O Jumper Brasil dá seguimento à série “Prospecto do Draft 2023” com o ala-armador Dariq Whitehead. Jogador da Universidade de Duke na temporada, o atleta de 18 anos é projetado como uma possível escolha de primeira rodada do recrutamento deste ano. Então, confira a análise do site para o jovem talento.
Dariq Whitehead
Idade: 18 anos
País: EUA
Universidade: Duke
Experiência: freshman (primeiro ano universitário)
Posição: ala-armador/ala
Altura: 6’7″ (2,00m)
Envergadura: 6’10.25″ (2,08m)
Peso: 98,5 kg
Médias na última temporada: 8,3 pontos, 2,4 rebotes, 1,0 assistências, 0,8 roubos de bola, 0,2 toco, 1,4 turnovers, 42,1% de aproveitamento nos arremessos de quadra, 42,9% nas bolas de três pontos (com 3,5 tentativas por jogo) e 79,3% nos lances livres em 20,7 minutos
Atributos físico-atléticos
– Whitehead, em primeiro lugar, possui ótimos atributos físicos para um híbrido de ala e ala-armador na NBA. Pode atuar nas duas posições entre os profissionais e, talvez, até como um ala-pivô em formações baixas;
– O fato é que, a princípio, nunca foi um atleta de elite. No entanto, após fraturar o pé no ano passado, ele precisou passar por uma cirurgia e voltou particularmente pouco explosivo;
– Apresenta um corpo aparentemente pronto para a competição profissional, ainda mais para um prospecto de 18 anos. Aliás, a sua força física está acima da média dos draftados das posições em que atua.
Ataque
– Eu gosto de sua inteligência na movimentação e posicionamento em quadra, para começar. Preenche as linhas de passe em transição, enquanto sempre surge bem postado nos corners durante as infiltrações de armadores;
– Trata-se de um excelente arremessador em situações de catch and shoot. A sua mecânica não é impecável, mas mostra consistência e tem ponto de lançamento alto. Acertou quase 80% dos seus lances livres na NCAA;
– É evidente em seu estilo de jogo que Whitehead pode criar o próprio arremesso. Mesmo limitado em Duke, por exemplo, ele teve um notável rendimento em pull ups e arremessos após um ou dois dribles;
– Nem sempre é certeiro, mas costuma tomar decisões rápidas com a bola. Não exibe a tendência de segurar a posse por diversos segundos sem um propósito: arremessa, infiltra ou passa de imediato;
– Comete poucos desperdícios de bola em geral, como evidencia a média de 1,4 erros de ataque na última temporada. Até tem instantes menos assertivos, mas não tenta ser mais arrojado do que deve;
– Estamos falando de um prospecto de elite no basquete colegial que não faz 19 anos até agosto. Além disso, parece bem encaminhado para um perfil de “3-D” ainda que não alcance o seu potencial.
Defesa
– Protagonizou várias ótimas posses de defesa individual em jogos importantes de Duke. Sabe utilizar os braços longos e a força física para se impor no perímetro. Marca, por fim, até três posições (armadores e alas);
– Apesar disso, não gosto do seu posicionamento e instintos defensivos na maior parte do tempo. Whitehead era batido por alguns oponentes, por exemplo, pois chegava desequilibrado em closeouts;
– Mostrou adequada agilidade lateral para realizar trocas de marcação em espaço. No entanto, o seu primeiro passo não ajuda e deve ter mais problemas contra os armadores profissionais;
– Não parece ser um bom defensor fora da bola, por enquanto. Nota-se em vídeos os problemas de comunicação em pick-and-rolls e, além disso, perde-se fácil em bloqueios fora da bola.
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Pontos fracos
– Exibe, a princípio, uma combinação “desastrada” de controle de bola e equilíbrio corporal ao tentar infiltrações. Chega ao aro, constantemente, sem condições de concluir as jogadas com qualidade;
– Foi um finalizador com aproveitamento muito baixo no basquete universitário. É um jogador ambidestro que absorve contato muito bem, mas aparenta sair pouco do chão. Ou seja, limitação atlética;
– A incapacidade como infiltrador e finalizador em torno da cesta deixa-o bastante dependente dos arremessos. Por isso, as defesas mais preparadas devem tirar o seu espaço e forçá-lo a bater bola;
– É frustrante ver um jogador com os atributos físicos de Whitehead pegar menos de três rebotes por jogo em Duke. Afinal, a participação na tábua é uma virtude cada vez mais valorizada em alas e armadores na NBA;
– Não é um criador de arremessos para outros, como evidencia a pífia proporção de 0,69 assistências por turnover. Como resultado, acho que a sua utilização como ala-armador não é tão viável assim no próximo nível;
– Os representantes do prospecto confirmaram que ele não se recuperou de forma satisfatória da fratura no pé. Passou, por isso, por mais uma cirurgia na semana passada. Não é um bom histórico, certamente;
Conclusão
As avaliações físicas, certamente, vão ter um papel fundamental na posição em que Whitehead vai ser selecionado no draft. Mas, dentro de quadra, a sua capacidade como arremessador tende a garantir-lhe um “piso” seguro como prospecto.
Comparações: Gary Trent Jr. (Raptors) e AJ Griffin (Hawks)
Projeção: TOP 35
Confira alguns lances de Dariq Whitehead
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