Fonte: Todd Kirkland/AFPUm atleta de 33 anos voltando de ruptura do tendão de Aquiles é, certamente, caso que suscita extremo cuidado de equipes da NBA atual. Com Kevin Durant, porém, não tem sido assim. O craque é o segundo jogador com maior média de minutos da temporada e atuou mínimo de 37 minutos nos últimos 12 jogos. O técnico Steve Nash admite temer que o Brooklyn Nets passe a depender demais de Durant e, assim, desgaste-o muito.
“A saúde de Kevin é, certamente, um tópico muito importante. Não acho que podemos seguir contando com suas atuações da maneira como estamos hoje. Para resumir, não está certo. Sei que ele está gostando disso, pois adora de assumir responsabilidades e ama competir. Mas, ao mesmo tempo, depender dele não é seguro e sustentável. Nós precisamos dar-lhe descanso, às vezes”, reconheceu o treinador, preocupado.
Como Nash disse, Durant não vê nenhum problema no Nets necessitar e depender do seu basquete. Muito pelo contrário, aliás. O craque está até mais feliz porque precisa atuar 40 minutos por noite. “Eu só tento fazer o que nós precisamos. Quero estar em quadra sempre, jogar e vencer partidas. Então, é isso. O que for necessário para que alcance essas três coisas, você pode apostar que farei”, cravou o cestinha da liga.
Parar ou seguir?
Um fator que aumentou (ainda mais) a exigência do astro nos últimos dias foram os casos de COVID no elenco. Sete atletas são desfalques na equipe nova-iorquina por causa do vírus, incluindo James Harden. Deixá-lo em ação por mais de 40 minutos deixou de ser opção constante para virar algo inevitável. Nash crê que seu trabalho, por fim, acabará inevitavelmente prejudicado ao seguir jogando sob essas circunstâncias.
“O fato de termos jogadores o bastante para entrarmos em quadra, antes de tudo, é positivo. Ao mesmo tempo, nós estamos no limite. O que isso vai causar, então, em longo prazo em nosso elenco? É melhor termos atletas suficientes para competirmos, mas desgastá-los ou esperar até que todos estejam saudáveis? Essa é uma questão, afinal, muito difícil de administrar”, concluiu o lendário ex-armador.
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