Como era o elenco do Golden State Warriors de 2012/13? Será que o time sempre brigava nos playoffs ou estava sempre em busca das melhores escolhas de Draft? Então, vamos reviver momentos sobre o início do grupo que se tornou campeão quarto vezes nas últimas oito temporadas.
O Warriors de 2012/13 era um embrião daquele que se tornou um dos melhores times de todos os tempos, mas já com algumas ideias que o técnico Steve Kerr utilizou. Entretanto, naquela época, Kerr ainda não era o treinador. Quem comandava o time era Mark Jackson, hoje analista da ESPN. Digamos que os dois apenas trocaram suas funções. Kerr deixou o cargo de comentarista da TNT e assumiu o Warriors, enquanto Jackson saiu da equipe e voltou a função que fazia antes de ser técnico.
Apesar de o Warriors só fazer a mudança de técnico duas temporadas depois, Jackson conseguiu tirar o time de um jejum que durava cinco temporadas sem playoffs. Ele, que assumiu a equipe em 2011/12, promoveu mudanças ao longo de sua gestão que fizeram com que a franquia voltasse a comemorar. Mas não foi fácil.
Primeiro, a direção trocou Monta Ellis pelo pivô Andrew Bogut. Na época, os torcedores do Warriors não entenderam, mas o resultado foi bastante positivo anos depois. Depois, Stephen Curry, livre da lesão no tornozelo que o importunou em 2011/12, tomou conta do ataque. Até então, o ala-pivô David Lee e Ellis eram as principais opções ofensivas.
Voltar aos playoffs após cinco anos era uma meta da equipe, mas não seria fácil.
A campanha
O Golden State Warriors estava em seu segundo ano sob o comando de Mark Jackson, mas as perspectivas não eram muito melhores. Em 2011/12, a equipe ficou bem longe dos playoffs pela quinta vez consecutiva, enquanto a diretoria fazia uma troca difícil de entender. Então, o negócio era apostar no talento ofensivo de Stephen Curry, que já havia dado sinais que seria bom jogador.
No entanto, havia uma preocupação com a defesa. Andrew Bogut chegou para ajudar na questão, mas outros atletas do grupo não eram tão eficientes assim. David Lee, por exemplo, não defendia nem argumento. No entanto, o Warriors não podia ficar dependendo só de Bogut. O perímetro precisava ser mais forte e, como resultado, Klay Thompson ganhou titularidade.
Apesar de o Warriors ter feito campanhas ruins, Jackson apostou na dupla Curry e Thompson para triunfar. Dois jogadores com capacidade incrível de pontuar de qualquer lado da quadra, mas ainda no início de suas carreiras. Enquanto isso, Harrison Barnes e Carl Landry dividiam espaço.
Só que Bogut se machucou e perdeu boa parte da campanha, então Jackson teve de utilizar Festus Ezeli no quinteto titular. Convenhamos, Ezeli era voluntarioso, mas não tinha as mesmas qualidades do australiano. Todavia, mesmo assim, o Warriors seguiu vencendo. No início de fevereiro, o time ocupava o quinto lugar, com 30 vitórias e 17 derrotas, mas sofreu uma sequência ruim e tinha 33 triunfos em 60 jogos. Então, em março, a equipe venceu 11 de 16 jogos e garantiu a sexta posição do Oeste.
Playoffs após cinco anos fora
Após finalizar a fase regular com 47 vitórias em 82 jogos, o Golden State Warriors se classificou para os playoffs pela primeira vez desde 2006/07. Mas antes disso, a equipe não ia aos mata-matas há muito tempo (1993/94). Ou seja, a direção do Warriors fez muitas bobagens naquele longo período. Imagine isso: ali, era a terceira classificação em 20 temporadas, mas as coisas estavam perto de mudar.
Nos playoffs, o Warriors ainda era inexperiente, mas ainda assim, tinha esperanças de passar da primeira rodada.
Apesar de não ser favorito, o time de Oakland (até então) enfrentaria um Denver Nuggets remodelado após a saída de Carmelo Anthony para o New York Knicks. No entanto, aquele Nuggets era muito bom, com várias opções ofensivas como Ty Lawson, Andre Iguodala, Wilson Chandler e Andre Miller.
No primeiro jogo, vitória do Nuggets, mas o Warriors empatou a série com um sonoro 131 a 117 em Denver. Mas Golden State tinha uma peça fundamental naqueles playoffs, o ala-armador Jarrett Jack.
Para quem não sabe, Jack era uma espécie de Stephen Curry, que acelerava o jogo, arremessava muito, mas fazia seus colegas melhores. Entretanto, ele foi reserva durante boa parte da campanha foi reserva. Mas nos mata-matas, Mark Jackson o inseriu no quinteto titular. Como resultado, média de 18.8 pontos e 7.0 assistências contra o Nuggets e a classificação para as semifinais do Oeste.
San Antonio Spurs
O Golden State Warriors deixou boa impressão diante do favorito Denver Nuggets, mas o San Antonio Spurs era outro tipo de time. Defendia muito bem, mas explorava os arremessos de três, ataques rápidos e muita troca de passes no ataque. Então, não seria nada fácil para aquele grupo jovem.
Embora o Spurs contasse com diversos “trintões” como Tim Duncan, Manu Ginobili e Tony Parker, o time era muito forte e tinha um jovem defensor aparecendo, Kawhi Leonard.
No primeiro jogo, entretanto, um susto para o Spurs. O Warriors aprontou das suas, com 44 pontos de Stephen Curry, mas Parker dominou a segunda prorrogação e o time texano ficou com a vitória por 129 a 127. Então, a equipe californiana empatou a série com um triunfo em San Antonio.
Ninguém conseguia acreditar, mas o Spurs viu um time jovem o superar.
Só que San Antonio voltou a liderar com um triunfo em Oakland, mas o Warriors empatou de novo.
Na quinta partida, entretanto, com um segundo tempo avassalador, o Spurs venceu e convenceu, por 109 a 92. Por fim, no sexto embate, mais uma vitória de San Antonio e a eliminação do Warriors.
Eliminado, mas o Warriors era o time do futuro
Tudo bem, o Golden State Warriors caiu, mas a impressão que o time deixou foi espetacular. Bob Meyers, já o GM da equipe, sabia que o time era talentoso, mas precisava de alguns ajustes para vencer.
Já não bastava mais convencer, pois o que aqueles jovens mostraram era o suficiente para brigar por coisas maiores, mas como?
Na temporada seguinte, o Warriors emplacou 51 vitórias, a melhor marca desde 1991/92, então esperava-se que nos playoffs, o time iria mais longe. Andre Iguodala chegou para ajudar naquela defesa que já estava melhorando, mas ainda não era suficiente.
O Warriors caiu diante do Los Angeles Clippers na primeira rodada de 2013/14 e, então, Meyers tomou uma decisão: trocar o treinador.
Embora Mark Jackson tivesse recolocado o Warriors nos playoffs e, lembre-se, por dois anos seguidos, ainda precisava de alguém que soubesse explorar as melhores qualidades de seus atletas.
Primeiro, com Steve Kerr no comando, Draymond Green ganhou espaço. Apesar de a ideia de Kerr fosse contar com David Lee como titular, ele se machucou na preparação para 2014/15. Então, Green virou o titular. O novo treinador sofreu críticas por não desfazer a mudança, mas apostou que, com Green, o Warriors era mais forte dos dois lados da quadra.
Bem, o resto você já sabe.
O Warriors assombrou todo mundo, com 21 vitórias nos 23 primeiros jogos, superou seus adversários nos playoffs e foi campeão.
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O elenco do Golden State Warriors 2012/13
Warriors | Jogos | MIN | REB | AST | STL | BLK | PTS |
---|---|---|---|---|---|---|---|
Stephen Curry | 78 | 38.2 | 4.0 | 6.9 | 1.6 | 0.2 | 22.9 |
David Lee | 79 | 36.8 | 11.2 | 3.5 | 0.8 | 0.3 | 18.5 |
Klay Thompson | 82 | 35.8 | 3.7 | 2.2 | 1.0 | 0.5 | 16.6 |
Jarrett Jack | 79 | 29.7 | 3.1 | 5.6 | 0.8 | 0.1 | 12.9 |
Harrison Barnes | 81 | 25.4 | 4.1 | 1.2 | 0.6 | 0.2 | 9.2 |
Andrew Bogut | 32 | 24.6 | 7.7 | 2.1 | 0.6 | 1.7 | 5.8 |
Carl Landry | 81 | 23.2 | 6.0 | 0.8 | 0.4 | 0.4 | 10.8 |
Festus Ezeli | 78 | 14.4 | 4.0 | 0.3 | 0.3 | 0.9 | 2.4 |
Draymond Green | 79 | 13.4 | 3.3 | 0.7 | 0.5 | 0.3 | 2.9 |
Brandon Rush | 2 | 12.5 | 0.5 | 1.0 | 0.0 | 0.0 | 7.0 |
Richard Jefferson | 56 | 10.1 | 1.5 | 0.6 | 0.3 | 0.1 | 3.1 |
Andris Biedriņš | 53 | 9.3 | 2.9 | 0.3 | 0.3 | 0.8 | 0.5 |
Charles Jenkins | 47 | 6.2 | 0.4 | 0.6 | 0.2 | 0.0 | 1.7 |
Kent Bazemore | 61 | 4.4 | 0.4 | 0.4 | 0.3 | 0.1 | 2.0 |
Malcolm Thomas | 5 | 4.2 | 1.0 | 0.4 | 0.0 | 0.2 | 0.6 |
Jeremy Tyler | 20 | 3.2 | 0.9 | 0.1 | 0.1 | 0.1 | 1.1 |
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