É hoje!

Desde a final entre Boston Celtics e Los Angeles Lakers, em 2009-10, não tínhamos uma série decisiva para ser resolvida em seu sétimo jogo. Hoje, a partir das 22h (horário de Brasília), San Antonio Spurs e Miami Heat se enfrentam em Miami para ver quem será o campeão, o que não quer dizer exatamente que […]

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Desde a final entre Boston Celtics e Los Angeles Lakers, em 2009-10, não tínhamos uma série decisiva para ser resolvida em seu sétimo jogo. Hoje, a partir das 22h (horário de Brasília), San Antonio Spurs e Miami Heat se enfrentam em Miami para ver quem será o campeão, o que não quer dizer exatamente que é o melhor time.

De qualquer forma, seja lá qual for, creio que é merecido. Os dois times chegaram até aqui por méritos próprios, com grandes jogadores, e acreditem, grandes técnicos.

Não consigo enxergar Erik Spoelstra como tão ruim quanto falam. Muitos reclamam como se ele fosse um boneco de posto ou qualquer coisa parecida. Spoelstra, como muitos sabem, foi coordenador de vídeos do Heat e chegou ao cargo de treinador nos últimos anos, com sua terceira final consecutiva. 

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Claro que há uma disparidade quando falamos disso do outro lado. Gregg Popovich é, na minha opinião, o melhor em atividade. Nos últimos dias até fizemos uma lista dos membros do Jumper Brasil com os cinco melhores de cada posição, incluindo o treinador, e isso será postado até o final da semana. Popovich obviamente está lá. Não só pelos seus quatro títulos até o momento, mas por conta de uma história de sucessos, classificando-se para os playoffs desde 1997-98. Um absurdo.

Mas Popovich falhou na última partida, quando o Spurs vencia por dez pontos e começou o quarto período sem Duncan, Parker, e Leonard. Rapidamente o Heat não só empatou, como também virou o placar.

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Por ser o sétimo e último jogo, existe um tanto de ansiedade entre os amantes de basquete, e por isso, começam os exercícios de adivinhação. Qual será a arma secreta de Popovich? O que Spoelstra vai fazer para tentar surpreender?

Na série, tudo isso já aconteceu. Os dois já tentaram antídotos para saírem com o título. Formações mais baixas, buscando anular uma ou outra jogada, ou ainda, com jogadores saindo do banco sendo decisivos. Até Ginobili virou titular, o que é algo incomum em sua carreira.

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Gary Neal apareceu do nada e se destacou na terceira partida com 24 pontos. Danny Green chegou a ser considerado por muitos, incluindo o mão de pântano aqui, como um possível MVP. Tim Duncan fez jogos sensacionais, especialmente o primeiro tempo do sexto embate. Tony Parker deu a vitória ao Spurs no primeiro jogo e depois se machucou. Manu Ginobili teve partidas horríveis, mas destacou-se na quinta partida. Agora, o mestre regularidade dessa final foi Kawhi Leonard. Não só por seu trabalho defensivo em cima de LeBron James, mas também por suas cestas de três e seu oportunismo no garrafão. Parece até um centroavante, que chega dando de cabeça.

No Heat, todos sabemos que Dwyane Wade não está em suas melhores condições. Ainda assim, ele conseguiu brilhar em algumas ocasiões. Chris Bosh e seus dois tocos na prorrogação. Ray Allen, que não havia feito nada de produtivo até então, levou o jogo seis para a prorrogação com uma cesta de três inesquecível. Mike Miller, que mal consegue andar por conta de dores nas costas, acertando de longa distância sem um dos tênis. Mario Chalmers no efeito vaga-lume, que uma hora é importante e cestinha e na outra, sai zerado. E o que dizer de LeBron sem a testeira ou no toco em cima de Tiago Splitter?

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É bom e ruim chegarmos ao sétimo jogo. Bom, porque tivemos a oportunidade de ver uma série completa. Mas também é ruim, porque acaba hoje. 

O que eu quero? Prorrogações. Sim, no plural. Quanto mais jogo, melhor. Azar do Guilherme, que vai fazer o resumo. Se for daqueles em que um dos times abre 15 ou 20 pontos no terceiro quarto, não tem a mesma graça. Bem, ao menos para uma torcida, tem.

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Não tenho um favorito declarado para hoje. Claro que o Heat possui mais chances por jogar em casa, mas quem disse que isso significa algo? Na série, nenhuma equipe conseguiu vencer dois jogos seguidos.

Confesso que torci pelo Spurs antes do início da série e falei com o Ricardo Stabolito, em um programa na rádio, que apesar da minha torcida, acreditava que o Heat venceria em sete jogos. Cuidado, torcedor de Miami. Eu posso ter zicado outra vez.

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No entanto, eu torci pelo Heat na sexta partida, até porque eu queria mais um jogo. E ainda, se o Miami vencer, eu posso levantar a minha plaquinha de “eu já sabia”.

Sim, estou dividido, em cima do muro, tanto faz. De um lado, Tim Duncan, o melhor ala-pivô de todos os tempos (ou desde quando comecei a acompanhar NBA, no fim dos anos 80). Isso sem contar Popovich, um mito das entrevistas. Do outro, LeBron James. Já falei que sou LeBronzete, né? Aliás, isso não quer dizer que eu odeie Kobe Bryant, Carmelo Anthony, ou Kevin Durant. Isso é uma bobagem sem tamanho. Aliás, torço para o Boston Celtics, antes que venham falar algo.

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Não sei quem vai ganhar. Se soubesse, provavelmente teria apostado algum dinheiro e estaria mais feliz. Mas talvez eu tenha um palpite.

Acho que LeBron vai jogar o tempo todo. Com ou sem testeira, vai querer ficar com a bola e ser decisivo. Wade precisa estar inteiro para atacar a cesta logo no início, enquanto Bosh terá de brigar um pouco mais lá dentro. Mas também penso que os arremessadores de três do Spurs vão fazer de tudo para evitar o título de Miami. Duncan não deve ter vida fácil, como no último jogo. Entretanto, será marcado por Bosh no início. Entre um e outro, o jogador do Spurs leva clara vantagem. Ginobili precisa esquecer das falhas para poder contribuir de fato, e Parker sabe que o jogo está em suas mãos, especialmente no fim. Achismo puro ou obviedade.

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Se o vencedor for o Spurs, legal. Duncan e Popovich merecem o quinto título por tudo que fizeram no ano. Mas se for o Heat, também acho bom. Spoelstra não é qualquer um. LeBron, que não é melhor que Michael Jordan, teria o seu segundo anel de campeão, consagrando ainda mais sua carreira.

Curiosidades

Kawhi Leonard possui três duplo duplos nas finais, perdendo apenas para LeBron James, Chris Bosh, e Tim Duncan, com quatro.

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Conhecido pelos arremessos de três, Danny Green bloqueou ao menos um arremesso em todos os seis jogos. Apenas Chris Bosh fez o mesmo.

LeBron James já fez dois triplo duplos nas finais.

Dwyane Wade conseguiu converter ao menos 50% de seus arremessos em apenas uma oportunidade.

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Quando Boris Diaw marcou LeBron James, o camisa 6 acertou apenas um arremesso em oito tentativas no jogo 5.

Udonis Haslem, titular nas primeiras partidas, sequer saiu do banco no sexto embate. Norris Cole também não entrou em quadra.

Nos playoffs, Tony Parker distribuiu ao menos dez assistências em apenas duas ocasiões. Nenhuma vez nas finais.

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