Eliminado nos playoffs, Golden State Warriors precisa resolver seu futuro

Time californiano foi superado pelo Los Angeles Lakers nas semifinais do Oeste

Golden State Warriors playoffs Fonte: Thearon W. Henderson / AFP

O Golden State Warriors está fora dos playoffs da NBA. Os atuais campeões caíram na semifinal do Oeste para o Los Angeles Lakers em seis partidas. No entanto, agora é a hora de pensar sobre seu futuro. Perder para o Lakers não estava nos planos, mas a direção parece ainda querer manter o grupo. Só que pode ser um grande problema.

Para começar, o Golden State Warriors é o time que mais gasta na liga e tal investimento precisa se provar nos playoffs. De nada adianta pagar as multas mais caras e não lutar pelo título. Sim, para a franquia, perder em semifinal é fracasso. A mentalidade lá é de brigar sempre para ser campeão e está tudo certo. Mas como vai fazer se o atual grupo está envelhecendo?

Na última temporada, a equipe californiana pagou, entre salários e multas, US$346 milhões. De acordo com o site Spotrac, em 2022/23, foram US$372 milhões. Ou seja, ninguém entra em uma brincadeira dessas se não tiver certeza que pode ser campeão.

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Mas parece que a diretoria acredita.

Segundo o jornalista Shams Charania, do site The Athletic, o Warriors quer manter o elenco, incluindo Klay Thompson e Draymond Green. Os dois estão com seus contratos no fim. Enquanto Thompson vai entrar no último ano, Green tem a opção de abrir mão dos US$27.6 milhões e se tornar agente livre.

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Charania aponta que a direção vai pedir um desconto ao especialista em arremessos de três, mas tem uma questão em relação a Green. Com Jordan Poole ganhando US$28.7 milhões em 2023/24, acho difícil ele aceitar menos que isso.

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Para quem não se lembra, ele deu um soco em Poole antes do início da temporada. Diversos rumores mostravam que aquilo seria uma reação pelo fato de Andrew Wiggins e o jovem receberem extensão. Enquanto isso, ele sequer teria sido chamado para conversar sobre seu contrato. Mas se depender de Steve Kerr, por exemplo, Green fica. O treinador é um verdadeiro fã do jogador por sua capacidade defensiva, além de ser um grande organizador de jogadas.

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E com razão. E Green quer ficar. Pelo menos, por enquanto, o veterano quer encerrar sua carreira na equipe.

No entanto, a nova CBA (acordo coletivo da NBA) pode deixar o Warriors em uma situação ainda mais caótica. Sob o aspecto financeiro, claro. Agora, quem ultrapassar o limite da multa, não vai poder contratar um jogador taxplayer midlevel. Traduzindo, em 2022/23, o time fechou com Donte DiVincenzo usando exceção. Ah, e ele também pode deixar seu acordo na offseason.

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Ou seja, financeiramente, Golden State e qualquer outra equipe que esteja pagando multa, não vai conseguir driblar o teto salarial. Embora seja uma tática que funcionou nos últimos anos, já não tem como utilizar o artifício.

Então, para manter jogadores caros, vai continuar nas taxas.

Outro desafio é sobre o GM Bob Meyers. Seu contrato acabou e, agora, pode ser mais um problema.

Manter para brigar por título ou forma de agradecimento?

Algumas coisas precisam ficar claras, antes de qualquer coisa. O Golden State Warriors chegou aos playoffs como o time de pior campanha fora de casa. Além de a defesa piorar (muito) de um ano para o outro, ninguém ali ficou mais jovem.

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Stephen Curry, por exemplo, terá 36 anos nos mata-matas do ano que vem e tem contrato por mais três temporadas. Como segue jogando de forma incrível, está longe de ser questionado. Bem longe, aliás.

Green e Thompson terão 34 anos. Por mais que Klay aceite receber menos para seguir nas próximas campanhas, não deverá ser por menos de US$30 milhões. Em 2023/24, por exemplo, serão US$43.2 milhões.

Agora, Green é uma questão mais profunda. Ele é o motor da equipe, mesmo apresentando queda de rendimento aqui e ali. Mas dos três, foi o que mais mostrou isso. E ainda tem outro ponto, além de tudo aquilo sobre Poole. Ele é de Michigan, o Detroit Pistons o ama e daria o que ele pedisse. Ainda mais com o que o time escolher no Draft, a ideia ali é montar um elenco para ir aos playoffs já.

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Sem contar com o Los Angeles Lakers, pelo fator amizade com LeBron James e o Dallas Mavericks. Aliás, Green afirmou que gostaria de jogar ao lado de Luka Doncic.

Portanto, faz sentido nas quatro situações.

Mas vamos pensar sobre futuro aqui. Se os contratos forem de um ano e mais um (de opção da equipe), aí vale o Warriors arriscar. Nem é exatamente arriscar, mas manter o grupo e tentar uma “última dança”.

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Jordan Poole

Fica difícil imaginar um cenário em que o Golden State Warriors não vai tentar uma troca envolvendo Jordan Poole, o maior fiasco dos playoffs. Mas como, se seu valor despencou e ele tem um salário muito alto?

O mercado é instável, para dizer o mínimo. Sempre aparecem oportunidades quando você menos imagina.

Kyrie Irving parou no Dallas Mavericks e ninguém esperava pela movimentação. E o Minnesota Timberwolves, que deu as chaves do ginásio para o Utah Jazz para ter Rudy Gobert? Então, sempre tem alguém querendo pagar para ver. Em geral, pagam caro.

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Mas se Poole começar o ano como titular, ganhando minutos importantes e produzindo acima dos 20 pontos por jogo, seu valor já volta a subir. Claro, estamos na base da especulação, com informações de alguns jornalistas que não costumam errar. Só que a chance de o jogador crescer de produção, atrair o interesse de outras equipes, é real.

Ele é jovem, sabe arremessar, passar a bola e pontuar em grandes quantidades. E tem a ver, também, com a pressão. Poole não foi bem contra o Lakers, teve uma seleção de arremessos horrorosa, mas ainda pode contribuir. Os 34.5% (e 25% em três pontos) de aproveitamento na série mostram bem o seu momento.

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Só que, de agora até outubro, é muito tempo e o pessoal esquece. Começando bem a temporada, com índices perto de 40% do perímetro, será possível trocar o atleta.

Por fim, com a CBA, vai ficar difícil contratar jogadores que não sejam pelo mínimo para veteranos. JaMychal Green e Andre Iguodala, por exemplo, receberam o contrato em 2022/23.

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