Draft 2020: As necessidades do Miami Heat
Elenco para a próxima temporada (seis atletas com contratos garantidos)
PG: –
SG: Jimmy Butler (31 anos, US$34,3 milhões) / Tyler Herro (20 anos, US$3,8 milhões)
SF: Andre Iguodala (36 anos, US$15 milhões) / KZ Okpala (21 anos, US$1,5 milhão)
PF: Chris Silva (24 anos, US$1,5 milhão)
C: Bam Adebayo (23 anos, US$5,1 milhões)
Folha salarial: US$61,2 milhões
Agentes livres: Goran Dragic (PG, 34 anos, irrestrito) / Jae Crowder (SF/PF, 30 anos, irrestrito) / Meyers Leonard (PF/C, 28 anos, irrestrito) / Derrick Jones (SF, 23 anos, irrestrito) / Udonis Haslem (PF/C, 40 anos, irrestrito) / Solomon Hill (SF, 29 anos, irrestrito) / Gabe Vincent (PG, 24 anos, restrito) / Kyle Alexander (PF/C, 24 anos, restrito) / Daryl Macon (PG, 24 anos, restrito)
Contratos não garantidos / opção do time / opção do jogador: Kelly Olynyk (PF/C, 29 anos, US$13,2 milhões, opção do jogador) / Duncan Robinson (SF, 26 anos, US$1,6 milhão, não garantido) / Kendrick Nunn (PG, 25 anos, US$1,6 milhão, não garantido)
Contratos expirantes: Kelly Olynyk
Números da temporada 2019/20
Pontos anotados: 112,0 (15º)
Pontos sofridos: 109,1 (décimo)
Eficiência ofensiva: 111,9 (sétimo)
Eficiência defensiva: 109,3 (12º)
Pace (posses de bola por jogo): 98,7 (27º)
Assistências por jogo: 25,9 (quinto)
Rebotes por jogo: 44,4 (17º)
Desperdícios de bola: 14,9 (18º)
Aproveitamento nos arremessos de quadra: 46,8% (décimo)
Aproveitamento nos lances livres: 78,3% (13º)
Aproveitamento nas bolas de três pontos: 37,9% (segundo)
Tentativas de arremessos de três pontos por jogo: 35,4 (nono)
Aproveitamento do adversário nas bolas de três pontos: 34,7% (sexto)
Pontos sofridos no garrafão: 44,1 (quinto melhor)
Posições carentes: PG, PF, C
Necessidades da equipe
- Um armador capaz de criar o próprio arremesso e que contribua no lado defensivo
- Mais opções no garrafão, já que apenas Bam Adebayo e Chris Silva têm contratos garantidos para a próxima temporada
Escolha no Draft de 2020: 20
Prospectos mais indicados
- Pick 20
- Malachi Flynn (PG): Flynn é um armador que consegue criar para si e para os companheiros, produtivo com e sem a bola nas mãos, e que corre bem a quadra. Ele possui um elevado QI de basquete (nos dois lados da quadra), opera com maestria no pick-and-roll, sabe manipular as defesas adversárias e mostra versatilidade como arremessador. Na defesa, Flynn se destaca na ajuda e na marcação sem a bola e mostra eficiência na antecipação das linhas de passe. Um dos prospectos mais subestimados da classe (tanto que é projetado como escolha de segunda rodada, o que eu não concordo), Flynn cairia como uma luva em qualquer equipe da NBA, já que o seu jogo é de fácil encaixe no que pede o basquete atual. Em Miami, ele seria um tipo de armador diferente do que os que estiveram no time, na última temporada (Dragic e Nunn), pois é útil nos dois lados da quadra. Com o provável retorno da dupla, Flynn seria um ótimo complemento e poderia até jogar junto com algum deles (principalmente com Dragic) em determinados momentos.
- Desmond Bane (SG/SF): um dos prospectos mais subestimados deste ano, Bane chega à NBA para contribuir de imediato. Ele tem os atributos necessários (força física, arremesso consistente do perímetro e elevado QI de basquete nos dois lados da quadra) para estabelecer uma carreira sólida como role player. Bane não precisa da posse da bola para ser efetivo em quadra e atua sempre com muita disciplina, dedicação e em prol do time. Ele chegaria ao Heat para contribuir de imediato, algo que um contender como o time de Miami necessita, e ajudaria na rotação de perímetro com sua inteligência em quadra.
- Cole Anthony (PG/SG): Cole Anthony (PG/SG): combo guard dotado de ótimo atleticismo e força física acima da média para a posição, Anthony absorve contato na hora de finalizar, é agressivo no ataque à cesta e vai à linha do lance-livre com frequência. Além disso, ele possui um trabalho de pés avançado para a idade e um ótimo controle de bola, e é capaz de criar o próprio arremesso com consistência. Anthony é inteligente fora da bola como defensor, faz boas rotações e sabe cavar faltas de ataque. Deverá render mais na NBA por causa do espaçamento de quadra. Com todos os seus atributos, Anthony pode ser uma boa opção para a rotação de armadores do Heat. O fato de ter facilidade para criar o próprio arremesso já o credenciaria, mas soma-se a isso a agressividade no ataque e a perspectiva de seu jogo “desabrochar” no nível profissional (ele foi muito prejudicado com a falta de espaçamento do time da Universidade de North Carolina). Anthony pode não virar o grande armador que muitos visualizavam há alguns meses, mas imagino que ele se torne pelo menos um guard útil vindo do banco, contribuindo com pontos, e “incendiando” a equipe em quadra.
- Jalen Smith (PF/C): Smith é um big man com boa presença como protetor de aro, que gosta do jogo físico, sabe usar a verticalidade para alterar arremessos dos adversários e usa ambas as mãos para finalizar ao redor da cesta. Ele é efetivo em spot ups (parado, esperando a bola) e em cenários de pick and pop na linha dos três pontos, o que o credencia como um bom pivô espaçador de quadra no nível profissional. Além disso, mostra potencial também em situações de arremesso longo em movimento. Smith é habilidoso para um pivô, já que é capaz de colocar a bola no chão e atacar o aro em linha reta, e um grande reboteiro, especialmente na tábua ofensiva. Smith seria uma boa opção para a rotação de garrafão do Heat. Como vimos nos playoffs, sem Adebayo em alguns jogos das finais, o time de Miami “penou” na área pintada, tendo que utilizar Meyers Leonard e Kelly Olynyk em determinados momentos. Com Smith, a equipe ganharia um pivô que protege bem o aro e ainda espaça a quadra.
- Tre Jones (PG): o irmão de Tyus Jones é um armador que se notabiliza por ser um defensor individual de elite, que demonstra os fundamentos para se tornar um marcador de alto nível no profissional. Dotado de um QI defensivo elevado, ele exibe leitura avançada das ações do ataque adversário, sempre pressiona o homem da bola e provoca turnovers com antecipações nas linhas de passe. Na criação, Jones possui ótimos instintos e sabe organizar a equipe, com passes seguros e efetivos, e solidez no cuidado com a bola. Ele também exibe físico para finalizar ao redor do aro (não foge do contato) e evoluiu como arremessador do perímetro em situações de catch and shoot. Na NBA, Jones deverá ser muito útil na segunda unidade, com seu jogo seguro e QI elevado nos dois lados da quadra. Por isso, ele seria uma boa opção para a rotação de armadores do Heat, que pode perder Goran Dragic nesta offseason. Além disso, a proximidade (amizade mesmo) com Jimmy Butler talvez possa influenciar sua escolha por parte do Heat. Vocês se lembram do Shabazz Napier, não é?
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