiro quarto nos lugares de Marquinhos e Rafael Hettsheimeir, respectivamente. Até a metade do período, o Brasil controlou o jogo e não permitiu a aproximação da Argentina no marcador. Nenê foi bastante acionado no garrafão, já que Scola cometeu três faltas e afrouxou a marcação, que já não era eficiente. Magnano demorou muito para tirar Leandrinho, que fazia uma péssima partida, e a Argentina reagiu. O camisa 19 do Brasil só deixou a quadra após cometer a quarta falta. Depois que Scola e Manu Ginobili foram para o banco, os argentinos fizeram uma corrida de 11 a 0 e viraram o placar. Após cestas de Huertas e Nenê, a seleção brasileira voltou a liderar e fechou o período vencendo por 72 a 67.

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Muito nervosas em quadra, as duas equipes erraram bastante no último quarto – desperdícios de bola e arremessos forçados. O Brasil ficou dois minutos sem anotar um ponto sequer e a Argentina encostou. A 22 segundos para o fim, Huertas converteu os dois lances que tinha direito e a vantagem subiu para três pontos (95 a 92). Em seguida, Nocioni, o melhor argentino em quadra, acertou uma bola de três a quatro segundos do fim e a Argentina igualou o placar. Na última posse de bola, Huertas errou o arremesso, em uma jogada mal trabalhada pelo Brasil.

Huertas deixou a partida após cometer a quinta falta logo no começo da prorrogação e foi eliminado de quadra. Nenê e Nocioni seguiram como protagonistas e o placar ficou apertado até o fim. Raulzinho errou um arremesso de longa distância a 15 segundos do final. Na sequência, Ginobili teve a bola do jogo, mas errou o arremesso final.

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No segundo tempo-extra, logo de cara, o Brasil cometeu dois erros no ataque e viu o armador Facundo Campazzo acertar duas de bolas de três seguidas. O detalhe é que Magnano deixou Nenê (com quatro faltas) no banco durante o período em que a Argentina abriu oito pontos de vantagem. Leandrinho saiu do zero e anotou nove pontos seguidos para trazer o Brasil de volta à partida. Sem Scola, eliminado por faltas, mas com Campazzo on fire, os argentinos seguiram na liderança do placar.

Nos instantes finais, quando o placar apontava 109 a 107 para a Argentina, o Brasil demorou dez segundos para fazer uma falta em Carlos Delfino. O veterano ala errou os dois lances livres, mas Ginobili pegou o rebote ofensivo, e selou a vitória dos hermanos.

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Nocioni e Campazzo foram os grandes destaques da partida. Eles combinaram para 70 pontos, incluindo 13 bolas de três convertidas, e entraram para a história como a primeira dupla a anotar mais de 33 pontos em uma partida olímpica.

O melhor em quadra pelo Brasil foi Nenê, que alcançou um duplo-duplo: 24 pontos e 11 rebotes.

A Argentina encerra sua participação na primeira fase nesta segunda-feira, quando pega a Espanha, às 19h (horário de Brasília).

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Brasil
Nenê: 24 pontos, 11 rebotes e 11-17 nos arremessos de quadra; 38 minutos
Alex Garcia: 14 pontos, oito rebotes e três assistências; 34 minutos
Marcelinho Huertas: 14 pontos e três assistências; 21 minutos
Vitor Benite: 13 pontos e três bolas de três pontos convertidas; 15 minutos
Leandrinho: 11 pontos e cinco rebotes; 21 minutos
Guilherme Giovannoni: dez pontos e seis rebotes; 29 minutos

Argentina
Andrés Nocioni: 37 pontos, 11 rebotes e oito bolas de três pontos convertidas; 47 minutos
Facundo Campazzo: 33 pontos, quatro rebotes, 11 assistências, quatro roubadas de bola e cinco bolas de três pontos convertidas; 42 minutos
Luis Scola: 14 pontos e dez rebotes; 33 minutos
Manu Ginobili: 13 pontos e quatro assistências; 38 minutos
Patricio Garino: dez pontos e quatro rebotes; 43 minutos

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