De acordo com o site Fadeway World, dez jogadores podem ser trocados na próxima offseason, dependendo do resultado dos playoffs. A publicação do jornalista Addam Goldman inclui quatro atletas que estiveram no Jogo das Estrelas de 2022, mas conta, também, com titulares importantes para as suas franquias. Então, usamos a ideia de Goldman para pensarmos nas possibilidades.
Em alguns casos, por exemplo, a situação é por conta de um desgaste. No entanto, em outros, é pensando em possibilidades de melhorias em elencos que já estão na fase de mata-matas.
DEZ JOGADORES QUE PODEM SER TROCADOS APÓS OS PLAYOFFS
Tobias Harris
O ala-pivô Tobias Harris nunca teve um papel totalmente definido no Philadelphia 76ers. Apesar de ele ser um dos cestinhas da equipe, atrás de Joel Embiid e James Harden, Harris já foi segunda, terceira ou quarta opção ofensiva. Quando ele chegou, no meio da temporada 2018-19, seu contrato era expirante. Embora o Sixers tenha perdido apenas na sétima partida da decisão do Leste, Harris foi criticado. Entretanto, a diretoria o prestigiou com um acordo de US$180 milhões por cinco temporadas.
Desde então, Harris teve diversos companheiros que o deixaram em condições diferentes de importância. Virou ala quando Al Horford chegou, voltou a ser ala-pivô em algumas partidas, mas o ex-técnico Brett Brown optou por Ben Simmons na posição quatro na “bolha”. Na atual campanha, ele se tornou o segundo jogador com mais arremessos no 76ers, mas aí veio a troca de Simmons por James Harden. Agora, mesmo com a ascensão de Tyrese Maxey nos playoffs, Harris possui 23.0 pontos, 8.0 rebotes e 75% de aproveitamento nas bolas de três diante do Toronto Raptors.
Mas basta uma queda do Sixers antes da hora (esperam ir para a final da NBA) ou uma performance abaixo do esperado que vão se lembrar dele em uma possibilidade de troca.
Will Barton
A temporada 2021-22 poderia ser aquela em que Will Barton daria um passo adiante na carreira. Afinal, sem Jamal Murray e Michael Porter, quem seria a segunda opção ofensiva do Denver Nuggets? Bem, não foi assim que aconteceu, exatamente. Aos 31 anos, Barton parece ter se acomodado como um jogador útil. Não mais, não menos. Exatamente aquilo.
Claro que a diretoria do Nuggets pensa em melhorar o seu elenco, mas precisa buscar peças para deixar o time ainda mais forte. Se, mesmo sem dois dos três principais cestinhas da equipe, conseguiu entrar nos mata-matas de forma direta, imagine com reforços. Sim, Barton é um dos jogadores que podem ser trocados após os playoffs. Não por ser ruim, mas por ter mercado.
Na próxima temporada, Barton terá contrato expirante de US$16 milhões, o que facilita muito qualquer tipo de negociação.
Mike Conley
Mike Conley é um dos jogadores mais confiáveis na NBA. Sabe arremessar de três (40.8% de aproveitamento em 2021-22), passa bem a bola e comete poucos erros de ataque. No entanto, ele joga no Utah Jazz, que vive uma temporada de vai ou racha.
A dificuldade que o Jazz teve durante a campanha de se manter linear é explicada por problemas internos, mas parece mesmo um fim de ciclo. Conley até pode ficar, mas as chances de isso acontecer são realmente pequenas. A tendência, caso caia em uma primeira rodada de playoffs, é que o time seja desfeito. Especialmente, se for para um Dallas Mavericks que não teve o seu melhor jogador (Luka Doncic) nos dois primeiros jogos.
Conley terá mais dois anos de contrato e vai receber, em média, US$23.5 milhões por temporada. Ou seja, aos 34 anos, tem um acordo relativamente fácil de se obter uma negociação e, seja lá para onde for, é capaz de produzir e ajudar. No entanto, parece ser a última chance de ele ser campeão. É o cara certo para times que não contam com um jogador para a posição em 2022-23: experiente, inteligente, agregador e ainda defende.
Se alguém quer um dos melhores jogadores a serem trocados em termos de custo-benefício após os playoffs, é bom olhar para Conley com carinho.
Duncan Robinson
Exímio arremessador, Duncan Robinson está no Miami Heat desde o início de sua carreira. No entanto, o fato de não ser um grande defensor o deixa com um pé fora do Miami Heat em todas as trade deadlines. Robinson não é um garoto (completa 28 anos dia 22), mas está completando apenas o seu primeiro ano de contrato após a extensão contratual. Embora não seja um valor assustador (US$16.9 milhões em 2022-23), o atleta teve a sua pior temporada como titular, com 10.9 pontos e 37.2% de aproveitamento em três pontos.
Na primeira partida da série contra o Atlanta Hawks, no entanto, Robinson veio do banco de reservas. Isso não atrapalhou sua performance. Muito pelo contrário, aliás. Ele foi o cestinha da equipe com 27 pontos, convertendo oito das nove tentativas de longa distância. Claro, isso não vai acontecer todas as noites, mas o Hawks é um adversário convidativo para ele fazer seu nome. O time de Atlanta joga e deixa jogar, com uma das piores defesas marcando o arremesso de três.
John Collins
Falando em Atlanta Hawks, é óbvio que John Collins é um bom jogador. No entanto, ficou evidente que o Hawks foi melhor sem ele na ascensão aos playoffs. Quando Collins se machucou, em 11 de março, o time tinha 32 vitórias e 34 derrotas. Ele ficou fora do resto da fase regular e o Hawks venceu 11 e perdeu cinco. Portanto, a diretoria sabe o custo-benefício de Collins.
Vale lembrar que Collins produziu 21.6 pontos, 10.1 rebotes, 1.6 bloqueio e 40.1% de aproveitamento em três pontos em 2019-20, mas jamais conseguiu repetir tais performances. Na atual campanha, ele “andou para trás” em todas as principais categorias, finalizando com 16.2 pontos, 7.8 rebotes e 36.4% nos arremessos de longa distância.
Seu contrato, no entanto, passa longe de ser difícil de se negociar. Apesar de ele estar no primeiro ano de extensão (recebeu US$23 milhões), vários times se interessaram pelo atleta na última trade deadline.
O Hawks faz série contra o favorito Miami Heat. Portanto, uma queda agora, faz de Collins um dos jogadores candidatos a serem trocados após os playoffs.
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Andrew Wiggins
Após dois grandes jogos do Golden State Warriors, ninguém espera que o time caia cedo nos playoffs. No entanto, se existe uma peça que pode ser negociável ali é Andrew Wiggins. Ótimo defensor, Wiggins foi ao seu primeiro Jogo das Estrelas da carreira em 2021-22. Só que, com Stephen Curry, Klay Thompson e Draymond Green inteiros e, pensando no futuro de Jordan Poole, é pouco provável pensar no ala como parte disso.
Aos 27 anos, o canadense vai entrar no último ano de contrato na próxima temporada. Então, situações assim sempre facilitam uma negociação. Todavia, o valor é um pouco alto, caso seja uma troca um por um: US$33.6 milhões.
Capacidade para ser um cestinha, Wiggins tem. Basta ver que no Warriors, mesmo com desfalques aqui e ali, ele registrou 17.2 pontos e 39.3% no aproveitamento de três (o melhor da carreira).
Pascal Siakam
Tudo bem que Pascal Siakam foi chamado de indisciplinado no ano passado, mas isso parece não ser mais a realidade. Com a cabeça boa, Siakam fez uma boa temporada em 2021-22 e poderia ser chamado para o Jogo das Estrelas pela segunda vez. Embora o camaronês tenha sustentado médias ainda melhores que na sua primeira convocação, ele ficou fora na atual campanha.
Mas Siakam evoluiu bastante em diversos setores, o que poderia fazer dele um dos jogadores que podem ser trocados após os playoffs. Enquanto o Toronto Raptors sai com uma desvantagem considerável nos playoffs contra o Philadelphia 76ers, o atleta fica cada vez mais próximo de uma eventual saída.
Siakam terá mais duas temporadas de contrato (cerca de US$35 milhões anuais), mas ele tem apenas 28 anos. Ou seja, é mais interessante para o Raptors trocar o jogador agora e se livrar de uma extensão mais cara em 2024-25.
Rudy Gobert
O pivô Rudy Gobert é um dos melhores defensores que a NBA já viu. Sem ignorar o passado ou ter qualquer tipo de nostalgia boba, o francês é dos bons mesmo. No entanto, sua vida no Utah Jazz parece estar chegando ao fim. Tudo porque o time de Salt Lake City está em queda nos últimos anos e seu relacionamento com Donovan Mitchell não parece ser bom. Embora ele tenha negado, várias informações o confrontam.
O Jazz não pode nem pensar em cair na primeira rodada para um Dallas Mavericks sem Luka Doncic. Caso aconteça, a sensação comum na NBA é que o time será desfeito. Desde o técnico Quin Snyder a Gobert, Mike Conley, Bojan Bogdanovic e, talvez, Donovan Mitchell. Arremessar, em média, três vezes por jogo na atual edição dos playoffs, não ajuda o caso do pivô.
Apesar de ser um dos jogadores que podem ser trocados após os playoffs, Gobert tem um contrato “enroscado”. São mais quatro anos e ele vai receber cerca de US$170 milhões pelo acordo.
Jimmy Butler
Ninguém espera que o Miami Heat caia na primeira rodada, mas a qualidade do elenco “pede” para chegar, no mínimo, nas finais de conferência. Jimmy Butler é, provavelmente, o astro menos badalado da NBA. Embora exista na memória uma performance incrível na “bolha”, durante as finais contra o Los Angeles Lakers, aquele Butler raramente é visto. Talvez, seja pelo estilo de jogo imposto pelo técnico Erik Spoelstra.
Butler é um defensor espetacular, sabe coordenar o ataque (apesar de ser menos exigido na atual campanha pela presença de Kyle Lowry), mas ataca pouco a cesta adversária e não tem arremesso de três. Enquanto os conhecidos franchise players arremessam entre 18 e 20 vezes por jogo, ele arrisca cerca de 14. Em 2021-22, o atleta ocupa apenas o 45° posto no ranking.
Seu contrato, no entanto, não é tão fácil de se negociar. Butler estendeu o acordo até 2025-26, quando terá 36 anos, e vai receber US$184 milhões até lá.
Donovan Mitchell
A situação de Donovan Mitchell no Utah Jazz parece a mais cômoda entre os principais nomes, mas ele é pretendido por diversas equipes da conferência Leste. Como já relatado, o Jazz caiu muito de produção na atual temporada e existe o risco de o time se desfazer. Mitchell é o cara da franquia, mas não se assuste caso ele venha a pedir troca.
Em 2021-22, no entanto, Mitchell iniciou o seu novo contrato. Ou seja, são mais US$135 milhões pelos próximos quatro anos. Não que seja exatamente um problema, pois o atleta é bastante jovem (25 anos) e ainda terá acordos mais vantajosos na carreira. Todavia, não se trata de uma negociação tão simples, se for o caso.
Nos playoffs, todo mundo sabe que Mitchell produz muito mais do que na temporada regular. Então, se a equipe de Salt Lake City ainda pretende manter a base para os próximos anos, é obrigação passar pelo Dallas Mavericks e ser competitivo na semifinal de conferência. Caso contrário, o Jazz vai partir para a reconstrução do elenco. Com ou sem ele.
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