Estamos em dezembro de 2018, amigos. A temporada 18-19 começou há pouco mais de um mês, mas antes, vou contar o que houve nos quatro anos anteriores, caso já não saiba.
Primeiro, a NBA resolveu finalmente retornar para Seattle e o Supersonics está de volta. O GM Gary Payton tentou, sem sucesso, tirar o astro Kevin Durant do Los Angeles Lakers, mas a direção do time californiano impediu a transação. O presidente Kobe Bryant vetou a saída de Durant porque achou que o esquema com Anthony Davis teria de ser alterado em demasia.
O Lakers conseguiu uma exceção da liga e teve aprovado o teto salarial infinito de forma oficial. Contratou Damian Lillard, John Wall, Jimmy Butler, e os pivôs DeAndre Jordan e Andre Drummond. O técnico Shaquille O’Neal aprovou a decisão da NBA um ano depois de vender suas ações do Sacramento Kings. No entanto, ele reclama da postura dos árbitros, que permitem deliberadamente o hack-a-Jordan e o hack-a-Drummond — proibido desde 2016-17. Em sua nova função, ele acumula apenas uma falta técnica na carreira, por rir de JaVale McGee arremessando de três pelo Los Angeles Clippers of Anaheim. O árbitro Joe Crawford já havia feito o mesmo com o sete vezes campeão Tim Duncan.
E engana-se você, que acha que Duncan parou de jogar. Na realidade, Manu Ginobili, Tony Parker, e ele, seguem no San Antonio Spurs, comandados por Gregg Popovich. O treinador afirmou recentemente que o time está cada vez mais renovado e os títulos de 2014-15 e 2017-18, são provas disso. Aos 42 anos, o ala-pivô foi o jogador mais velho a receber o prêmio de MVP nas finais.
Mas para Seattle figurar na liga, o comissário Adam Silver foi obrigado a abrir uma nova franquia para que tivessem 32 equipes. O North Carolina Bobcats chegou para confundir de vez a cabeça de quem ficou algum tempo sem acompanhar a movimentação nos últimos anos. O dono do time, David Stern, quis aproveitar a indecisão do torcedor, que não sabia se torcia para o Charlotte Hornets ou o New Orleans Pelicans. Por falar em Pelicans, a direção abriu mão de Davis após mais uma temporada sem ir aos playoffs e o trocou pelo armador Russell Westbrook e os direitos de Primoz Brezec.
O Clippers of Anaheim foi obrigado a mudar de cidade por uma imposição da liga, que não permitia mais dois times em um mesmo local. Cansado de perder na primeira rodada dos playoffs, Chris Paul afirmou que encerraria sua carreira pela equipe que começou. Ele só não soube confirmar se seria Hornets, Pelicans, ou Bobcats, já que esta última acabou ficando com o histórico do New Orleans Hornets entre 2003 e 2006, do Charlotte Bobcats entre 2007 e 2010 e do New Orleans Pelicans, entre 2013 e 2015.
Já seu colega, o ala-pivô Blake Griffin, segue liderando a liga em aparições no SportsCenter. O contrato de Paul acaba no fim desta temporada, mas seu reserva, Steve Nash, confirmou que não pretende parar de jogar tão cedo.
James Harden continua barbudo e inspirou o armador Jeremy Lin a cultivar sua própria barba. Depois que retornou ao Houston Rockets, em 2015-16, Lin não cortou mais.
Depois do retorno de LeBron James ao Cleveland Cavaliers após mais uma passagem pelo Miami Heat, o novamente camisa 6 voltou a jogar o talco para cima – algo que ele havia parado em 2014-15. Sem Kevin Love, agora no Lakers, e Kyrie Irving, hoje jogador do Chicago Bulls, LeBron formou um novo trio, mas com Rajon Rondo e Joakim Noah. Os conflitos com os dois, entretanto, não ficaram no passado e, segundo informações, eles não são amigos dentro e fora de quadra. Talvez essa seja uma das explicações para o time ser somente o nono colocado na conferência Leste. Apesar de tudo, o brasileiro Anderson Varejão está feliz em Cleveland, após renovar seu contrato. Os rumores sobre uma ida para o Dallas Mavericks não passaram de uma mentira de um site que reaproveitou uma antiga falsa entrevista do jogador. Ainda assim, ele lidera a NBA em porcentagem de arremessos de três.
Se Varejão não joga mais pela seleção, o astro Bruno Caboclo, sim. O ala do Memphis Grizzlies, cotado para mais um Jogo das Estrelas, levou o Brasil ao segundo lugar do Mundial deste ano. Caboclo está com o moral elevado no time do Tennessee e teve seu pedido atendido: ele agora vai usar a camisa 33, do antigo MVP Marc Gasol.
A parceria com Kyrie Irving no Chicago Bulls parece estar dando certo para Derrick Rose. O armador atuou em todas as partidas desta temporada, após ficar 2016-17 de fora por conta de um resfriado. Em seu primeiro jogo, Rose anotou 52 pontos, mas foi criticado por não dar nenhuma assistência na vitória sobre o Atlanta Hawks.
“Chegaram a me chamar de Kobe”, disse o camisa 1.
Quem está cheio de problemas é o pivô DeMarcus Cousins. Ele aceitou consultoria de Dennis Rodman e Rasheed Wallace para diminuir o seu recorde de 57 faltas técnicas no ano passado e chegou a pedir para a diretoria do Boston Celtics colocar um cartaz gigantesco em frente ao TD Garden com o número 18 — número máximo pretendido. Em 16 jogos, ele acumula 15.
Na semana passada, o armador Stephen Curry quebrou o próprio recorde com 21 cestas de três convertidas em uma só partida, diante do Washington Wizards. Sua antiga marca era de 19, contra o Brooklyn Nets no ano passado. Ele também tem a melhor marca em jogos de playoffs, com 16.
Atualmente, o Phoenix Suns, do técnico Jason Kidd, lidera a conferência Oeste. Kidd revolucionou a NBA ao colocar em quadra cinco armadores no quinteto titular — um sucesso total. Em 21 jogos, o Suns ainda não sabe o que é perder e já existem rumores de que a nova tendência chegou para ficar. No último domingo, o New York Knicks testou a formação e conseguiu sua primeira vitória na temporada.
Isso só aconteceu porque o ala Carmelo Anthony não atuou e pediu para ser trocado. Insatisfeito com o acúmulo de insucessos na franquia, ele foi negociado com o Detroit Pistons pelo armador Brandon Jennings. E por falar em Pistons, o técnico Rick Adelman e seu assistente Kevin Martin continuam encontrando dificuldades para encaixar Anthony no time titular. Isso porque o time atua com o veterano Dwigh Howard, além de Timofey Mozgov e Andrew Bynum — que retornou às quadras após quase quatro anos sem jogar.
Para finalizar, o campeão de 2016-17, Philadelphia 76ers, pode estar próximo de mais um vexame. Após ser o recordista de derrotas em uma só temporada, em 2014-15 com 80, a direção da franquia trocou todos os titulares por escolhas nos próximos drafts. Nem mesmo o atual MVP K.J. McDaniels, ficou no elenco. Joel Embiid e ele foram para o Portland Trail Blazers em troca do veteraníssimo LaMarcus Aldridge e das primeiras escolhas de 2018, 2019, 2020, e 2021. Michael Carter-Williams foi para o Suns.
Pode ser que nada disso venha a acontecer, e a maioria dessas bizarrices não passam de especulações sem sentido algum. Mas vai que rola…
