“Dificilmente, o Corinthians manterá o time de basquete”, revela Guilherme Teichmann

Em uma Live com o Jumper Brasil, no Instagram, experiente ala-pivô falou sobre a situação complicada do basquete corinthiano

Fonte: Em uma Live com o Jumper Brasil, no Instagram, experiente ala-pivô falou sobre a situação complicada do basquete corinthiano

O experiente ala-pivô do Corinthians, Guilherme Teichmann, que também preside a Associação de Atletas Profissionais de Basquete (AAPB), participou, nessa quinta-feira (16), de uma Live com o Jumper Brasil, no Instagram.

Durante a conversa com o jornalista Guilherme Ramos, o jogador de 36 anos revelou que acha difícil o Timão manter a equipe profissional para a próxima temporada. Em razão de problemas financeiros, é improvável que o Corinthians tenha condições de formar um time para a disputa do NBB 13, previsto para começar em novembro.

“Estou sentindo muita pena, hoje, de ver que, talvez, esse projeto acabe. É um clube com uma torcida enorme, que tem uma história muito bacana com o basquete, que conseguiu reativar isso. E, agora, com os problemas financeiros do clube, isso tudo que está acontecendo fora também, tem chance de não ter equipe ano que vem. Foi um projeto que reergueu um time que não aparecia há muito tempo. É com muita tristeza que vejo essa possibilidade. Eu realmente espero que eles consigam reverter isso e voltem a ter um time de basquete. Por enquanto, está difícil. A realidade financeira do clube é dura. Tem muito problema de divída. A perspectiva, hoje, na minha visão é bem difícil. A não ser que aconteça alguma coisa muito significante, acho que o Corinthians, no ano que vem, não vai ter time”, disse o ala-pivô, que defende o Corinthians desde 2018.

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No bate-papo com o Jumper Brasil, Teichmann falou ainda que vê com bons olhos a entrada de clubes de futebol no basquete, mas que, administrativamente, os dois esportes precisam estar separados e ter os seus próprios patrocínios. O próprio Corinthians está sofrendo com isso neste ano, já que o basquete está ligado diretamente à instituição, que passa por um momento difícil. Ele também citou o exemplo do Flamengo, que tem uma parte olímpica consolidada e, o mais importante, separada do futebol.

“Eu gosto, mas em termos administrativos, é muito importante que seja separado. Por exemplo, o nosso caso, agora. A gente está com bastante problema porque ainda é junto, é dentro da instituição do clube. Então, se um problema atinge a instituição, você vai junto. A gente tem o exemplo do Flamengo, que é um clube que separou muita coisa, que tem a parte olímpica muito separada e muito desenvolvida, e é um sucesso. Os caras têm organização e uma estrutura muito sólida. Se os clubes de futebol conseguirem potencializar esse alcance que eles têm de torcida, de mídia, e fazer separado, ter os seus próprios patrocínios, ter o dinheiro do basquete separado do restante, é muito bom. É muito legal você ter um clube de mais alcance”, afirmou Teichmann, que disse ainda que deseja permanecer no alvinegro paulista, caso o projeto seja mantido.

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https://www.youtube.com/watch?v=PqL-NeTB-Gw

Vale dizer que, logo após o cancelamento da temporada do NBB, motivado pela pandemia de Covid-19, o clube de Parque São Jorge interrompeu as atividades do basquete e decidiu não renovar o contrato dos atletas.

Nos últimos dias, dois jogadores que defenderam o Corinthians na última temporada – o armador Arthur Pecos e o ala Felipe Vezaro – foram anunciados como reforços da Unifacisa para o próximo NBB.

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Uma fonte ligada ao Corinthians confidenciou ao Jumper Brasil que, dificilmente, o basquete profissional será mantido no clube para 2020/21. O site, através do jornalista Antonio Carlos Gomes (Ton), entrou em contato com a assessoria de imprensa do alvinegro, que informou que, por enquanto, tudo está paralisado. A única novidade é que o Timão está à procura de uma parceria fora do clube para trazer a equipe de volta.

Segundo informação apurada pelo repórter Marcius Azevedo, do Estadão, o Corinthians estuda mudar a “cidade-sede” para um lugar com estrutura melhor e mais apoio financeiro para manter o projeto do basquete e não sair do NBB. Ainda de acordo com Marcius, o alvinegro corre atrás para viabilizar três patrocínios para reativar o time profissional e já recebeu duas propostas de sede compartilhada. Caso não feche os os patrocínio ou a parceria, o Corinthians vai disputar o Campeonato Paulista, que ainda não tem data de início confirmada, com o time Sub-19.

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A história do basquete corinthiano

O basquete no Corinthians apareceu pela primeira vez em 1928, logo após a inauguração do Parque São Jorge, mas as maiores glórias foram obtidas nos anos 60. Na época, o alvinegro era a base da seleção brasileira e tinha nomes históricos do basquete como Wlamir Marques, Rosa Branca, Ubiratan e Amaury Pasos. O time foi heptacampeão paulista (1964-1970), tricampeão da Taça Brasil e do Sul-Americano (1965, 1966 e 1969) e vice-campeão mundial (1966).

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Depois de um período de inatividade, o basquete masculino corinthiano foi reativado nas décadas de 80 e 90, e chegou a ter o lendário Oscar Schmidt na equipe. Na primeira metade dos anos 2000, o Timão fez uma parceria com a cidade de Mogi das Cruzes e, no fim de 2017, reativou a modalidade mais uma vez. No ano seguinte, o alvinegro conquistou a Liga Ouro (divisão de acesso ao NBB).

Na elite do basquete nacional, o Corinthians ficou em sexto lugar no seu primeiro NBB, em 2018/19. Com isso, assegurou uma vaga na Liga Sul-Americana, competição que não disputava há 22 anos. Nesta temporada, além do vice-campeonato paulista, o Timão chegou à final da Liga Sul-Americana, mas perdeu a decisão para o Botafogo, de virada, em pleno Parque São Jorge. No NBB 12, encerrado precocemente, o Corinthians ocupava a sétima posição na tabela.

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