Fonte: Noah Graham / AFPA trade deadline da NBA acontece no dia 8 de fevereiro, mas alguns times já estão prontos para fazer suas trocas. Apesar de determinadas equipes ainda estarem pensando sobre a data que marca o último dia para negociações, é possível que vários jogadores mudem de endereço até lá. Então, hoje vamos falar mais sobre as necessidades das franquias e o que elas pretendem com o resto da temporada.
Entretanto, vamos ver quem está na ponta da tabela.
No Leste, Boston Celtics, Milwaukee Bucks e Philadelphia 76ers ocupam os três primeiros lugares, mas o New York Knicks se aproxima cada vez mais. Destes quatro times, o Knicks, que já fez uma troca na atual temporada da NBA, é o que mais vem dando pistas que pode realizar outra.
Isso porque o time perdeu o seu principal cestinha do banco na negociação com o Toronto Raptors. Então, a trade deadline pode ser o momento em que o Knicks dê o último salto que precisa para se tornar candidato ao título.
Desde a troca, a equipe de Nova York venceu os seus cinco confrontos e encostou no Sixers, com 22 vitórias e 15 derrotas. Até então, era certo que o time faria algo na trade deadline, especialmente para tratar da ausência de Immanuel Quickley. No entanto, os bons rendimentos recentes de Quentin Grimes e Miles McBride, podem fazer com que a direção mude de ideia. Portanto, é algo que a comissão técnica quer testar em mais alguns jogos antes de qualquer coisa.
Mas caso a ideia seja descartada (armador ou ala-armador), o Knicks pode explorar pivôs com outros times da NBA até a trade deadline. Hoje, Precious Achiuwa é mais um reserva de Julius Randle do que de Isaiah Hartenstein. Então, talvez, o caminho seja um jogador de garrafão.
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Por outro lado, o Celtics tem a carência de um melhor banco de reservas. Por enquanto, a rotação da segunda unidade tem Al Horford, Payton Pritchard e Sam Hauser. No entanto, o técnico Joe Mazzulla passou a utilizar mais O’Shea Brissett. Seja para ele se valorizar ou para que o time realmente o tenha como uma opção válida, o ala ganhou espaço nas últimas partidas. Mas Brad Stevens, presidente da franquia, afirmou que algo pode acontecer em breve.
“Eu acredito que todo ano, por volta desse período, avaliamos onde podemos melhorar para nos dar a melhor chance”, comentou Stevens na quinta-feira (4). “Então, gostaríamos de encontrar um ala que possa nos ajudar. Acredito que pode ser alguém que já está por aqui. Mas, também continuamos monitorando a agência livre e as trocas”, seguiu.
O dirigente, entretanto, entende que a pouca flexibilidade financeira deve atrapalhar o objetivo. Afinal, a franquia tem apenas US$6.2 milhões para abrigar na sua folha salarial. Assim, a diretoria do Boston Celtics trabalha com um desafio para conseguir um ala via troca.
“Temos luz verde para fazer o que precisarmos, com certeza. Esse valor é a nossa principal chance para adicionar alguém, mas são US$ 6.2 milhões, certo? Então, é um grupo muito pequeno disponível. Mas, vamos analisar. Acho que se trata de quem pode entrar e ter a consciência para agregar ao grupo”, completou.
Sixers ainda quer melhorar quinteto
É fato que o Philadelphia 76ers faz uma grande temporada, especialmente após trocar James Harden. Se com um astro do tamanho de Harden era difícil encarar a temporada, imagine sem. Mas Joel Embiid e seus colegas mudaram o time de patamar.
No entanto, existe uma dúvida sobre Tobias Harris.
Isso porque Harris tem um contrato expirante de US$39.2 milhões. Para uma equipe que queira abrir espaço em sua folha salarial na próxima offseason, é uma grande oportunidade de negócio. Mas será que o Sixers consegue encontrar times que queiram negociar até a trade deadline da NBA?
O problema nem é tanto o valor, mas com quem trocar.
Havia uma possibilidade com o Utah Jazz por Lauri Markkanen, mas a equipe de Salt Lake City começou a ganhar jogos recentemente, o que dificulta um negócio. Então, o 76ers seria o “azarão” em uma troca por Dejounte Murray, do Atlanta Hawks. No entanto, é preciso aguardar a desistência do Hawks da temporada.
Bucks ainda não se encontrou
O Milwaukee Bucks até tem uma ótima campanha, mas a julgar pela sua defesa e seus últimos jogos, é difícil cravar que o time não vai fazer nada até a trade deadline. O problema é que o Bucks não possui grandes opções de trocas.
As únicas possibilidades, ainda que remotas, seriam em torno de Bobby Portis e Pat Connaughton. Cameron Payne, por outro lado, é uma alternativa, já que o técnico Adrian Griffin não vem tendo muita paciência com o atleta.
De qualquer forma, o Bucks deve conversar com outros times na NBA por algo.
No Oeste…
Minnesota Timberwolves, Oklahoma City Thunder, Denver Nuggets e Los Angeles Clippers parecem tomar conta em definitivo da Conferência. Mas as prioridades dos times do Oeste da NBA são bem diferentes.
Enquanto o Timberwolves lidera praticamente desde o início, a equipe não vem aparecendo muito nos rumores. Falta, entretanto, um cestinha para comandar a segunda unidade ou um reserva para Mike Conley.
Shake Milton não é o tal cestinha, muito menos Nickeil Alexander-Walker e Troy Brown. Então, alguns alvos poderiam ser Alec Burks e Monte Morris (Detroit Pistons), Tyus Jones (Washington Wizards), Malcolm Brogdon (Portland Trail Blazers) e Dennis Smith (Brooklyn Nets).
O Thunder, por outro lado, estaria atrás de um pivô para ser reserva de Chet Holmgren. Assim, uma das principais opções estaria em Isaiah Stewart (Detroit Pistons). O banco é uma preocupação, de qualquer forma. Outro armador poderia chegar, pois Vasilije Micić não anda aparecendo tanto.
Por fim, Nuggets e Clippers estão em situações diferentes. Enquanto os atuais campeões não contam com um bom banco de reservas, o time de Los Angeles tem e pode se movimentar. Para isso, é possível que PJ Tucker seja utilizado como moeda de troca. Apesar de pouco atuar na temporada, ele ainda tem mercado, especialmente para candidatos ao título.
Zona de classificação e play-in
O Sacramento Kings entrou em modo desespero por trocas. Apesar de o time estar em quinto no Oeste, o rendimento em quadra não é o mesmo do início da temporada. Então, Sacramento está tentando conversar com outros times da NBA para realizar um negócio até a trade deadline. Para isso, estão disponíveis Harrison Barnes, Kevin Huerter e Davion Mitchell, em suma.
A tentativa por Pascal Siakam, entretanto, não deu em absolutamente nada.
Assim como o Philadelphia 76ers, o New Orleans Pelicans tinha interesse em Lauri Markkanen. Mas como o Jazz resolveu vencer, a situação ficou difícil. Jarrett Allen (Cleveland Cavaliers) é o pivô dos sonhos, entretanto.
Falando no Cavs, tudo depende de como a campanha será até o início de fevereiro. Apesar de vários desfalques, o Cavaliers segue na zona de classificação direta.
Enquanto isso, o Miami Heat não deve fazer grandes movimentações. O Indiana Pacers tem peças para trocas e pode pintar como um dos times a se mexerem na trade deadline da NBA. A lesão de Tyrese Haliburton, no entanto, dificulta uma projeção. Isaiah Jackson, TJ McConnell e Buddy Hield poderiam ficar disponíveis.
Por fim, Houston Rockets, Dallas Mavericks e Phoenix Suns não aparecem tanto nos rumores. O Rockets parece confortável com o que tem, mas Mavs e Suns precisam começar a pensar em trocas com urgência.
Orlando Magic e Brooklyn Nets
Em situações bem diferentes, o Orlando Magic e o Brooklyn Nets podem buscar trocas com outros times na trade deadline da NBA por motivos diferentes. Enquanto o Magic sofre com lesões, mas ainda briga por classificação direta, o Nets pode partir para a reformulação.
É fato que o Nets não tem muitas escolhas futuras, mas o time já fez reconstrução assim. Após a troca com o Boston Celtics por Kevin Garnett e Paul Pierce, principalmente, a equipe não tinha as picks necessárias para se movimentar. Mas conseguiu. E foi com Sean Marks no comando.
Vale lembrar que o Nets recebeu escolhas ao trocar seus principais jogadores e, aos poucos, teve Jarrett Allen, Caris LeVert, entre outros. Portanto, não descarte. Brooklyn ainda tem pick para receber do Phoenix Suns.
Já o Magic pode trocar o pivô Wendell Carter, que, aliás, seria um dos alvos do Thunder.
Los Angeles Lakers
A equipe californiana está tentando chegar “viva” na trade deadline, em condições de crescer de rendimento na temporada. Mas não é fácil trocar, principalmente se o time não tem tantas opções que o mercado queira. Então, não é impossível que Austin Reaves entre em alguma troca. Além dele, Rui Hachimura, Jarred Vanderbilt, D’Angelo Russell e Gabe Vincent podem “entrar na dança”.
Enquanto LeBron James estiver ali, nunca duvide que a direção esteja disposta a fazer trocas.
Alvos? Os de sempre, né?
Dejounte Murray, Gordon Hayward e até Zach LaVine apareceram nos rumores recentemente.
Golden State Warriors
Seria a última tentativa com o trio que conseguiu quatro títulos na NBA ou o Golden State Warriors vai conversar com outros times? O problema é que a equipe não vem bem, ocupa o 12° lugar no Oeste e não dá sinais de recuperação. Então, a situação ficou ainda mais difícil depois Chris Paul se machucou e Jonathan Kuminga andou reclamando de Steve Kerr.
Andrew Wiggins parece ser a melhor moeda de troca, mas Kuminga também pode sair. O alvo seria Pascal Siakam, enquanto o time tenta voltar a vencer. O mercado é menos receptivo por Wiggins pelo seu contrato (mais dois anos garantidos e uma opção do próprio jogador em 2026/27), mas não chega a ser impossível caso Kuminga esteja junto.
Os “vendedores”
Alguns times da NBA estão na zona do nada. Nem vão brigar pelos playoffs ou play-in, mas também não sabem se o tank é a solução. O Toronto Raptors, Chicago Bulls, Atlanta Hawks e Memphis Grizzlies estão no mesmo “barco”.
Raptors e Hawks devem aguardar mais algumas rodadas antes de tomarem uma decisão. Enquanto a equipe canadense pode subir após a troca com o Knicks, Atlanta vem se aproximando das negociações.
Toronto ainda quer ver se o time dá liga com RJ Barrett e Immanuel Quickley, mas perdeu o pivô Jakob Poeltl por algumas semanas. Então, Gary Trent Jr e, claro, Pascal Siakam, podem sair.
Atlanta tem Dejounte Murray insatisfeito e pode envolver ainda o pivô Clint Capela e o ala-armador Bogdan Bogdanovic.
Já o Bulls teve a volta de Zach LaVine às quadras, mas existe a dúvida se o mercado quer o jogador. Por enquanto, a situação é difícil. DeMar DeRozan e Alex Caruso são outros que poderiam sair caso Chicago definir por uma reconstrução.
Difícil.
Por fim, o Grizzlies perdeu Ja Morant pelo resto da temporada. Apesar de o time ter peças para negociar, será que o atual elenco pode reagir? A vitória sobre o Dallas Mavericks deu sinais de que sim, mas é bom lembrar que a equipe texana está sem alguns jogadores importantes e Luka Doncic não está bem fisicamente (lesões na coxa e tornozelo).
Quem vai “vender” mesmo?
Portland Trail Blazers, Detroit Pistons, Charlotte Hornets, Washington Wizards e San Antonio Spurs estão “na pista”. São times que não possuem o menor interesse no play-in da NBA, gostariam de trocar por abertura de espaço em folha e querem picks.
Então, vários jogadores estão disponíveis (pelo preço certo).
Blazers: Malcolm Brogdon e, eventualmente, Jerami Grant
Pistons: qualquer um que não tenha os sobrenomes Cunningham, Thompson, Bogdanovic e Sasser
Hornets: Terry Rozier, PJ Washington, Camisa 0
Wizards: Tyus Jones, Danilo Gallinari, Jordan Poole (eventualmente), Mike Muscala
Spurs: absolutamente, qualquer jogador, menos Victor Wembanyama e Devin Vassell. Até Keldon Johnson pode sair
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