O Jumper Brasil dá sequência à série “Prospecto do Draft 2023” com o armador Anthony Black. Destaque da Universidade de Arkansas na temporada, o atleta de 19 anos é projetado como uma escolha de loteria (TOP 14) do recrutamento deste ano. Então, confira a análise do site para o jovem talento.
Anthony Black
Idade: 19 anos
País: EUA
Universidade: Arkansas
Experiência: freshman (primeiro ano universitário)
Posição: armador
Altura: 6’7″ (2,01m)
Envergadura: 6’7.5″ (2,02m)
Peso: 95,2 kg
Médias na última temporada: 12,8 pontos, 5,1 rebotes, 3,9 assistências, 2,1 roubos de bola, 0,6 toco, 3,0 turnovers, 45,3% de aproveitamento nos arremessos de quadra, 30,1% nas bolas de três pontos (com 2,6 tentativas por jogo) e 70,5% nos lances livres em 34,8 minutos
Atributos físico-atléticos
- Black, em primeiro lugar, é um prospecto perfeito para uma NBA dominada pelos criadores altos. Não apresenta uma grande envergadura muito maior do que o corpo, mas estamos falando de um armador de mais de dois metros;
- Não é um superatleta como outros prospectos de armação da classe, mas possui condição atlética funcional. Impressiona mais pela agilidade e boa capacidade de impulsão em tráfego, por exemplo, do que lances plásticos;
- Embora não impressione pelo físico, o prospecto não foge do jogo de contato nos dois lados da quadra. É agressivo no ataque à cesta e, ao mesmo tempo, tenta se impor fisicamente contra jogadores mais baixos.
Ataque
- Quebra as defesas e invade o garrafão com enorme naturalidade, pois não depende dos atributos atléticos para isso. É um jogador paciente, que lê as reações e muda de velocidade com fantástico controle corporal;
- Trata-se, além disso, de um finalizador ambidestro com refinamento em torno do aro. Cobrou mais de cinco lances livres por jogo na última temporada por causa da capacidade de absorver contato contra rivais menores;
- Não dá para dizer que Black é um arremessador nesse momento, mas acerta mais de 70% dos seus lances livres com alto volume. Isso costuma ser uma sinalização, para os olheiros, de potencial como chutador;
- Possui uma leitura de jogo bem avançada e natural para um jogador de sua idade e estatura. Exibe uma tomada de decisão impecável nos pick-and-rolls, acertando passes para pivôs ou chutadores à distância;
- Prospecto com uma combinação excepcional de velocidade na tomada de decisões e qualidade de passe. É incrível perceber como, às vezes, dá passes precisos sem ficar um segundo sequer com a bola nas mãos;
- Joga e impõe um ritmo bem particular em quadra porque pode operar tanto em transição, quanto em meia quadra. Controla a velocidade das ações e, por isso, sempre parece atuar com um timing impecável;
- O time de Arkansas, antes de tudo, não tinha muitos chutadores de qualidade. Espera-se, então, que a sua capacidade de infiltração e passe sejam ainda mais “aflorados” pelo amplo espaçamento da NBA.
Defesa
- Black é um quebrador de linhas de passes com instintos e inteligência apurados. Teve média de 2,1 roubos de bola na NCAA, mas a impressão no vídeo é até maior pelo alto volume de passes que desvia;
- Os seus recursos físicos permitem que defenda, a princípio, qualquer posição de perímetro. A condição atlética funcional está, por exemplo, em uma agilidade lateral surpreendente marcando em espaço;
- É um grande defensor porque, mais do que eficiente, esforça-se bastante. Está sempre atento e mostra enorme disposição física ao colocar pressão em quadra inteira sobre condutores de bola, por exemplo;
- Marcador extremamente técnico e, sobretudo, “certeiro” nos detalhes. Sempre marca os passes com os braços levantados. Tem excelente noção de cobertura, ângulos e posicionamento, além de trabalho de pés exemplar.
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Pontos fracos
- Há dúvidas se o prospecto, realmente, vai ser um armador em tempo integral. Não foi assim, por exemplo, em Arkansas. A franquia que escolhê-lo no draft, provavelmente, vai ter que descobrir isso;
- É visível nos vídeos que a maioria dos erros de ataque de Black acontece quando tenta atacar com a mão esquerda. Times espertos, mesmo em nível universitário, já o forçam a utilizar a esquerda;
- A sua mecânica de arremesso, certamente, faz jus ao baixo aproveitamento nos arremessos. É uma forma extremamente “travada” e lenta, sem qualquer tipo de fluidez ou ritmo. Necessita trabalho, para resumir;
- Como resultado, ele não projeta ser um criador de arremessos para si mesmo a partir do drible. Isso deixa as defesas da NBA em posição muito confortável, pois tendem a ceder o arremessos de média distância;
- A proporção de 1,3 assistências para cada desperdício de posse não sugere um armador principal na NBA. Mais do que isso, é um sinal de que pode não ser tão inteligente em quadra quanto parece a olho nu;
- Estamos discutindo um passador sensacional pela consistência e sobriedade, mas não particularmente criativo. Aliás, em linhas gerais, o seu jogo define-se mais pela inteligência do que inspiração;
- O desafio para Black é que parece muito claro como as defesas da NBA, em um primeiro momento, vão abordá-lo. Espera-se que fechem as opções de passe e, com isso, desafiem o seu arremesso em alcance.
Conclusão
Na NBA atual, certamente, a falta de arremesso é um ponto bastante complicado. Anthony Black, no entanto, exibe todas as outras qualidades que você espera em um armador profissional.
Comparação: Dyson Daniels (Pelicans)
Projeção: loteria (TOP 14)
Confira alguns lances de Anthony Black
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