Fonte: Reprodução / InstagramA atuação de Jamal Murray nas Olimpíadas assustou os torcedores do Denver Nuggets. Depois de atuações abaixo do esperado nos playoffs, o armador esteve entre os piores da seleção do Canadá em Paris. Afinal, o que está acontecendo com um dos líderes do título da NBA em 2023? O presidente da franquia, Josh Kroenke, admitiu que o atleta sofreu com lesões e ainda está longe de sua forma ideal.
“Você vai ver a melhor versão de cada jogador quando enfrenta os melhores do mundo. E, se não estiver em suas plenas condições, você lutará contra isso porque quer jogar mesmo assim. Foi isso o que Jamal fez. Mas sempre soube que tinha problemas e não estava 100% fisicamente. Colocá-lo em quadra era importante, no entanto, para que volte a ser o jogador que conhecemos”, contou o dirigente ao jornal Denver Post.
Murray, na verdade, lidou com várias lesões na reta final da última campanha. Kroenke revelou que o titular tinha um problema no tornozelo. Mas sabe-se que, na série contra o Minnesota Timberwolves, tratava uma contratura na panturrilha também. É provável que, ao mesmo tempo, cuidasse de mais incômodos em outras partes do corpo. Mas, segundo o executivo, ele nunca cogitou não entrar em quadra.
“Jamal estava bem ‘baleado’ na reta final da última temporada. Mas acho que as pessoas subestimam isso porque ele é um cara muito forte. É um jogador ‘durão’ em quadra. Ele estava jogando com alguns problemas físicos. Aliás, alguns problemas físicos graves. Por isso, não tenho dúvidas de que vá usar isso como motivação para começar a próxima temporada”, garantiu o presidente de operações.
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No limite
O desempenho de Jamal Murray nas Olimpíadas foi um reflexo do condicionamento físico do Nuggets nos últimos meses. Afinal, a equipe esteve ocupada desde o início da última temporada. Ser campeão da NBA significa, muitas vezes, jogar um a dois meses a mais do que a maior parte dos times da liga. Kroenke acredita que isso ficou evidente para quem assistiu aos jogos da equipe.
“Por mais que o impacto esteja nos playoffs e Jogos Olímpicos, eu tenho uma visão mais ampla da situação. O fato é que o número de partidas que disputamos nos últimos anos ‘castigou’ o corpo de todos os nossos atletas. Como resultado, nós vimos o que ocorreu no fim da última campanha. E, certamente, essa estafa se estendeu aos playoffs”, explicou o experiente dirigente.
Essa explicação, aliás, encontrou apoio no técnico Michael Malone. Depois da eliminação do Nuggets, ele reconheceu que o elenco precisava de descanso. “Estivemos em quadra até junho no ano passado. Disputamos as 82 partidas com o pé no acelerador, logo em seguida, para garantir uma boa posição nos playoffs. Por isso, emocional e mentalmente, acho que o time estava esgotado”, admitiu o treinador.
Extensão
A situação física de Murray é importante, antes de tudo, por uma questão contratual. Ele vai entrar no último ano de vínculo e, assim, pode assinar uma extensão prévia de mais de US$200 milhões por quatro temporadas. Fechar esse contrato era o plano de todos, a princípio. No entanto, tudo está pausado desde que o armador confirmou a intenção de competir nos Jogos Olímpicos. Kroenke desconversou sobre esse impasse.
“Jamal é um dos melhores jogadores da NBA, em síntese. E sentiu que tinha que atuar nas Olimpíadas. Leia as suas declarações depois das partidas e você vai notar que está frustrado com as suas atuações em Paris. Sei que ele está, mas já passou. Tudo o que pode fazer é canalizar essa experiência de uma forma positiva na preparação para a próxima temporada”, concluiu o executivo.
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