Um dos mais novos membros do Hall da Fama nunca foi visto como uma certeza no templo máximo do basquete. O ídolo Tracy McGrady superou a infância pobre na Flórida e uma carreira estigmatizada pela falta de sucesso coletivo para torna-se o principal nome eleito na classe deste ano. Um reconhecimento que, por diversas vezes, ele mesmo não acreditou que passaria de um sonho.
“É uma sensação surreal. Antes de chegar à NBA, eu nunca soube nada sobre o Hall da Fama. Não era um objetivo. Eu só amava jogar basquete e ficava animado com cada feito que conseguisse. Mas, agora, eu entendo e é sensacional. Para alguém com a minha história, saído de onde saí, não há nada melhor do que entrar no Hall”, desabafou o ex-ala, em entrevista ao grupo Booth Newspapers.
Os argumentos favoráveis e contrários a eleição de McGrady motivaram extensas discussões nos últimos anos. Todos os atletas com as médias individuais e números totais do craque estão ou estarão em Springfield, mas, excetuando sua temporada final – em que era um reserva pouquíssimo aproveitado pelo San Antonio Spurs – ele nunca havia sequer passado da primeira rodada dos playoffs.
“Nas redes sociais, a primeira coisa que as pessoas estavam dizendo é que nunca fui campeão. Mas você precisa jogar em um grande time e ter sorte para conquistar um anel, certo? Infelizmente, eu não fui abençoado com isso. Então, eu respondo a cada um deles: qualquer um pode ganhar um título, mas nem todo mundo é capaz de ser eleito para o Hall da Fama”, argumentou o atual comentarista da ESPN.
Além do Spurs, McGrady ainda passou por Toronto Raptors, Orlando Magic, Houston Rockets, New York Knicks, Detroit Pistons e Atlanta Hawks em 15 anos na NBA. O ex-jogador de 38 anos, duas vezes cestinha da liga e eleito para um dos quintetos ideais da temporada em sete oportunidades, registrou médias de 19.6 pontos, 5.6 rebotes e 4.4 assistências em 938 partidas disputadas na carreira.