Draft 2020: As necessidades do Orlando Magic

Draft 2020: As necessidades do Orlando Magic

Elenco para a próxima temporada (nove atletas com contratos garantidos)

PG: Markelle Fultz (22 anos, US$12,2 milhões)
SG: Terrence Ross (29 anos, US$13,5 milhões)
SF: Jonathan Isaac (22 anos, US$7,3 milhões)
PF: Aaron Gordon (25 anos, US$18,1 milhões) / Al-Farouq Aminu (30 anos, US$9,7 milhões) / Chuma Okeke (22 anos, US$3,3 milhões)
C: Nikola Vucevic (29 anos, US$26 milhões) / Mo Bamba (22 anos, US$5,9 milhões) / Khem Birch (27 anos, US$3 milhões)

Folha salarial: US$99 milhões

Agentes livres: Michael Carter-Williams (PG, 28 anos, irrestrito) / DJ Augustin (PG, 32 anos, irrestrito) / Gary Clark (PF, 25 anos, restrito) / Wes Iwundu (25 anos, restrito)

Contratos não garantidos / opção do time / opção do jogador: Evan Fournier (SG/SF, 27 anos, US$17 milhões, opção do jogador) / James Ennis (SF, 30 anos, US$2,1 milhões, opção do jogador) / Melvin Frazier (SG/SF, 24 anos, US$1,6 milhão, opção do time)

Contratos expirantes: Jonathan Isaac / Markelle Fultz / Khem Birch

Números da temporada 2019/20

Pontos anotados: 107,3 (sétimo pior)
Pontos sofridos: 108,3 (quinto melhor)
Eficiência ofensiva: 108,5 (oitavo pior)
Eficiência defensiva: 109,5 (décimo melhor)
Pace (posses de bola por jogo): 98,6 (25º)
Assistências por jogo: 23,9 (18º)
Rebotes por jogo: 44,5 (16º)
Desperdícios de bola: 12,8 (quarto melhor)
Aproveitamento nos arremessos de quadra: 44,4 (quarto pior)
Aproveitamento nos lances livres: 77,4 (17º)
Aproveitamento nas bolas de três pontos: 34,3 (sexto pior)
Tentativas de arremessos de três pontos por jogo: 32,2 (19º)
Aproveitamento do adversário nas bolas de três pontos: 36,4 (oitavo pior)
Pontos sofridos no garrafão: 46,3 (nono melhor)

Posições carentes: PG, SG, SF

Necessidades da equipe

• Poder de fogo: o Magic tem jogadores longos, atléticos e versáteis na defesa, mas no ataque, a dificuldade da equipe é notória. A situação pode piorar se Fournier decidir testar o mercado e deixar o time. Mais do que nunca, chegou a hora do time de Orlando adicionar pontuadores
• Um playmaker
• Bons arremessadores do perímetro: o Magic foi o sexto pior em aproveitamento nas bolas de três pontos e nenhum jogador do elenco, exceto Fournier, chutou acima dos 36%, na última temporada

Escolhas no Draft de 2020: 15 e 45

Prospectos mais indicados

• Pick 15
• Tyrese Maxey (SG/PG): Maxey é um combo guard dotado de muita velocidade, mentalidade de cestinha e ótimo controle corporal para absorver contato e finalizar ao redor do aro com ambas as mãos. Ainda no ataque, ele também é capaz de criar o próprio arremesso em situações de isolation, algo muito valorizado na NBA, e já mostrou ser letal na transição ofensiva. Maxey jogava como armador no basquete colegial, mas adaptou-se muito bem à função de ficar sem a bola nas mãos, no College. Além disso, mostrou-se efetivo em pick-and-rolls, tanto para pontuar quanto para criar para os companheiros. Na defesa, ele mostra muita competitividade e talvez seja um dos melhores defensores individuais da classe, que não foge do jogo mais físico e se destaca pela agilidade lateral. Combo guards oriundos da Universidade de Kentucky costumam se dar bem na NBA. Só observarmos como estão Devin Booker, Jamal Murray e Tyler Herro, por exemplo. Com todos esses atributos, Maxey seria uma boa opção para o Magic, carente de poder de fogo de seus jogadores de perímetro. Ele tem o diferencial de ter atuado em um programa vencedor e respeitado no College, que costuma ajudar a maximizar o pacote de habilidades de seus principais prospectos em um contexto coletivo. Isso é algo que o time de Orlando deverá levar em conta.
• Aaron Nesmith (SG/SF): Nesmith possui altura e envergadura adequadas para jogar nas posições 2 e 3 e uma força física elogiável. Ele é o melhor arremessador em movimento da classe deste ano. Além disso, Nesmith possui ótima seleção de arremessos, elevado QI de basquete como chutador e leitura avançada das defesas adversárias. Na defesa, ele demonstra solidez na marcação do perímetro, com bom entendimento das rotações defensivas, e utiliza muito bem sua força física e envergadura. Em suma, Nesmith é o protótipo de 3-and-D, tão em alta na NBA. Outra boa opção para o perímetro do Magic. Nesmith tem como carro-chefe o seu arremesso e, por isso, seria perfeito para tentar resolver uma das maiores carências do time de Orlando.
• Cole Anthony (PG/SG): combo guard dotado de ótimo atleticismo e força física acima da média para a posição, Anthony absorve contato na hora de finalizar, é agressivo no ataque à cesta e vai à linha do lance-livre com frequência. Além disso, ele possui um trabalho de pés avançado para a idade e um ótimo controle de bola, e é capaz de criar o próprio arremesso com consistência. Anthony é inteligente fora da bola como defensor, faz boas rotações e sabe cavar faltas de ataque. Deverá render mais na NBA por causa do espaçamento de quadra. Com todos os seus atributos, Anthony pode ser uma boa opção para a rotação de armadores do Magic. O fato de ter facilidade para criar o próprio arremesso já o credenciaria, mas soma-se a isso a agressividade no ataque e a perspectiva de seu jogo “desabrochar” no nível profissional (ele foi muito prejudicado com a falta de espaçamento do time da Universidade de North Carolina). Anthony pode não virar o grande armador que muitos visualizavam há alguns meses, mas imagino que ele se torne pelo menos um guard útil vindo do banco, contribuindo com pontos, e “incendiando” a equipe em quadra.
• RJ Hampton (SG/PG): Hampton é um combo guard dotado de medidas de elite e um excelente atleticismo, capaz de chegar à cesta com um ou dois dribles devido à sua velocidade e explosão. Versátil na transição, ele exibe um bom trabalho de pés para finalizar, com destaque para o seu eurostep, e ótimo controle corporal ao redor do aro. Hampton também demonstra que pode ser útil como criador a partir do pick-and-roll, e, assim, exercer o papel de ballhandler secundário. Defensivamente, ele mostra muito potencial devido aos atributos atléticos (destaque para a sua agilidade lateral) e à competitividade. Altruísta, coloca o time à frente de suas individualidades e sabe quais são as suas limitações em quadra, sobretudo como arremessador. Hampton teve uma experiência profissional na Austrália, mas ainda é muito cru. Com tanto upside e dinamismo em quadra, ele seria uma boa opção para o perímetro do Magic, pensando a médio e longo prazo. Em Orlando, ele poderia alcançar o seu potencial como defensor, aprendendo os fundamentos (especialmente como marcador fora da bola), ganhando força física e sendo orientado por um especialista nessa área como o técnico Steve Clifford. Além disso, Hampton se encaixa no perfil de prospecto que o gerente-geral do Magic, John Hammond, adora: longo, atlético e com enorme upside.

• Pick 45
• Malachi Flynn (PG): Flynn é um armador que consegue criar para si e para os companheiros, produtivo com e sem a bola nas mãos, e que corre bem a quadra. Ele possui um elevado QI de basquete (nos dois lados da quadra), opera com maestria no pick-and-roll, sabe manipular as defesas adversárias e mostra versatilidade como arremessador. Na defesa, Flynn se destaca na ajuda e na marcação sem a bola e mostra eficiência na antecipação das linhas de passe. Flynn talvez seja a melhor opção de playmaker na segunda rodada. Cairia como uma luva na rotação do Magic, podendo até ser o reserva imediato de Markelle Fultz, com seu elevado QI de basquete nos dois lados da quadra.
• Skylar Mays (SG/PG): Mays é um combo guard versátil e habilidoso, dotado de muita força física e com o corpo praticamente pronto para encarar o basquete profissional. Sólido finalizador ao redor da cesta, ele não foge do jogo físico e possui um controle corporal elogiável. Mays tem um elevado QI de basquete, é um passador inteligente, sabe manipular defesas no pick-and-roll, é útil com e sem a bola nas mãos e um arremessador de perímetro confiável. Além disso, ele é um sólido defensor de perímetro, apesar das limitações atléticas, e exibe avançados fundamentos nesse lado da quadra. Mays é outro prospecto pronto para a NBA, com poucas lacunas no jogo, e seria mais uma peça útil na rotação de perímetro do Magic.
• Payton Pritchard (PG): armador dotado de um controle de bola extremamente avançado, com movimentos de hesitação e troca de direção fluido, Pritchard é um atleta inteligente, que faz leituras e toma decisões sóbrias com a bola nas mãos. Embora não seja um armador puro, ele evoluiu sensivelmente como playmaker. Além disso, ele é um ótimo e dinâmico arremessador, elogiado pela ética de trabalho e pelo poder de decisão. Outro armador com elevado QI de basquete e pronto para contribuir no nível profissional. Se Flynn já tiver saído, Pritchard passa a ser uma ótima opção para o Magic. Seria um tipo de armador que o time de Orlando não tem hoje.
• Immanuel Quickley (SG): produto do respeitado programa de basquete da Universidade de Kentucky, Quickley é um ala-armador que se destaca pela habilidade de espaçar a quadra com seus arremessos do perímetro. Ele é um dos melhores prospectos da classe nas situações de catch and shoot e também mostra eficiência arremessando em movimento. Na defesa, Quickley demonstra competitividade e boa técnica para se mover lateralmente. Além disso, ele sabe usar a envergadura na hora de contestar os arremessos do adversário. Quickley também seria uma ótima opção para o Magic, sobretudo pela capacidade de pontuar através dos arremessos de longa distância, uma das maiores carências do time de Orlando. Seu papel no Magic deverá ser o de vir do banco de reservas para contribuir com espaçamento de quadra, o que já valeria a escolha.

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