Fonte: Melissa Majchrzak / AFPO Utah Jazz vive a expectativa de grandes mudanças depois de mais um fracasso nos playoffs. Mas, na verdade, a eliminação na primeira rodada do Oeste não é a única razão para que alterações sejam esperadas. Os astros do time, por exemplo, não têm uma relação estável. Um dos donos da franquia, o ícone Dwyane Wade revelou que não conversa com Donovan Mitchell sobre Rudy Gobert.
“Eu não converso com Donovan sobre Rudy ou permanecer em Utah, por exemplo. Não é porque sou um dos donos que só teremos papos assim. Antes de tudo, sou um realista. Ele é um irmão mais novo para mim e está tentando fazer seu nome. Minhas conversas com Donovan, então, são para dar-lhe conselhos para crescer tecnicamente e enquanto líder”, contou o ex-atleta, à rede Yahoo! Sports.
O relacionamento entre Mitchell e Wade, aliás, data de muito antes da chegada do ex-jogador à organização. O veterano tornou-se um mentor para o jovem craque, na verdade, desde a sua temporada de novato. Por isso, inclusive, que o comando do Jazz chamou-o para fazer parte do corpo de sócios. A franquia, afinal, convive com o temor de perder o ala-armador para grandes mercados.
“Não tenho aquele trabalho duro nos bastidores, pois não sou um gerente-geral ou presidente de operações. Minha participação na organização é, em síntese, colocar a experiência como atleta a serviço de todos, dentro e fora de quadra. É o que faço com Donovan: divido vivências, uma vez que ele vive uma jornada parecida com a minha”, resumiu o veterano, recusando-se a discutir especulações.
Wade e Ainge
Antes de trabalhar com Donovan Mitchell e Gobert, Wade trilhou carreira brilhante com a camisa do Miami Heat. E, nessa trajetória, travou batalhas contra o Boston Celtics. Um de seus adversários naquela época, então, tornou-se um (inesperado) companheiro de trabalho: Danny Ainge. O próprio ídolo admite que não esperava essa “reviravolta”, mas ganhou um amigo improvável assim.
“Erik [Spoelstra, treinador do Heat] disse-me que é estranho me ver com Danny, mas nunca tinha tido a oportunidade de conhecê-lo. E nós conversamos sobre os confrontos do passado, certamente. Ele terminou por virar uma das pessoas com quem mais gosto de discutir basquete hoje, pois notei que somos parecidos. Em síntese, somos dois nerds de basquete”, finalizou o lendário ala-armador.
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