O Jumper Brasil dá seguimento à série “Prospecto do Draft 2023” com o pivô Dereck Lively. Jogador da Universidade de Duke na temporada, o atleta de 19 anos é projetado como uma das 20 primeiras escolhas do recrutamento deste ano. Então, confira a análise do site para o jovem talento.
Dereck Lively
Idade: 19 anos
País: EUA
Universidade: Duke
Experiência: freshman (primeiro ano universitário)
Posição: pivô
Altura: 7’1″ (2,16m)
Envergadura: 7’7″ (2,31m)
Peso: 104,3 kg
Médias na última temporada: 5,2 pontos, 5,4 rebotes, 1,1 assistências, 0,5 roubos de bola, 2,4 tocos, 0,7 turnovers, 65,8% de aproveitamento nos arremessos de quadra, 15,4% nas bolas de três pontos (com 0,4 tentativas por jogo) e 60% nos lances livres em 20,6 minutos
Atributos físico-atléticos
- Lively, para começar, possui ótimas estatura e envergadura para um pivô da NBA. Não temos as suas medidas oficiais, mas os seus possíveis 2,31m de envergadura seriam um dos cinco braços mais longos da liga;
- Trata-se de um atleta ágil e que movimenta-se com leveza para um prospecto de suas dimensões. Mostra ser relativamente explosivo também em aspectos como o seu rápido segundo salto, por exemplo;
- Como esperado, um prospecto de 19 anos com a sua altura ainda pode fortalecer do ponto de vista físico. É um pouco franzino e, por isso, precisará passar por um trabalho específico chegando a um time da NBA.
Ataque
- É um pivô que combina rara mobilidade e agilidade com os seus atributos físicos de elite anteriormente citados. Isso tende a ficar mais evidente em um jogo mais pautado pela transição como a NBA oferece;
- Essas qualidades, aliás, tornam o jovem também um destaque em pick-and-rolls. Gira com agilidade após realizar bloqueios para o homem da bola e coloca pressão nas defesas por entregar espaçamento vertical;
- É um finalizador de elite em torno da cesta por causa de suas ferramentas físico-atléticas. É um alvo ambulante de lobs, enquanto apresenta excelente impulsão mesmo ao receber a bola sem estar em projeção;
- Acho que Lively é um passador subestimado e, mais do que isso, surpreendente para alguém com o seu perfil de jogo. Não é particularmente criativo, mas toma decisões rápidas quando vê as linhas de passe;
- Reboteiro produtivo, em particular quando ataca a tábua ofensiva. Ocupa muito espaço, conta com o enorme alcance de sua envergadura e possui um segundo salto rápido bem rápido, como já citado;
- Apresenta um índice de desperdícios de posse muito baixo, mesmo para alguém que não é o foco ofensivo. Exibe uma consciência clara do seu papel em quadra, assim como as suas limitações como jogador;
- Teve uma reta final de temporada impressionante, ou seja, nos confrontos mais importantes do ano. É um sinal de evolução, além disso, para um prospecto que lidou com adversidades ao longo da campanha.
Defesa
- A média de 2,4 tocos em só 20 minutos de ação não é um acaso, pois trata-se de um protetor de aro de elite. Tem um senso de posicionamento sólido, mas os seus braços longos é o que tornam-no um diferencial em torno do aro;
- Não é comum encontrar um pivô de 19 anos com uma noção já tão consolidada de verticalidade. O seu grande “comprimento vertical”, acima de tudo, ajuda a mantê-lo como um fator defensivo mesmo sem projetar o corpo;
- Teve pontuais bons resultados avançando no perímetro e “trocando” marcação para atletas mais baixos. Eu não aposto, no entanto, que vá ser um defensor versátil a esse ponto no maior espaçamento da NBA;
- Prevejo que os drops vão ser a sua melhor abordagem na defesa de pick-and-rolls. Afinal, cobre muito espaço em quadra e sente-se confortável contestando arremessos no perímetro. Gosto de sua velocidade de reação também.
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Pontos fracos
- Lively simplesmente não apresenta movimentos mais polidos ou um repertório de costas para a cesta, por exemplo. O seu trabalho de pés e uso da mão esquerda, em particular, são bastante deficitários;
- O jogo mais físico, por enquanto, é um enorme problema para o prospecto. Não lida bem com adversários mais corpulentos e comete muitas faltas, o que só ficar mais acentuado contra a competição profissional;
- A sua capacidade de pontuação, a princípio, depende completamente de um bom armador ou construção de jogadas. É incapaz de criar oportunidades ofensivas por si só, então é um mero finalizador nesse momento;
- Existem vídeos que provam que arremessava com alcance no basquete colegial, mas isso nunca apareceu na NCAA. A mecânica desleixada e 60% de acerto nos lances livres não são sinais otimistas nesse sentido;
- O seu potencial ofensivo operando no pick-and-roll é limitado pela qualidade dos seus bloqueios. Falta-lhe disposição em ser mais físico e fazer efetivo contato com o corpo dos adversários em vários momentos;
- Afinal, Lively é um jogador de basquete ou só um atleta que pratica basquete? Às vezes, a falta de refinamento e instintos mais apurados em seu jogo faz com que questionemos se existe um jogador ali, de fato;
- Há duas formas de interpretar o seu bom fim de temporada em relação ao resto da campanha. Não dá para ignorar, por fim, que o seu desempenho em boa parte do ano por um programa de elite foi medíocre.
Conclusão
Victor Wembanyama é um fenômeno, mas essa não é uma classe tão brilhante de pivôs. Longe disso. Pois Lively parece ser quem oferece mais upside entre as outras opções da posição, embora careça de refinamento técnico-tático.
Comparação: Jaxson Hayes (New Orleans Pelicans) e JaVale McGee (Dallas Mavericks)
Projeção: TOP 20
Confira alguns lances de Dereck Lively
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