Dwight Howard terminou o colegial aos 18 anos e decidiu não jogar basquete em nível universitário para ser a primeira escolha do draft de 2004. Aqueles dias ainda estão na memória do atleta do Houston Rockets, mas o tempo passou rápido: lá se foi mais de uma década da campanha de novato. Atuar por tantos anos na NBA sendo considerado um dos melhores de sua posição já seria uma trajetória perfeita para muitos. No entanto, o astro – que completou 30 anos no início de dezembro – espera estar apenas na metade do caminho.
“Meu objetivo sempre foi jogar 20 ou mais temporadas na liga. Seria divertido se eu conseguisse ficar aqui por tanto tempo, mas estou extremamente contente e sinto-me abençoado por ter sido capaz de jogar basquete até agora. Isso não é pouco”, comemorou o veterano, manifestando o desejo de estender sua carreira até os 40 anos de idade.
A meta do veterano é ousada e já sinaliza para dificuldades físicas. O titular perdeu 41 partidas da temporada passada com problemas no joelho e foi poupado de seis dos 31 confrontos do Rockets nesta campanha. Com mais de 800 jogos e 29.000 minutos de atuação na NBA, ele sabe que vai precisar ter cuidado especial com a saúde e preservar-se cada vez mais para chegar na virada para 2026 ainda em condições de entrar em quadra.
“Sei que já joguei muitos minutos. Eu tenho feito muito, atuado com alto nível de exigência desde que cheguei à NBA. Mas só tenho a agradecer por isso, nada de reclamações. Muitos ótimos jogadores nem chegaram a fazer carreira por 12 anos. Com sorte, serei capaz de jogar mais dez. Mas digo, com certeza, de que vou ter aproveitado cada minuto em que estive em ação”, garantiu o jogador, que está a cinco pontos de completar 15.000 na carreira.
Tudo começou para Howard com a camisa do Orlando Magic, onde ele atuou do primeiro jogo da carreira até 2012. Desde que deixou a Flórida, o time encontrou um substituto para o pivô no jovem Nikola Vucevic. O experiente atleta acredita que os próximos dez anos serão repletos de duelos com o montenegrino sempre que voltar a sua primeira casa na NBA. “Eu adoro ver Nikola jogar. Acho que ele é realmente muito bom. Pode pontuar de várias formas e gosto do seu impacto na equipe. Estou feliz por ele e pelo Magic”, comentou.
Howard registra médias de 18.0 pontos, 12.7 rebotes e 2.1 tocos em exatos 834 partidas como profissional. Os números são respeitáveis, mas ele terá um feito ainda mais significativo se realmente conseguir chegar aos 40 anos atuando na NBA. Na história, apenas nove pivôs “quarentões” chegaram a disputar jogos na liga: Danny Schayes, James Edwards, Rick Mahorn, Charlie Jones, Herb Williams, Kareem Abdul-Jabbar, Dikembe Mutombo, Robert Parish e Kevin Willis.
