Diamante bruto

[youtube=http://youtu.be/ICPo2Olh-2w] Tobias Harris só estreou de verdade na temporada no dia 23 de fevereiro, quando entrou em quadra pela primeira vez com a camisa do Orlando Magic. A franquia o obteve na troca que levou J.J. Redick, Ish Smith e Gustavo Ayón para o Milwaukee, recebendo, além dele, Doron Lamb e Beno Udrih. Uma troca […]

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Tobias Harris só estreou de verdade na temporada no dia 23 de fevereiro, quando entrou em quadra pela primeira vez com a camisa do Orlando Magic. A franquia o obteve na troca que levou J.J. Redick, Ish Smith e Gustavo Ayón para o Milwaukee, recebendo, além dele, Doron Lamb e Beno Udrih.

Uma troca prejudicial ao Bucks, em minha opinião. Eles agora têm nove jogadores disponíveis na rotação de perímetro, todos eles veteranos na NBA e que provavelmente não vão mais evoluir de forma significativa. Foram imediatistas e não pensaram no futuro, cedendo Harris e Lamb, ambos ainda jovens e com um potencial que não chegou a ser explorado pela equipe.

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Além disso, acabaram recebendo Ayón de contrapeso (quando sua intenção clara era Redick, mais um arremessador de perímetro), fazendo com que outro jovem, John Henson, jogasse ainda menos. Mas enfim, John Hammond, o seu General Manager, deve entender mais de basquete do que eu.

Voltando a Tobias Harris e ao Orlando Magic.

A franquia, sob a tutela de Rob Henningan, segue com sua reconstrução após a saída de Dwight Howard. E agora, além de Nikola Vucevic, Andrew Nicholson e Maurice Harkless, tem Harris no elenco, sem pressão na temporada atual e com tudo para despontar no futuro. E o recém-chegado está colaborando.

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Vamos conferir os números dele em 2012-13 antes e depois de ser trocado (embora a proporção para 36 minutos seja praticamente idêntica):

 

Minutos Pontos Rebotes Assistências Roubos Tocos FG%
Bucks

11.6

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4.9

2.0

0.5

0.3

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0.3

46,1

Magic 35.5 16.3 8.4 1.9 1.0 1.5

44,2

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A diferença no número de minutos é a chave para “desvendar” o crescimento absurdo de Harris. No Bucks, ele era reserva de Luc Richard Mbah a Moutè, Mike Dunleavy Jr e Marquis Daniels na posição 3. É óbvio que ele iria jogar pouco em uma equipe que parece priorizar a experiência. Já em Orlando, a situação é outra, muito mais favorável.

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Passando a atuar como Combo Forward em um elenco recheado de calouros e segundanistas, seu jogo floresceu. A mudança de posição também foi benéfica para ele, que é mais rápido – embora seja mais fraco – do que os alas-pivôs e mais alto – mas mais lento – do que os alas. Uma vantagem no ataque que passa a ser um problema na defesa, mas nada que não possa ser resolvido com o tempo.

A versatilidade não é novidade para Harris.

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No basquete universitário, ele era peça fundamental no ataque da Universidade do Tennessee, quando atuava como Point Forward (ala que comanda as ações ofensivas na equipe, como Grant Hill no Detroit Pistons, Scottie Pippen no Chicago Bulls e, mais recentemente, LeBron James no Miami Heat). Suas médias de 15 pontos e sete rebotes o fizeram ser a 19ª escolha do draft de 2011, e desde então, ele estava esquecido no Bucks.

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No geral, quem mais lucrou com a troca foi o próprio Harris. Já conhecido pelo seu fanatismo por treinamentos e liderando por exemplo, ele já é co-capitão do Magic, junto com Glen Davis e Jameer Nelson. Rapidamente se tornou titular e ídolo da torcida, sendo o provável titular da franquia pelos próximos anos, afinal, Al Harrington e Hedo Turkoglu não devem continuar na equipe.

Enquanto isso, John Henson continua esquentando banco em Milwaukee. Disputando minutos com Ersan Ilyasova, Ekpe Udoh, Drew Gooden e Larry Sanders, ele atua apenas 11.4 minutos por noite. Mas novamente, suas estatísticas por 36 minutos são bizarras: 16.8 pontos, 12.3 rebotes e 1.6 tocos. Em 2013-14 o Bucks precisa colocar Henson para jogar mais.

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[youtube=http://youtu.be/RPsl2Q1rbDE]

Doron Lamb escolheu a “amaldiçoada” camisa de número 1 no Magic. A mesma que pertenceu a três grandes jogadores: Penny Hardaway (94-99), Tracy McGrady (01-04) e Gilbert Arenas (2011). À exceção do último, todos foram ídolos em suas respectivas gerações, mas tiveram que lidar com problemas nos joelhos. Vamos torcer para que Lamb não passe por isso.

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Na partida de ontem, tanto Harris quanto Henson tiveram as melhores atuações da carreira: o ala do Magic teve 30 pontos, 19 rebotes e cinco assistências, enquanto que seu ex-colega de Bucks teve 17 pontos, 25 rebotes e sete tocos.

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