A próxima temporada da NBA começa no próximo dia 24 e, hoje, vamos falar da previsão do Detroit Pistons. A franquia teve o pior recorde, com folga, da última campanha: foram só 17 vitórias. Ou seja, dez a menos do que qualquer rival do Leste. Mas o time começou o ano com expectativa de playoffs e muita coisa deu errado. Então, a ordem foi evitar grandes mudanças.
A aposta de grande virada está em Cade Cunningham. O jovem talento e projeto de astro da equipe afinal, disputou só 12 jogos na temporada passada. Saudável, ele tem tudo para tirar o Pistons da “lanterna” da liga. O resto do elenco é uma sequência do grupo com adições pontuais, a princípio, de veteranos esforçados e calouros.
Assim como na temporada anterior, a expectativa deve seguir voltar aos playoffs. Foi para isso que nomes como Bojan Bogdanovic e Isaiah Stewart, por exemplo, não foram negociados. O objetivo pode parecer ousado diante dos resultados da péssima última campanha, mas qual é a diferença entre o 10º colocado e quem está fora do play-in? Detroit quer testar isso.
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O elenco
O Pistons, como dito anteriormente, trabalhou para a manutenção do seu elenco enquanto aproveitou oportunidades de mercado. Foi o principal prejudicado pela loteria do draft, mas terminou com duas escolhas no TOP 30: Marcus Sasser e Ausar Thompson. Esse segundo, aliás, deve ser um dos titulares da equipe no primeiro jogo da temporada.
As tais “oportunidades de mercado” trouxeram o armador Monte Morris e o ala Joe Harris. Eles devem ter espaço para jogar e, por enquanto, já servem como composições de elenco sólidas. Cunningham, Bogdanovic e Stewart também são titulares. Jalen Duren, um dos destaques de Detroit na última campanha, é o pivô do quinteto inicial.
F/C | 35 | Bagley, Marvin III | 2.08 m | 107 kg |
F | 44 | Bogdanović, Bojan | 2.01 m | 103 kg |
G/F | — | Burks, Alec | 1.98 m | 97 kg |
G | 20 | Cazalon, Malcolm (TW) | 1.98 m | 96 kg |
G | 2 | Cunningham, Cade | 1.98 m | 100 kg |
C | 0 | Duren, Jalen | 2.11 m | 113 kg |
G/F | 31 | Harris, Joe | 1.98 m | 100 kg |
G | 7 | Hayes, Killian | 1.96 m | 88 kg |
G | 23 | Ivey, Jaden | 1.93 m | 88 kg |
F | 12 | Livers, Isaiah | 1.98 m | 105 kg |
G | 5 | Morris, Monte | 1.88 m | 83 kg |
G/F | 8 | Rhoden, Jared (TW) | 1.98 m | 95 kg |
G | 25 | Sasser, Marcus | 1.88 m | 88 kg |
F/C | 28 | Stewart, Isaiah | 2.03 m | 113 kg |
G/F | 9 | Thompson, Ausar | 2.01 m | 93 kg |
C | 13 | Wiseman, James | 2.13 m | 109 kg |
Movimentações na offseason
Quem chegou?
Malcolm Cazalon, Joe Harris, Monte Morris, Jontay Porter, Marcus Sasser, Xavier Simpson e Ausar Thompson
Quem saiu?
Hamidou Diallo, RJ Hampton, Cory Joseph, Rodney McGruder e Eugene Omoruyi
O técnico
O Pistons comprovou o seu desejo de competir o mais rápido possível na chegada do novo treinador. A equipe surpreendeu o mercado e venceu a concorrência por Monty Williams. O técnico levou o Phoenix Suns às finais da NBA em 2021. O seu salário, por exemplo, vai ser menor só do que Gregg Popovich. Ele sucede Dwane Casey, que, por sua vez, vai para um cargo gerencial.
Diferente de Casey, Williams é reconhecido como um dos profissionais que mais combinam os perfis comunicativo e estratégicos. No Suns, aliás, comandou um elenco bastante jovem ao título do Oeste. Antes, a equipe teve um crescimento sensível de produção em curto prazo. Provavelmente, esse é o tipo de impacto que o Pistons deseja em sua base de pouca idade.
O perímetro
A rotação de perímetro do Pistons, antes de tudo, começa a temporada com um dilema a resolver. Williams pretende ter o novato Thompson como titular, como uma forma de ter um especialista defensivo no alinhamento. Cunningham, além disso, volta. Então, em um time que gosta de jogar com formações altas, falta vagas no perímetro. Quem perde espaço?
A resposta, a princípio, parece ser Jaden Ivey. O armador sophomore deve ser o principal reserva da franquia, saindo do banco para impor velocidade. Os dois já citados atletas formam o trio titular de perímetro com Bogdanovic. No entanto, é provável que vejamos formações mais baixas com o croata assumindo a posição quatro. Em particular, quando a bola de três pontos de Isaiah Stewart não cair.
O banco de Detroit, no entanto, tem mais opções para variar esse perímetro. Os dois nomes que saem na frente, para começar, são os recém-chegados Morris e Harris. Ambos são opções raras em equipes em reconstrução para trazer armação segura e espaçamento seguro. Entre os mais experientes, ainda há Alec Burks. O ala-armador teve bons momentos na última temporada.
Isaiah Livers e Killian Hayes também são jogadores que tiveram os seus momentos e podem surgir pontualmente. Mas, com a situação do elenco, as oportunidades devem faltar. Especialmente, porque nem falamos de Marcus Sasser. O armador não é um encaixe dos mais fáceis por sua estatura, mas precisa jogar. É um calouro em que o time deve aposta.
O garrafão
A questão do garrafão é complicada para o Pistons. É uma equipe que parece, ao mesmo tempo, ter muitas e poucas opções. O elenco possui vários atletas jovens mais pesados – a ponto de não ter espaço para testar ou ativar todos em quadra. Mas faltam os jogadores mais versáteis que tanto são cobrados e necessários no basquete atual.
Jalen Duren foi uma revelação na última temporada e virou peça central nos planos do time. Ao seu lado, Isaiah Stewart é um jogador esforçado que ganhou espaço por sua melhora como espaçador de quadra. No entanto, Marvin Bagley recebeu uma extensão contratual grande recentemente e precisa jogar. Então, onde sobra espaço para testar uma aposta adquirida a baixo custo como James Wiseman?
Teoricamente, o Pistons poderia usar qualquer combinação entre esses quatro. Mas, tirando a que deve iniciar a temporada como titular, todas tiveram produção questionável. Wiseman com outro pivô mais pesado, em particular, deu resultado tenebroso. São inviáveis de colocar em quadra no basquete atual. São bastante opções, mas poucas soluções.
O estado do jogo, por isso, leva a jogar com alinhamentos mais baixos e aumentar o espaçamento. Bogdanovic é a opção mais lógica para atuar como um ala-pivô em formações mais ágeis e espaçadas. Ivey ou outro armador, assim, poderia entrar no time. Livers e até Thompson podem ser utilizados nessa função também, mas perde-se muito com estatura.
Análise geral
O Pistons tem um time melhor do que as 17 vitórias da última temporada. Mas isso significa muito pouco. Na NBA, afinal, você é o seu recorde. Esteve entre os quatro ataques e defesas menos eficientes da campanha passada. É uma equipe que mira os playoffs, mas, por enquanto, precisa trabalhar para deixar o fundo da tabela do Leste. Essa é a realidade, antes de tudo.
Já citamos os dois pilares para a aposta em uma recuperação rápida anteriormente. Cade Cunningham em quadra, para começar, é um reforço enorme para Detroit. É um armador alto ou um ala criativo, a depender do que o time necessita. Cria para si e para os companheiros. Sua criatividade com clareza, a princípio, é tudo o que uma ofensiva sem inspiração precisa.
Monty Williams, enquanto isso, já pegou um cenário bem parecida no Phoenix Suns e entregou resultados incríveis. E com pouquíssimo tempo de trabalho, aliás. Vale lembrar, no entanto, que a reviravolta também envolveu a chegada de Chris Paul.
Mas não é só isso que permite algum otimismo com o Pistons. Harris e Morris são veteranos sólidos em potencial para uma rotação competitiva. O time tem vários pivôs jovens e ágeis que podem complicar as defesas contra pick-and-rolls. E não é por acaso, por fim, que Bojan Bogdanovic é um alvo de todos os adversários em especulações de troca.
O problema é que o buraco que o Pistons precisa subir é grande demais. Conseguir 20 vitórias a mais, por exemplo, ainda não colocaria a equipe sequer no play-in na temporada passada. Então, qual é a perspectiva realista de melhora? Chegar aos playoffs é um objetivo que ainda nos deixa céticos.
Previsão Jumper Brasil: 13º lugar na conferência Leste
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