O astro Donovan Mitchell e um dos principais líderes do legislativo de Utah, o senador Stuart Adams, entraram em rota de colisão nas últimas semanas. E o motivo para esse embate está em uma polêmica decisão sobre a educação de questões importantes para a sociedade norte-americana. Adams e os legisladores locais discutem o banimento de chamadas “questões sociais críticas” do currículo das escolas – o que incluiria o debate sobre discriminação pela cor da pele e orientação sexual, por exemplo.
“O caso dos atletas transgênero, por exemplo, chegou ao senado e estamos recebendo muitas críticas do Utah Jazz, da NBA e de outras equipes. Odeio citar nomes, mas terei que fazê-lo: Donovan Mitchell não está feliz conosco. Esportistas famosos estão contra. Nesse momento, nós temos que trabalhar para educá-los. Eu quero ir atrás deles, pois realmente não acho que ele entenda o que estamos fazendo aqui”, afirmou o político, em reunião extraordinária recente para discutir a proposta de banimento.
Mitchell integra uma coalisão de jogadores da NBA reunida com a missão de persuadir o congresso e estados a aprovar leis que promovam o direito ao voto, reforma da justiça criminal e a responsabilidade policial. Essa união foi formada em meio aos episódios que mobilizaram a NBA na “bolha”, em Orlando. O jovem astro negou-se a comentar o que Adams disse a seu respeito nessa semana, mas, em maio, ele já havia firmado posição contrária à proposta apresentada pelo senado.
“É triste que isso seja uma discussão que nós ainda tenhamos hoje em dia. Educação é a coisa mais importante que podemos ter. Educar nossas crianças sobre a história racial é crucial. É fundamental para entendermos as fundações de nosso país e como chegamos até aqui. Quando conto para as crianças que fomos escravizados por centenas de anos, isso faz com que entendamos a discriminação e racismo em nossas ruas atualmente”, explicou o ala-armador, um dos jovens astros em ascensão da NBA.
O Jazz, de fato, assumiu uma postura organizacional muito combativa sobre o assunto. O novo dono da franquia, Ryan Smith, convocou o senador a tentar mudar a postura e visitar o time para aprender com algumas das histórias dos atletas do elenco. “Quando falamos de questões importantes como justiça e igualdade racial, nós temos que ouvir, não educar. Ouvir a experiência de nossos jogadores, inclusive, seria um ótimo lugar para começarmos esse processo”, apontou o mandatário.
Uma nova geração engajada
A cruzada de Donovan Mitchell contra o programa educacional apresentado pelo senador de Utah é a imagem de uma nova geração de jogadores da NBA engajados em questões caras para a sociedade, seguindo o exemplo de astros como Carmelo Anthony e Chris Paul. São atletas que driblam em quadra, mas não se calam diante do que acontece ao seu redor. E o ala-armador garante que a sua posição – e de outros jogadores da liga – não será alienada por quem quer que seja.
“Eu continuarei a fazer o meu papel, independentemente do que o senador ou qualquer um queira. Imagino que vocês também. Vamos tentar educar o máximo possível. Eles escolheram não ouvir, mas continuarei a ser uma voz. E sei que meus companheiros, assim como outros jogadores da NBA também. Simplesmente continuarei procurando formas de ser o melhor ser humano possível para ajudar o futuro de nossas crianças”, concluiu o líder do Jazz, comprometido em derrubar a proposta.
Siga o Jumper Brasil em suas redes sociais e discuta conosco o que de melhor acontece na NBA:
Instagram
YouTube
Twitter
Canal no Telegram
Apostas – Promocode JUMPER